Tuesday, December 14, 2010

Apenas alguns pensamentos.

Existe momentos na vida que a gente pára¹ e não consegue mais avançar sequer um passo. A gente simplesmente estagna, não importa em qual etapa da vida a gente se encontra. E aconteceu que eu cheguei neste patamar hoje. Na verdade, eu acho que já havia chegado fazia tempo, eu só não queria enxergar.

Acontece que cheguei ao meu limite, já não sabendo se devo avançar ou retroceder. Se devo dar um passo pra trás, pra avançar outros dois depois, ou se devo esperar que o furacão das minhas idéias leve meu corpo pra qualquer outro lugar. Eu juro, não estou sequer conseguindo pensar nas idéias¹ que eu tenho de escrever.

Estou em um momento psicológico terrível, onde meu mundo está parado, meu meu cérebro não funciona mais e a minha vida está simplesmente inexata, sem vontade de seguir adiante, sem vontade de desistir dela. Estou simplesmente parado, sem nada, eu disse NADA pra fazer dela.

Muitas vezes penso na vida, como uma onda severa de sentimentos. Estes sentimentos que regem o que a gente se torna no final dela. Um molde desenhado a cada segundo por uma ou várias opiniões. Sejam elas próprias ou não. E este mundo se torna algo instável, estranho.

E muitas vezes, por eu pensar demais, meu mundo se torna em nada, e no nada eu me transformo. Repetindo erros esquisitos e incontroláveis, destruindo aquela pessoa que eu um dia fui.

Muitas vezes, tive de me moldar para aceitar os padrões das coisas impostas a mim, o valor imoral da existência, o que transfigura minha tristeza e molda minhas palavras de forma a saber como eu me sinto ou deveria me sentir, pelo menos. E molda-me o caráter.

E o sonho, inalcansável não existirá nunca mais. Acho que não terei um sorriso sincero novamente, nem meu, nem de ninguém. Acho que não tirarei nenhum sentimento ruim das pessoas, como outrora eu fazia. E acho que jamais conseguirei me transformar naquele palhaço que eu queria, naquela pessoa importante às outras, que as faria sorrir não importando a adversidade que passassem.

E o mundo insiste em continuar balançando, mas não existe mais passos que eu possa dar. Não há nenhum salto no escuro e nenhuma força me puxando para frente. Hoje eu sou apenas meu, e da minha vida eu sei. Ou deveria saber.

O problema é que nesse momento, nada mais passa em minha cabeça, a não ser aqueles momentos em que eu brincava de jogar futebol no pátio da minha casa e era, efetivamente, feliz. Sem saber da monstruosidade que a vida me trazia, e sem tomar nenhum conhecimento do medo que o futuro poderia me proporcionar.

As dúvidas, os anjos, os desgostos. E, acima de tudo, a imensidão do nada pairando.


E agora eu digo adeus aos fantasmas do passado, do presente e do futuro.

Jogo-me para frente e, em vez de caminhar, retorno para o nada, pois caio no abismo de outrora.


Um mundo inefasto e sombrio, que eu com certeza, terei o prazer de iluminar. Isso é, quando isso tudo passar. E há de passar!






¹: Eu sei, essas palavras não têm mais acentos, mas eu não consigo não acentuá-las :(, desculpem.

Sunday, November 28, 2010

Relicário

E o que me resta nesse momento senão rezar por um mundo mais pacífico? Não, não tô falando dos problemas externos relacionados à violência em qualquer canto do mundo, inclusive aqui no Brasil. Estou falando única e exclusivamente da minha nação, a minha nação interior. O meu eu.

Inúmeras foram as vezes que eu tentei entender a razão da mente humana, e tentei, muitas vezes, fazer as pessoas sorrirem para ver se elas melhorarem o comportamento e o mal humor. Perdi as contas de quantas vezes levei socos e pontapés, quantas vezes saí com o âmago ferido e o coração despedaçado por causa de certas ocasiões. E tu, que lês, acha que mudou alguma coisa? Acha que, apesar de todas esses solavancos e empecilhos causados pelas pessoas em mim, eu mudei alguma coisa? Não.

Eu finjo para todo mundo que eu sou uma pessoa diferente de antes, finjo dizendo que não me importo com nada e nem ninguém, mas a verdade é completamente o oposto. Ainda me preocupo com todo o mundo. Me preocupo mesmo. Até mesmo tu que lês isso, me causas preocupação, por mais que eu nem saiba quem tu és, de verdade.

