Wednesday, January 16, 2008

Poema sem fim


Poema sem fim
(Nayguel Cappellari)

Pois bem... como muitos sabem, eu não sou apenas um escritor. Sou Nayguel Cappellari, da cidade de Rio Grande no estado do Rio Grande do Sul e tenho dezessete anos, faço dezoito no dia vinte e um de janeiro. Mas o motivo pelo qual eu venho escrever não é minha idade, tampouco meu aniversário... eu venho, sim, falar de mim mesmo.
Poucos sabem que eu existo... outros tão nem aí. Muitas pessaos - as que eu gostaria de verdade - não têm interesse em meus sentimentos. E outras, nem sequer sabem que eu, hoje, estou com vontade de dormir... pra sempre.
Pego o meu café, suspendo a minha idéia e traço nas folhas de papel, algumas escritas mal-feitas. Umas linhas mal-traçadas, uns sorrisos forçados e algumas lágrimas de liberdade.
Sonho com o tempo que tudo ficará normal, afinal, não sei porquê cargas d'água, mas parece que tudo dá errado pra mim. E por que eu penso assim? Por que eu ainda tenho o pensamento de um adolescente... de uma metamorfose ambulante?
"Na verdade eu não sei quem eu sou...
já tentei, calcular o meu valor"... é mais ou menos por aí.

Mas, o que adianta eu ter a solução deste problema, se as pessoas à minha volta não sabem nem sequer qual o dia do meu aniversário? Ou ainda... tem gente que não tem nem idéia de o porquê eu escrever. Essas pessoas me enlouquecem. E continuam ao meu redor.

E tudo parece dar errado.
Um sonho desperdiçado.
Uma oportunidade lançada ao vento.
Uma vida que se foi.
Uma pessoa que se foi.
A solidão que vem.
A tristeza que renova.
E o mundo que gira.
Gira inconstante.

Levando-me ao patamar.
Içando-me aos porcos...

Destruindo-me a carne.
Matando-me o ser.




E ainda fico sem entender... o adolescente escreve e o poeta chora enquanto o louco dentro de mim tenta emergir. As coisas acontecem... e o poeta chora. CHORA.

O que eu faço agora?
Por que isso tudo?

(continua, afinal, tudo tende ao infinito, não é?)

Saturday, January 12, 2008

Alguns pensamentos soltos.

Alguns pensamentos soltos
(Nayguel Cappellari)


E eu fico a perguntar-me: o que será que fiz de errado?
E fico a perguntar-me: será que eu mereço tudo isso?
Será que tu, ó criatura, não vês? Será que tu, ó criatura, não percebes?
Enquanto eu fico por aqui, lamentando-me ao vento. Surrupiando a alegria dos outros.
Tentando sorrir com as lamúrias existentes.
Será que tu, ó criatura, não vês?
Por que isso dessa forma?
Por que isso dessa forma?
Por que isso repentinamente?
Não vês o quanto machuca? Não vês o quanto sofro?
E eu fico imaginando,
Procuro em toda minha mente.

Procuro em toda minha vida...mas a resposta eu não encontro. Onde é que tu foste parar?
Por que isso repentinamente? Agora tenho de ficar aqui, chorando, gritando, bradando... querendo. Querendo te reencontrar.
Mas por que isso, por quê?
E eu fico a perguntar-me: o que será que eu fiz de errado?
Agora fico olhando o que se passa... e posso te dizer, meu bem, que, por mais que eu procure, jamais saberei a razão.
E apesar de eu querer encontrá-la, jamais a entenderei. E por mais que eu a queira entender, jamais irei te trazer de volta.
E então, eu pergunto: o que raios eu fiz?

Um sonho.
Um anjo.
E o vento passa.

Levando minhas vontades e minhas verdades com ele.
E enquanto respiro, e enquanto respiro.
Lembrarei de ti, jamais esquecerei... por mais que isso doa.
Jamais esquecerei.
E então percebo que agora eu tenho duas alternativas.
Ou eu vivo ou eu morro.
Mas nessas duas eu sempre irei perder...
Pois jamais irei te trazer de volta, meu bem.


Amanhã ou depois tu notarás o quão bem eu te fiz.
E eu espero, imóvel, o crepitar das chamas.

Adeus!