Monday, February 16, 2009

Recobrar


Recobrar
(Nayguel Cappellari)

E mais uma vez o mundo coloriu.
Deixando para trás tudo que era preto e branco.
Tornando-se colorido e cheio de vida.
O Poeta, antes semi-vivo, encontra-se agora recobrado.
Recobrou sua consciência.
Recobrou sua voz, seu brado.
Recobrou, ainda, a vontade de viver.
Ele, que outrora desistia, agora está querendo lutar novamente.
Tem uma vida inteira pela frente,
e muitos amores e sofreres para acontecer.
E antes que tudo acabasse, o mundo deste poeta coloriu-se.
Já não era nem preto, nem branco.
Era azul, lilás, roxo. Vermelho, laranja, amarelo.
E tudo tão simples, ele agora tem vontade de viver.
É como se fosse um grande elo,
capaz de transformá-lo de um ser pensante
em uma vida inexistente em um simples telefonema.


Um telefonema coloriu o mundo deste poeta.
E tudo recobrou novamente à vida.
E ele é grato ao seu Sol...
grato por ter ligado quando ele mais precisou.

Saturday, February 14, 2009

Um leve desabafo.

Bom, eu não tenho nada para escrever aqui hoje, então vou desabafar tudo que tem me mantido acordado todas as noites e tem me feito, por vezes, chorar desesperadamente.

Se puderam ver, eu ando meio mal, e sim, eu estou. O motivo? São tantos que com toda a certeza vocês dormiriam se fossem ler. E, independente da minha vontade ou dos sonhos que outrora eu já tive, eu me mantenho vivo, ou melhor, semi-vivo, como um moribundo, fingindo estar bem para todo o mundo e sorrindo quando me contam alguma coisa feliz.

Sabem, eu ando realmente mal, o maior motivo disso tudo sou eu. Não tenho ego, não tenho nada mais... estou perdido e por alguma coisa que eu não tenho idéia. Algumas coisas me mantêm acordado à noite, me fazendo olhar pro teto e/ou virar na cama de saco cheio. A insônia brava que me assusta. O mundo que me deixa totalmente péssimo. O meu mundo.

Meus pensamentos andam me açoitando demasiadamente, destruindo-me a cada dia. E eu tenho que continuar a viver, independente de tudo, de todos. Meu coração está batendo, aos poucos, meu sangue ainda corre e meu pulso ainda pulsa, porém, eu não estou mais vivo. Não mesmo!

Sinto muito estar falando coisas que vocês (se é que alguém vai ler) necessita para ler. Mas a verdade - a minha verdade, na verdade - é que eu não tenho outro jeito, preciso desabafar, e este é o único canto que me deixa feliz nos últimos tempos. E ainda que seja assim, e ainda que seja desse jeito, eu me farto querendo que tudo fosse diferente, que fosse um pouco diferente pelo menos. Mas acho que os céus decidiram não mais me alegrar.

E eu estou aqui, péssimo, cada vez pior, olhando pros lados ou pra frente, sem nem piscar direito, e sinto que tem alguma coisa me fazendo muito mal por dentro de mim. Onde eu tô não há sombra de nada!.

E eu canso! E eu canso!

Não sei exatamente do que eu preciso, aliás, eu sei. Todos sabem, apesar de não perceberem. Tudo que eu preciso é um pouco de paz para mim mesmo.


Deixo por aqui minha mensagem de até mais, nessa ou na outra vida. Sou um semi-vivo. Não vejo a hora de poder ir pra faculdade e me abster aos estudos, para, assim, não ter mais essas coisas na cabeça.

Saturday, February 07, 2009

Da solidão


Da solidão
(Nayguel Cappellari)

E não vejo nada mais...
olho para cima e fico tonto...
não tenho ninguém. Nem ao meu lado,
nem a minha frente.
Ninguém na minha mente.

Sinto falta de algumas pessoas.
De outras eu quero distância.
De umas eu sinto falta e quero distância.
De outras, eu nem lembro o nome.

Estou péssimo, já não aguento mais.
Chorei tudo que devia e agora não tenho mais lágrimas.
Nem mesmo a lua me faria chorar.
ou se quer a minha lua me faria.

Eu não entendo muita coisa.
eu não tô bem, não estou.
quero simplesmente desaparecer,
e na fumaça do silêncio permanecer.

Sinto meu coração apertado, minha mente esquecida.
Sinto minha existência dilacerada.
Sinto-me completamente esquecido
Na solidão.

Não sou ninguém, sou o Zé Ninguém...
Jamais lembrarão de mim.
e tudo que eu fiz
foi estrar presente para todo o mundo.

E não importa, mesmo que digam que não,
isso não é mera palavra de um ser humano qualquer.
isso é de algum poeta tolo que está só.
Simplesmente só, simplesmente só.

Este poeta não tem vontade de viver.
Já pensou em se matar
já pensou em desistir...
este poeta não tem mais vida.

E agora, tudo que eu quero fazer.
é desistir da vida e da morte.
quero simplesmente desaparecer.
afinal, jamais lembrarão de mim mesmo.