Acontece que eu não aguento mais essa situação, não consigo mais entender o porquê de muitas coisas, de muitas pedradas e patadas que eu levo. Não consigo acreditar que o mundo se tornou nessa terrível e horripilante realidade. E por mais que eu tente me manter assíduo e continue a dar o meu melhor, ainda quebro minhas pernas, e tenho de esperar um tempo para ajeitá-las, meu mundo caí e meu coração se despedaça novamente, e mais uma vez tenho de esperar um pouco para consertá-lo, para colá-lo como antes. E o mundo gira, independente da minha dor.

E isso me destrói a cada dia, meu corpo molda-se a existência inexata do que eu me tornei. Um indivíduo que só pensa e não age. Que não faz mais nada, e que sofre internamente.

Acontece que as coisas me machucam e essa dor que sinto é maior que qualquer coisa, meu coração quebrado e a minha confiança partida são o que me compõe em um nada. Em um único tolo.

Abusado pela (má) vontade dos outros.

Saturday, November 13, 2010

Uma amiga minha, a Isa, me passou essa brincadeira para postar no blog, e eu achei muito interessante ;), então decidi passar pra vocês. Obrigado, Isa.

1-Nome: Nayguel Cappellari
2-Trilha sonora da sua vida: Carpinteiro do Universo - Raul Seixas
3-Banda Favorita: Raul Seixas.
4-O que você nunca tira: A vontade de ser feliz da cabeça.
5-Lugares que queria ir: Fernando de Noronha.
6-Maior sonho: Ter uma família feliz.
7-Maior perda que já teve: Uma amizade.
8-Ama fazer: Cozinhar.
9-Uma citação que goste: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
10-Ultimo livro que leu : Harry Potter e as Relíquias da Morte.
11-Melhor livro que leu: O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry.
12-O que você anda fazendo : Projetos à longo prazo.
13-Objetivo para o ano que vem: Me formar.
14-melhor coisa que te aconteceu esse ano: Ter vivivo feliz.
15-A data que marcou sua vida: 30/08/2008
16-Algo que só você saiba fazer: Churrasco.
17-O que te dá inspiração: A beleza.
18-A certeza da vida é: Sofrer e passar por cima das coisas.
19-A melhor coisa na blogsfera: Relaxar com a escrita.
20-Indique para 3 pessoas.


:)


Tô bastante feliz, apesar de tudo. :)

Sunday, November 07, 2010

Tempos atrás.

Tempos atrás.
(Nayguel Cappellari)

Tudo que eu mais queria nesse momento, meus caros, era poder voltar no tempo. Não quero voltar naquele tempo de uns dias atrás, ou de alguns meses. Queria voltar no tempo, em mais ou menos uns dez anos atrás, onde eu não tinha preocupação nenhuma. Onde eu não me preocupava em ser feliz, ou em ter uma dor de cabeça maldita que escancara e acaba com a minha vida.

Eu gostaria de estar alguns - bastantes - anos mais novos, queria poder brincar e correr atrás das gurias, brincando de esconder, sem que julgassem que fosse alguma coisa a mais. Queria poder dormir na rede da minha casa no cassino, ouvindo meu CD-Player, queria poder jogar Super Nintendo e jogar bola quase todos os dias no pátio de casa.

Queria não ter mais preocupação nenhuma, queria não te dor de cabeça alguma. Não queria, nesse momento, chorar por um caso perdido, por uma vida insólita, por uma dura batalha à frente. Queria poder lutar, queria...


mas tudo que nesse momento eu quero, é poder abraçar... abraçar a unica pessoa que nesse momento me faz falta.

Lê, eu te amo, meu amor! Se eu pudesse voltar no tempo agora, eu não voltava...
única e exclusivamente porque eu tenho a ti, meu amor.

Eu te amo demais.
Mesmo!

Thursday, November 04, 2010

Turbilhão

E mesmo que o mundo continue balançando, e mesmo que o sol insista em levantar cada manhã, tudo já não é a mesma coisa. Tu estás fadado ao desmérito, e a descrença, e a imundice da inexistência.

O poeta jaz ao túmulo ao lado, descrente com o povo com quem vive, descrente com vida que leva, e descrente com a imensidão da ilusão crevejada ao peito.

E a dor, desferida frente ao poeta, inútil imortal sofredor do torpor, continua a latejar em sua mente, como se fosse mais uma bala disparada em uma favela alqueivada em algum lugar do nosso país.

E esse coração que outrora sorria, está parado, sem vontade alguma, deixando de sonhar, deixando de querer, deixando de amar. E o sonho, imenso, já não existe mais. E a inexistência somada ao nada, reluz frente a face do poeta.




Face, esta, inundada por desespero, tristeza, medo, descrença, desmérito, desavença, destruição. Face repleta de coisas ruins, causada por inúmeros mecanismos rotineiros do dia-a-dia do poeta. E o poeta, continuando sua corrida contra o tempo, desiste, nesse momento e atira-se ao chão.

