Thursday, December 28, 2006

Questões filosóficas sobre outras questões filosóficas


Questões filosóficas sobre outras questões filosóficas
(Nayguel Cappellari)

Aos olhos dos poucos que lerão, eu escrevo finalmente.
Pois é, fazia tempo que nada me via a mente, porém, hoje resolvi escrever este prefácio.
Andei lendo vários textos,
várias coisas, muitas coisas.
E resolvi escrever...
Havia pensado. E pensado.
Não sabia mais sobre o que escrever, porém, achei algo.
Estive procurando durante muito tempo várias opiniões sobre diversos assuntos. E resolvi por mim mesmo escrevê-los e criá-los.
É tão estranho, as pessoas falam de diversão e de acabar com a fome e tal, mas o mais engraçado, é que não sabem o que é isso, não têm propósito algum de dizer.
Para elas, tanto importa se existe pessoas do outro lado morrendo na guerra, sofrendo atentados. Ou até mesmo se existe crianças caindo no chão por falta de afeto e de carinho.
Mas para estas crianças, o importante não é comida, e sim cidadania.
Estas crianças querem crescer e querem se formar.
Estas crianças querem ser donas de castelos gigantescos.
E por que não as deixamos sonhar? Não, não deixamos.
Existe outras pessoas que as destróem, sim, destruição... matam por vingança, ou até mesmo por vontade.
Cadê o amparo social? Cadê a globalização? Isso tudo é manipulação da mídia, que a cada criança morta, enriquece com um documentário novo.
Isso é manipulação da mídia, que a cada criança caída, enriquece com as campanhas de ajuda - que muitas vezes não são tanta de ajudas.
Isso tudo é um ultraje social!
E as crianças? Mortas cada vez mais.
E tu? O que fazes pelo mundo?
Perdoem a falta de coerência do texto, mas isso não tem propósito algum senão a reflexão. Se gostas, leia e discuta, se não gostas, desculpe, és apenas mais um manipulado pela mídia.
Esperem, deixem-me acender mais uma vela.
Sim, uma vela...
acaso não soubeste da morte do adolescente de dezesseis anos?
Que estava no trêm que pegou fogo?
Ou acaso, não sabes que lá na África a cada dia, de desnutrição, caém muitas crianças?
Pois é...
e neste tempo, o que fizeste?
Saíste a namorar, ou até mesmo a jogar carta?
Ou ficar em casa coçando?
Tudo bem, entendemos seu motivo, jogar um pouco de futebol é mais importante que as crianças que passam fome.
Porra, tu não precisas ir longe, droga, olha para ti, olha para o lado, será que não vês que aí do teu lado existe alguém que passe fome?
Que tenha fé? E que reza implorando um pouco de carinho?
Será que consideras esta pessoa ao seu lado, que precisa de comida e amparo um inseto?
Será que este inseto merece o que passa? Este sofrimento todo?
Ah, francamente...
onde será que estás?
Concorde comigo,
tu nunca estiveste presente,
a não ser se fosse para olhar o teu próprio umbigo, não é verdade?

Saturday, July 01, 2006

Delírio



Delírio.
(Nayguel Cappellari)


Uma imagem à minha mente me assuta,
anjos aparecem, somem, e reaparecem.
Imagens se formam, se desformam, e reformam.
Luzes brilham no luar, desbrilham, e rebrilham.
Olhos olham, desolham, e reolham.
Beijos beijam, desbeijam, e rebeijam.
Sussuros se vão, se vem, revem.
Murmúrios de lamentos se vão, se vêm, se voltam.
Trinta e Três vezes.
Quarenta e oito horas.
Não consigo passar um momento sem ao menos vê-la,
por que senão deliro.

Monday, June 26, 2006

Reclamações?



