Friday, February 17, 2017

Das desculpas

Olá, meu amigo, há muito que não nos falamos, não é? Perdoa-me, por favor. Essa falta de consideração contigo, eu sei. Mas acredite, tentei por vezes nascer de novo, me encontrar novamente. Fugi, busquei refúgios, e tentei subterfúgios inexatos. Mas cá estou eu de volta, para o meu bom e velho amigo. Para o meu divã. Aquele que nunca deixou de me ajudar, que nunca esqueceu de mim. Peço, novamente, meu amigo, que me perdoes. O chão está sujo, e eu irei varrê-lo. Vou abrir as janelas, e destrancar as portas. Irei salvaguardar nosso santuário novamente. Eu estou aqui e daqui não saio mais. Mais uma vez, meu amigo, me desculpe.

Tuesday, July 26, 2016

Temporal

Temporal
(Nayguel Cappellari)

Como pode a gente sentir saudade de algo que nunca teve?
De alguém que nunca viu,
A não ser pela tela de um computador?
Como pode o coração insistir em bater,
Implorando para algumas coisas do passado voltarem a acontecer?

Como pode o vento la fora forte ventar,
Mas o verdadeiro temporal ser dentro de mim?
Como pode essa dor insistir em bater,
Quando meu coração ja aceitou o fato de não mais te ter?

Que aqui dentro a dor suma, que tu não mais apareças, que sejas levada junto com o vento,
E junto com ele toda essa essência de algo que só serve pra ser mal tempo.

Tuesday, July 12, 2016

Canção

Canção
(Nayguel Cappellari)

Estou no meio do nada, 

repleto de água e imensidão. 
Não tenho o que fazer, 
nem sei pra aonde ir. 

Meu coração está apertado 
e minha mente em pedaços. 
Estou fragmentado 
e já não sei como seguir. 

Para qual lado remar? 
Para qual direção virar? 
Meu barco está afundando, 
e junto dele estou esvaindo-me. 

Não sei o que fazer, 
ou como permanecer aqui. 
Tudo que tenho de fazer, 
é não deixar afundar.

Sunday, July 10, 2016

Deste mundo vil

Deste mundo vil
(Nayguel Cappellari)

Fragmentado, incompreendido e machucado.
Meu coração estava em pedaços.
Encontro-me escrevendo estas palavras
rabiscadas com a dor de quem já não aguenta mais.

Dói ser uma pessoa boa em um mundo tão vil.
De criaturas tão vis e de absurdas vilanias.
Dói ser uma pessoa boa em um mundo repleto de angústia e dor.
E dói ainda mais não saber o que fazer para seguir em frente.

Como acreditar nas pessoas, no mundo?
Como crer que tudo vai melhorar,
que tudo irá ase acalmar?

Uma consciência fragmentada,
E o corpo cansado
de quem já não quer mais seguir.

E mesmo que tudo esteja caído,
ainda vou tentar sobreviver.
Pois tanto meu coração quanto minha mente,
quebrados, fragmentados, destruídos,
me fazem uma pessoa boa
neste mundo vil.

Thursday, June 23, 2016

Nameless song

O que há de errado comigo? Por que tudo é tão complicado? Quem sou eu? O que eu quero? Por que não consigo desligar minha mente? Apertar o botão de "off" da minha cabeça, esquecer tudo que me atrapalha, tudo que me intimida, tudo que me consome. O que fazer senão seguir em frente? Com as mesmas dúvidas de sempre. O que fazer de mim, pra mim, comigo? Meu coração está em pedaços, minha mente está em frangalhos. Minha voz já quase não sai. Não sei quem sou. Não sei quem sou. Jamais saberei. Morri naquele dia em que meu coração se quebrou, em que minha voz se calou. Em que meu amor chorou.

Wednesday, June 01, 2016

Sou metade

Sou metade. 
(Nayguel Cappellari)

Metade de mim sou eu, 
E a outra metade não existe.
Partiu de mim pra nunca mais voltar.

Sou metade e pela metade, ainda por cima.
Com o coração em pedaços e a alma fragmentada também.

Sou metade, sem sentido, sem motivo, sem porquês.
Sou metade de nada. 
Sou nada pela metade.

Sou pela metade, tudo.
Sou tudo. Sou inteiro.
Sou intenso.
E nunca estarei completo.

Thursday, April 14, 2016

Ode ao descaso

Morto como só a morte pode ser.
Como ninguém jamais pediu.
Sem nada em minhas mãos.
Indo em direção ao abismo.

Eu não sou ninguém.
Eu não sou ninguém.
Tu quebraste meu coração,
E com ele agonia começou.

Foste embora para sempre.
Te excluí da minha vida.
Só quero que tu vá,
E que deixe minha alma em paz.

Doi saber que tudo ja era,
Que já não existe mais a gente,
Que és sozinha por agora,
E eu não sou ninguém.

Lembro dos momentos,
Das coisas que fizemos,
Foste embora e levaste contigo,
A alegria que havia em mim.

Desisto das coisas,
Da vida, de sofrer,
Desisto, principalmente,
De mim e de ti.