Este, que vos escreve, neste momento, é sua consciência que está deixando de ser consciente, está tornando-se em nada e em tudo. Numa imensidão louca merecida. E nesse momento, eu vou apagar, e amanhã, serei uma pessoa novamente.

Sunday, October 10, 2010

Receio

Enquanto fecho meus olhos e penso na vida, muitas coisas passam em meus pensamentos rápidos, tudo que eu vivi, senti e de fato vivenciei está contido em lembranças e momentos tantos. Todos lindos, com sua essência cravejada em cada puro detalhe, simples, objetivo. Sinto falta de tanta coisa do passado, de tanta gente. Pessoas, estas, que foram capazes de moldar minha existência, meu pensamento, minha personalidade.

Enquanto os meus olhos estão fechados, sinto coisas que acho que não são assim tão boas, sinto saudades de tempos repletos de felicidade, sinto saudades de pessoas que decidiram escolher outros caminhos e passaram a caminhar sozinhas, sem minha presença. E por mais que eu pense, essas pessoas não me querem mais ao lado, e eu entendo, sei que quem mais perde com isso são elas mesmas e não eu, porém, meu lado benevolente (e por que não dizer insano?) se sente incapaz de fazer algo e se entristece.

E toda vez que eu olho pra frente, sinto medo do escuro, medo das coisas, medo do mundo. Tenho medo de não saber o que fazer, tenho medo de não saber como viver, como sentir. Sinto-me triste, sinto-me sem nada, sem ninguém. E toda vez que minha vida está em minha frente, meu peito arde porque ainda penso nos fantasmas do passado. Na existência plena de pessoas que fazem de minha vida um pouco menos divertida.

Sinto falta, sim, das coisas, do mundo, da vida. Mas eu tenho tudo que eu sempre pedi a Deus comigo hoje. E por mais que eu não consiga me entender, reclamo de barriga cheia à vivência de cada dia, torço por um dia deixar de pensar e vivo a cada instante querendo que esse aperto suma de minha vida, de meu peito.

E em minha agonia deliberada, sinto falta de tanta coisa em minha vida, porém, eu ainda tenho o enchimento sadio da minha existência. Pois devo tudo, exatamente tudo que eu tenho hoje a uma pessoa que pra mim é imensamente importante. Meu amor, minha linda.

E por mais que eu brigue com o passado, e tenha medo do futuro, eu ainda estou feliz por viver este presente, por viver minha vida à minha maneira, no meu estilo estranho, esquisito. E justamente por isso que eu digo que meus passados não me abandonam, porque sou uma pessoa repleta de bondade, de bom senso, e sinto falta das pessoas, por mais que eu saiba que seja eu, a cola que gruda tudo à minha volta.

Um texto interiorizado, que talvez ninguém entenda exatamente cem por cento do que está escrito, mas gostaria de extravasar um pouco do meu ódio, do meu medo, do meu receio, do meu sentimento de injustiça. Um texto interiorizado, um texto limpo e suave.

E como diria Raul: "É pena eu não ser burro, assim eu não sofria tanto".

E, (in)felizmente, tenho dito.

Monday, September 20, 2010

Prometo

Eu prometo acordar ao teu lado depois que tu tiveres pesadelo.
Eu prometo estar contigo nos melhores dos teus sonhos.
Eu prometo te deixar despreocupada, mesmo que tudo pareça o contrário.
Eu prometo te proteger do filme de terror.
Eu prometo estar ao teu lado, meu amor.

Eu prometo acordar todo santo dia e não deixar de pensar em ti.
Eu prometo querer-te a todo instante.
Eu prometo estar contigo ontem, hoje, e sempre.
Prometo te elogiar quando estiveres extremamente linda
- e quando não tiveres, também.

Prometo estar contigo, mesmo que distante.
Prometo te proteger dos vícios, das coisas, do mundo.
Prometo te abraçar e não te largar mais.
Prometo te beijar docemente,
e sorrir, mesmo que tu estejas chorando.

Prometo te fazer rir quando tudo não parece mais feliz.
Prometo alegrar-te o dia, a tarde, a noite,
prometo alegrar-te sempre!
Prometo, meu amor,
nunca mais te deixar sumir.


Eu te amo, Leticia.

Saturday, September 04, 2010

Nem mesmo uma palavra.

O homem, derradeiro como os fantasmas do passado,
inescrupuloso, vivente inexistente.
Moribundo, destruidor de existência,
vida longa, destruída pela inexistência.

