Saturday, July 01, 2006

Delírio



Delírio.
(Nayguel Cappellari)


Uma imagem à minha mente me assuta,
anjos aparecem, somem, e reaparecem.
Imagens se formam, se desformam, e reformam.
Luzes brilham no luar, desbrilham, e rebrilham.
Olhos olham, desolham, e reolham.
Beijos beijam, desbeijam, e rebeijam.
Sussuros se vão, se vem, revem.
Murmúrios de lamentos se vão, se vêm, se voltam.
Trinta e Três vezes.
Quarenta e oito horas.
Não consigo passar um momento sem ao menos vê-la,
por que senão deliro.