Reclamações
(por Nayguel Cappellari)


As pessoas ainda têm a insuportável coragem de me dizer, amigos, que não se importam para que os outros pensam. E muito menos, que não se importam com o que as outras passam ou fazem.
Que lamúria! Afinal de contas, o que somos nós perante essas pessoas, que na chuva sentem frio, enquanto nós passamos o tempo aconcheganwtemente embaixo das cobertas? O que importa, pois, para elas, se na verdade elas têm comida todos os dias, enquanto outras, apenas comem uma vez por semana?
O que importa, para elas, se todos os dias - mesmo que faça chuva ou faça sol - elas possam ir à praia? Enquanto outras, nem fazem idéia o que é a água, ou até mesmo, não saibam o significado da palavra praia.
O que importa se elas podem faltar as aulas enquanto estudam... E as outras pessoas, é, aquelas mesmas que comem lixo, que vasculham o mundo todo por um lugar decente para viver, sem que sejam importunados por insetos, temporais, mal agouros. Estas pessoas que faltam aulas enquanto estas outras dariam tudo para estudar.

E até mesmo agora, quando eu escrevo esta pequena reflexão, eu penso em reclamar que aqui em casa eu tenho para comer sopa, pois está frio. Enquanto, essas pessoas não têm nem mesmo uma mísera gota d'água para se preparar esta comida.

É estranho como o mundo é estranho.
É estranho como a gente pensa estranho.
É estranho, como na verdade, nós só olhamos para nós mesmos.

Ah, Krishna talvez entenda.

Saturday, June 17, 2006

Confissão


Confissão
(por Nayguel Cappellari)

Eu estava lendo o livro Mahabharata, que conta a história do maior épico de todos os tempos, o Baghavad Gita.
E me veio uma tão doce vontade de escrever, e eis aqui eu.

Estou tão chateado e ao mesmo tempo tão estupefato com a leitura e com a minha vida (não necessariamente respectivamente).

Aos olhos de todos os mortais, eu gostaria de dizer, estou tão frio que não seria capaz de expressar tamanha vontade de amar agora.
Talvez tenha sido por tantas vontades de tê-la ao lado,
- ou simplesmente por sonhar que havia tido.

Hoje, sim, decidi desistir disto.

Nossa, ele desistindo? É, é incrível.

Não desisti, não mesmo.

Apenas dei um tempo.

"Hey, minha linda, me dê um tempo, tá?", era isso que eu queria dizer a ela. Mas nem sei quem é essa infeliz que maltrata meu ser.

Como queria ser como Arjuna, o tão melhor dos manejadores de armas. Ou mesmo como Bima, o poderoso e forte Guerreiro, com sua força insuperável. Ou quem sabe o inteligentíssimo, Iúdistira? O governante capaz de entender de leis e princípios religiosos.

Ou queria ser igual o poderoso Brahma Drona, pupilo de Parasurama, grande entendedor das técnicas das armas.

Enfim, eu não sou nenhum deles.
Sou apenas eu, Nayguel Cappellari.
Um infâme jovem poeta sonhador.
Que anceia o teu doce beijo.

Sunday, June 04, 2006

Poema à um novo mundo parte II


Poema à um novo mundo parte II
(Nayguel Cappellari)

E então, o mágico ouve.
Ouve que tudo é mais uma pura simpatia.
Descobre que o mundo é simples imaginação.
E que o contrário do bem, não é o mal, e sim a falta de.
Entende que com o azul do céu se faz as águas do mar.
Entende também, que a amizade não são contratos à longo prazo.
E que o mundo é simplesmente humilhante.
E depurador.
Percebe que os seres humanos são monstros.
E o pobre do mágico, querendo fazer uma mágica para mudar o mundo, morrerá tentando, porque nunca conseguirá aperfeiçoar a mágica da sutileza humana.
E o pobre mágico apodrece.

Saturday, June 03, 2006

Palavras


Palavras
(Nayguel Cappellari)

Palavras indicam sentido
Palavras são sentimentos
Palavras são destruições
Palavras são inertes
Palavras são inesquecíveis

- Como palavra prefiro criar,
criar um novo sentido,
um novo substantivo.
Sofreti é a palavra
criada da aglutinação de
sofro por ti.

Palavras me ensinam
Palavras me ajudam
Palavres me consomem
Palavres me equivocam

Palavras que se dizem,
Palavras que se cantam
Palavras que se amam.
Palavras que se almejam.

Palavras que magoam
Palavras que matam
Palavras que alucinam.
Palavras,
mesmo que ao vento,
jogar-me-ei à elas.

Palavras me deixam doido
Palavras me destróem
Palavras me ajudam
Palavras me amam.

-Se trocar palavra pelo seu
nome, meu poema seria perfeito.