E a morte, consumada a cada dia.
O sonho, destruído e calejado.
Inefasto, perseguido pelo não.
Destruidor de causas completas.

E a exatidão da existência,
alqueivada junto à lareira.
O frio consumindo os bons ares,
e no coração a alma completa devastada.

O vento lá fora ruge feito leão,
e o peito deste homem arde feito carvão,
como se fosse morte em campo de batalha,
morte à luz de uma luta de espadas.

Sonho destruído, repleto de desapego.
E no coração, um mundo repleto de desejo.
Desejos, estes, impiedosos...
de destruir a tudo que se tem direito.

E a morte caminhando junto a ele,
sem saber o que fazer, como seguir,
ou como continuar.
Num mundo onde nada mais existe.

E na inexatidão destas letras,
o homem deita-se ao chão,
esperando a morte o levar...
para nunca, nunca mais acordar.

Monday, August 30, 2010

Devaneio

Por todos estes anos que respiro, eu passei todos sendo uma das pessoas mais agradáveis do mundo.
Tentei sorrir quando me sorriam, tentei sorrir quando choravam pra mim, tentei mostrar-me forte quando precisaram de mim.
Fiz cair lágrimas do mais duro coração, fiz sorrir a mais triste pessoa. Mas têm algumas coisas que eu não consigo.
Eu não aprendo, não aprendo como me encaixar nesse mundo em que vivo, um mundo repleto de tristeza, de machucados, de profundas situações.

Eu cansei de muita coisa, já desisti de ser tudo o que eu fui, mas todo dia que passa, meu coração bate sentindo uma tristeza profunda.
Uma tristeza demasiada grande, que me maltrata e me corrói por dentro.

Nestes meus vinte anos de existência, meus caros, eu tentei ser uma pessoa boa, de verdade. Tentei nunca machucar ninguém, tentei nunca fazer o mal, e sempre ajudar quem quer que fosse. Aprendi a controlar meus impulsos e entender cada sorriso e cada choro. Cada olhar de medo ou preocupação, mas eu não consigo, não consigo me controlar. De verdade.

Tento, e tento, tento ser uma pessoa boa , e a cada dia que passa, parece que o pesadelo está acontecendo. Parece que as coisas estão desabando, e parece que não importa, que não importa que eu tenha sido mais doce que o açúcar, mais fiel que o cachorro, mais brando que o chocolate, tudo, tudo acontece.

Meus fantasmas me assustam, o sonho do passado, a dor no peito, o coração sufocado.
O batimento desesperado, o corpo dolorido, a morte predestinada, o grito de dor.
A dor crescendo, o mundo sumindo, o meu mundo caindo, minha vida se indo.
O odor de enxofre, o calor das chamas, o chifre do demônio.
As vidas extinguidas, minha fé consumida, meu sonho quebrado.
Minha vida destruída, minha mente quelada, minha morte consumida.

Meus sonhos, meus tempos, minhas vidas,
minhas vivências, minhas experiências,
Minha vida destruída, minha existência consumida.
Minha morte se aproxima.
E o inferno me consumindo...

E o calor, o enxofre, o demônio,
naquele lugar que parecia meu corpo,
e agora translucida-se
nada mais que minha matéria.

Tuesday, August 17, 2010

Tempo


Tempo
(Nayguel Cappellari)

Se eu tivesse tempo
pra dizer pro tempo
quanto tempo eu quero da minha vida.

Se eu tivesse tempo
pra dizer pro tempo
quanto tempo eu quero voltar atrás.

Se eu tivesse tempo
pra dizer pro tempo
quanto tempo já foi...

Se eu tivesse...
tempo.
Se eu tivesse...
tempo.

Se eu tivesse tempo
pra dizer pro tempo
quanto tempo eu não a vejo.

Se eu tivesse tempo
pra dizer pro tempo
o quanto eu presiso dela.

Se eu tivesse tempo
pra dizer pro tempo
o tempo que eu preciso de novo.

Se eu tivesse...
tempo.
Se eu tivesse...
tempo.

Se eu tivesse tempo, tempo.
Tempo pra dizer.
Se eu tivesse tempo, tempo.
Tempo pra sentir.

Se eu tivesse tempo, tempo.
Tempo pra amar.
Se eu tivesse tempo, tempo.
Se eu tivesse tempo de viver.

Se eu tivesse...
tempo.
Se eu tivesse...
tempo.

Sem me preocupar com o tempo.
com o ontem, como o hoje, com o amanhã.
Sou um anjo, sou um nada,
sou eternamente louco.

E se eu tivesse tempo
pra pensar, simplesmente,
em voltar naquele dia em que o palhaço sorria
e eu sorria também.

E seu tivesse tempo,
pra pensar, simplesmente,
em voltar, naquele dia em que eu via o sol brilhar.
E eu brilhava também.

E seu tivesse tempo,
pra pensar, simplesmente,
em voltar, naquele dia em que eu via a vida passar.
E eu vivia e passava também.

E se eu tivesse tempo,
pra pensar, simplesmente,
em voltar, naquele tempo distante em que o mundo
já não me dava mais medo.

E se eu pudesse voltar,
tudo que eu queria,
era viver novamente,
tudo que pra mim passou.

O tempo passa,
os caminhos mudam,
pessoas vão, pessoas vêm,
o mundo gira, o tempo passa,
o relógio bate. A alma gira, o mundo torna.
O sonho vai, a mente trabalha, o santo acusa,
o imenso perdão acontece.
A vida anoitece. O medo distante.
O Amor se esvai,
a vida se vai.
O sonho se vai.
Mas tudo, exatamente tudo, é exatamente a mesmíssima coisa.
E o mundo vai,
distante vai.
Nas sombras tristes e nostalgicas,
das letras deste poema sem fim.

Sunday, July 11, 2010

Enquanto as coisas acontecem de forma completamente estranha, eu consigo manter minha mente funcionando como se fosse um turbilhão de pensamentos, um turbilhão que emana a sede de sentimentos e lembranças. Um mundo repleto de desilusões e de pessimismo. E justamente por minha mente manter-se viva, eu me torno cada vez menos existente. Sim, menos existente. Morro por dentro daquele modelinho de bom homem que eu fui. E isso, graças às pessoas.

Eu, eu consegui escalar muros altíssimos para fazer qualquer pessoa que estivesse triste, sorrir um pouco. Eu consegui lutar contra milhares de feras famintas para fazer alguém ficar bem. Eu, eu que já não consigo fazer nada mais.

A pior das minhas decepções foi ter perdido alguém por cuidar de mais.
A pior das minhas decepções foi ter lutado por algo que eu acreditava.
A pior das minhas decepções foi ter feito tudo do jeito que fiz, por simplesmente acreditar que as coisas poderiam ser melhor.
A pior das minhas decepções, foi eu ter sido uma pessoa boa.

Não, por mais que não pareça, eu não estou triste.
Não estou irritado, não estou bravo.
Posso dizer que estou magoado, não com o péssimo instinto de cada pessoa de ser egoísta... porque esse egoísmo é natural, vindo da evolução das espécies, e isso eu entendo. Eu estou magoado comigo mesmo que acreditei tanto nas coisas boas, que desde meus catorze anos eu só me machuco por coisas banais. Sim, me machuco pelos outros estarem tristes.

Eu, eu hoje estou fazendo desaparecer uma das coisas mais importantes pra mim: a humildade.
Estou deixando as pessoas, não por causa delas, mas sim por causa minha. Porque eu me machuquei demais ao tentar ajudá-las, porque eu me feri demais por ser uma pessoa boa e por sofrer quando elas sofriam... estou deixando-as, agora, pelo simples fato de eu não querer mais sofrer.

Eu estou em uma fase boa da minha vida, encontrei uma pessoa espetacular para guardar ao meu lado todos os dias, encontrei minha rosa para proteger dos monstros. Encontrei meu mundo...

e não é por ela, mas sim por mim, que estou deixando o passado e as pessoas nele envolvidas.
Hoje eu sou um novo homem, uma nova alma, uma nova vida. Um novo ser, que irá magoar muitas pessoas, que continuará sofrendo, mas que com certeza sofrerá menos, porque hoje não tem com o que se preocupar a não ser os próprios pensamentos.

Pensamentos, estes, que funcionam como um turbilhão. Um turbilhão de emoções em um universo completamente paralelo que é a minha mente.

Estou deixando de sufocar quem quer que seja. E ninguém mais terá meu excesso de cuidados.

Simplesmente assim, ad argumentandum tantum,
Nayguel Cappellari.

Tuesday, July 06, 2010

Acaso

Muitas vezes eu já escrevi aqui reclamando das coisas que me aconteceram,
muitas vezes eu já escrevi aqui, desejando nunca mais ter de sentir muitas coisas que eu sinto...
mas hoje, hoje é tudo diferente.
Hoje não reclamo, mas sim agradeço.


Acaso
(Para Leticia)

Porque quando menos eu esperava, eu encontrei uma pessoa maravilhosa,
uma menina linda, incrível, que me fez enxergar muitas coisas,
uma menina que me fez enfrentar meus medos, que me fez lutar contra as coisas ruins.
Uma menina mais do que perfeita, mais do que linda.

Hoje, hoje eu posso agradecer a todos os dias que falo com ela,
hoje posso agradecer todos os momentos ao lado dela.
Hoje eu posso dizer que estou feliz com ela.
Hoje eu posso dizer que amo ela de verdade...

As coisas não são fáceis, não são simples...
e por isso a gente ainda tem medo de muitas coisas,
- não é, minha linda? -
mas a gente tem de enfrentar as coisas de cabeça erguida...

E o nosso futuro está traçado,
jamais te abandonarei, amor meu.
Jamais te deixarei sozinha, e, se preciso for,
eu escalo o abismo contigo em minhas costas
só para te ver sorrir novamente.

Eu te amo!

Thursday, June 24, 2010

Chuva

Chuva
(Nayguel Cappellari)

E lá fora a chuva cai,
e eu aqui dentro do meu quarto,
querendo que a água levasse para longe,
essa coisa ruim de dentro de mim.

E lá fora a chuva cai,
me fazendo mais humano, mais sentimental,
eu pensando e pensando...
- e onde será que está ela nesse momento?

E lá fora o tempo muda,
a chuva cai, o temporal começa a aparecer...
parece que tudo está em harmonia,
com o que o meu coração está sentindo.

E lá fora a chuva cai...
alimentando-me de nada,
simplesmente levando para longe,
toda a minha existência.

E lá fora a chuva cai,
de forma a me incomodar o dia,
lá fora a chuva cai,
e com ela morre minha harmonia.

Sunday, June 20, 2010

Poema livre como o mar
(Nayguel Cappellari)

Por um motivo em especial

- Ei, tu acreditas em destino?
Talvez tenha sido isso que encontrei hoje aqui no mar,
a correnteza, o vento e meu corpo como um bálsamo,
balançando como o vento, leve como a água.

O mar e eu nos tornamos um só,
o vento gelado bate em meu rosto,
misturando minhas lágrimas tristes
em oceano também.


E o vai e vem das ondas empurra meu corpo
como a mais bela canção do Lago dos Cisnes.
Sou feito de razão, de emoção, e o contato divino
me faz sorrir de novo!

E a noite cai,
entoando em minha alma,
a triste canção do vento gelado
que ecoa em meu coração.

Sonho alto,
imenso como este céu carregado de cores escuras
- Vibrantes e fúnebres!
E tenho vontade de atirar-me à água para dali nunca mais sair.

Thursday, June 17, 2010

Canção

Canção
(Nayguel Cappellari)

E o menino,
que acreditava no mundo,
que acreditava em tudo,
machucou-se tanto,
que tornou-se mudo.

Emudeceu-se de fato,
e o seu coração petrificou,
tornou-se inexato,
cansou de ser palhaço,
e seu coração não mais chorou.

Isso era o que se pensava,
por mais que o menino sorria,
dentro dele, ainda havia,
um coração dilacerado.

Que tristeza vê-lo daquele jeito,
um menino tão puro,
de coração tão maravilhoso!
Ele não queria mais ser palhaço,
e nem sequer tinha motivos para sorrir.

Foi então que o menino parou,
olhou para o teto de seu quarto,
o escuro era cada vez mais intenso,
ele deixou de pensar no que havia acontecido,
e de repente começou a cantar.

O menino que não falava mais,
tinha a voz mais linda do mundo,
cantava a canção mais bela,
o escuro desfazia à sua volta,
o quarto iluminara-se completamente...

O menino já não ouvia mais nada,
apenas cantava por estar vivo,
mas ele ainda tinha algo em seu peito,
o seu coração ainda estava petrificado.
Mas ele não se importava, por que agora podia cantar.

O menino que já não se importava,
tornou a cantar o que sentia,
passou a viver de alegria,
até que seu coração tornou-se vivo novamente.

Mas nem tudo era tão bom,
em um dia, sem mais nem menos,
sua voz deixou de funcionar,
o menino tornara-se mais uma vez triste.
E seu mundo escureceu novamente.

Foi então que ele chorou
e seu coração em pedra retornou.
Dessa vez ele havia recobrado a voz,
mas não existia mais motivo pra cantar.
O menino estava em decadência.

E sua alma então chorou.
O menino cantava a tristeza que sentia,
e tudo por que trazia,
um coração apaixonado.
Oscilante e inexato como a sua canção.

Wednesday, June 02, 2010

Inexistência.

Descobri umas coisas esses dias...
descobri o quanto a inexistência dói.
Desisti o quanto machuca ser alguém que não existe.
O quanto realmente machuca ser desconhecido totalmente.

Sou, unica e exclusivamente, o maior palhaço da face da terra.
Eu estou sentindo nojo de mim, nojo demasiado.
Queria ser tão igual às outras pessoas,
queria não poder sentir.

Na verdade...
eu queria ser livre pra sentir,
e poder desistir de quaisquer sentimentos que me esgotassem.
Mas acontece que não é assim.

Acontece que eu não tenho capacidade pra seguir adiante,
por que minha alma está cansada, cansada de tudo.
E quando a alma desiste,
que corpo teimoso vai seguir adiante?

Wednesday, May 19, 2010

E é como

E é como
(Nayguel Cappellari)

Para :)

E o céu já não me ilumina mais,
é como se eu tivesse o mundo
e ao mesmo tempo não tivesse nada.

Como se eu tivesse a habilidade de voar,
mas que minhas asas não se mexessem mais.
é como se eu não fosse mais esquentado pelo sol no inverno.

O dia, mesmo colorido, está unicor,
cheio de sombras, na penumbra.
Por que nesse momento não tenho o que eu mais quero.

Não tenho o sorriso, o abraço, o desejo.
Não tenho a voz, o jeito, o carinho.
Não tenho a presença da menina mais linda do mundo.

E nesse momento, meu mundo desaba,
minhas coisas desandam,
e as ondas do acaso causam a desordem do meu corpo.

É como se eu pudesse ser o que quisesse,
mas sem ela, sem o beijo dela, sem o rosto, lindo,
sorrindo pra mim,
é como se eu não fosse nada, a não ser um poeta moribundo.

Monday, April 26, 2010

A ti, meu amor

A ti, meu amor
(Nayguel Cappellari)

At...

A ti, meu amor, guardarei todo o bom sentimento de dentro de mim.
Trazer-te-ei as estrelas e a lua.
Roubar o brilho do sol, trazendo a alegria pra tua vida.

A ti, meu amor, lutaria por quem quer que fosse,
a todos os guerreiros e legiões.
Brigaria com feras famintas e furiosas
enfrentaria o rei dos animais,
e mataria à unhas o leão!

À ti, meu amor, eu buscaria o infinito,
e deixaria tudo que eu sinto
transbordar de emoção.

A ti, meu amor, eu gritaria à todos os mundos,
enfrentaria a maior das tormentas,
buscar-te-ia no reino de Hades,
lutaria com Cérberus,
sem jamais te deixar. Jamais.

A ti, meu amor, eu buscaria o universo,
dar-te-ia todos os cometas,
e também, por teu amor, a minha vida.

Sunday, April 11, 2010

Existe alguns momentos em nossas vidas que a gente escuta um PLOC e acaba por entender o motivo de muitas coisas. Hoje foi um dia desses pra mim. Por um lado isso foi muito bom, por outro, nem tanto.

Descobri o motivo pelo qual eu estou aqui na Terra, descobri o motivo pelo qual eu tenho de passar essas inúmeras barreiras, descobri o que tenho de fazer neste mundo.

Acho que estou prestes a alcançar meu ápice, acho que meu espírito está governando-me ternamente, e posso dizer que eu estou gostando de como as coisas estão se encaminhando.

Por fim, gostaria de dizer que eu estou aqui.

I used to say
I like Chopin.
Love me now and again!

Thursday, April 08, 2010

Eu choro por ti, meu amor.
Eu grito por ti, meu amor.
Eu luto por ti, meu amor.
Eu te amo, meu Tricolor.

Wednesday, April 07, 2010

Ao Acaso.

Ao Acaso
(Nayguel Cappellari)

E quando vou dormir,
pensando nas coisas que não fiz.
Nas coisas que não te falei...

E quando vou dormir,
pensando nas coisas,
pensando nela. Pensando nela.

E sonho com algumas coisas,
ela tão linda, com aqueles cabelos volumosos,
com aqueles lábios mais do que perfeitos...

Com aqueles olhinhos pedindo um pouco de carinho,
e aquelas bochechas pedindo
um doce beijo ao canto da boca.

Como eu posso sonhar assim com alguém?
Como posso mostrar a ela que tudo que digo é a mais perfeita verdade?
Em meus sonhos ela está perfeita, única, mais do que perfeita...

E ao me acordar a noite,
vendo que o sonho não passava de uma ilusão,
Entristeço-me totalmente, e no outro dia,
passo mais querendo dormir do que acordado.
Pois se dormir, sonho com ela, e se sonhar, a vejo em meus braços.

E ela está lá, mais do que linda, mais do que perfeita,
com aquelas nuances todas, o rosto, a boca, os olhos, o corpo,
a voz, dizendo ao meu ouvido que é minha, somente minha,
e as mãos, entrelaçadas em meus dedos, mesmo em gestos dizem para mim:
- És único pra mim, e a ti pertenço, amor meu.
E então eu quero nunca mais acordar.

Não, minto, eu quero acordar, e quero muito!
Quero ir atrás dessa pessoa, atrás dessa alma, atrás desse espírito bondoso,
que trouxe para mim tudo de volta,
e hoje sinto-me mais aliviado e mais feliz.
Eu quero acordar e fazer deste sonho algo real.

E ela, linda, estará sempre comigo,
em pensamentos ou em sonhos,
e meu coração irá querer sempre
o doce beijo daquela menina mais linda que existe!

Sunday, April 04, 2010

Pensamento

Pensamento
(Nayguel Cappellari)

Para Gabriela

Com a noite estrelada, à caminho de casa,
ele nao sabia mais o que fazer.
Foi que encontrou em seu caminho
quando não pensava ser possível,
um motivo novo para sorrir.

Renascido.

Nada mais justo do que dizer que estou renascido.
Depois de ler um livro interessante e acreditar em certas coisas que eu tinha desconsiderado, algumas coisas andam mudando para mim.
E espero que sejam para melhores.

Tuesday, March 23, 2010

Amigo, matar-te-ei.

Amigo, matar-te-ei!

Este lugar está ficando cheio de coisas inúteis e sem sentido.
Algumas coisas me fizeram perceber o quanto eu detesto ter essa habilidade de escrever, e de gostar da essência das coisas. De ser alguém decente, e não sair por aí fazendo besteiras e desgraçando qualquer um que passe no meu caminho.

A gente se entrega, se doa, faz o impossível por algumas coisas, e sempre leva na cara.
Era disso que eu vinha reclamando faz uns tempos, quanto tempo mais ou menos, três meses? É, talvez seja isso mesmo.
Mas agora eu cansei dessa porcaria toda, cansei de ser taxado de coisas que eu não consigo sequer pensar.

Minha vida não tem sido nada agradável, mas nem por isso eu vou desistir de qualquer coisa que eu tenha que viver. Seguirei meu caminho, mesmo sozinho ou com poucas pessoas ao meu lado. Mesmo que me doa, mesmo que qualquer situação esteja inexistente em minha vida.
Mesmo que nada coexista para comigo.

E a vida segue, e as pessoas não saberão, mas irão notar, mais cedo ou mais tarde, o quanto eu mudei, e o quanto deixei de lado certas coisas, como por exemplo uma das minhas principais qualidades, a de ser alguém decente nesse mundo.
A única coisa que, há pouco, ainda fazia com que eu conseguisse, ao menos sorrir.

Ser alguém bom nesse mundo é horrível, é triste.
Ser alguém decente nessa vida é completamente inútil,
por que quando tu pensas que as coisas estão bem,
uma pedra desce da montanha e começa a te perseguir.

Wednesday, February 10, 2010

It's over now.

Por mais que eu tenha tido uma pessoa aqui, me alentando, deixando-me feliz, eu não consigo, não consigo ficar bem... estou completamente cansado disso. Cansado de respirar, cansado de sofrer, cansado de pensar.

Ainda bem que sou um bom ator, por que à minha volta ninguém percebe que estou triste, e por msn, eu prefiro comentar, pra ver se melhoro, mas hoje, nem mesmo meu blog me salvará. Hoje, ninguém pode me ajudar. Ninguém.

alvez alguém leia isso um dia, talvez não... mas já não importa. Não importa mesmo.

Meu coração tá completamente quebrado, doendo mesmo, e eu não consigo entender. Tenho tudo pra ser feliz e me sinto um lixo, um pedaço de nada, um pedaço de nada.
Talvez devam estar se perguntando o porquê de eu ter feito isso, talvez não tenham entendido tudo que eu queira ter mostrado na vida, mas eu realmente não sei por que desisti assim, tão fácil, das coisas, mas eu não consigo mais.

Esse mundo tá me levando, cada vez mais, pro abismo, não tenho mais nada a tratar aqui, minha missão já foi cumprida, é o que sinto. Não tenho mais razão de estar aqui, mesmo que eu queira sobreviver para ver eu me casar um dia e finalmente ser feliz ao lado de alguém que me ame de verdade, ao lado de alguém que comigo tenha filhos, mas eu não consigo, não consigo... é dia após dia meu coração batendo, doendo, sangrando. E eu não sei, não sei o que fazer da minha vida.

eu estou indo agora, para o fundo, espero que vocês não se importem com isso.
eu amo todos vocês.


Eu sei, são idéias doentis, que não fazem sentido a niguém... mas pra mim chega!

Acabou.

Saturday, February 06, 2010

Ao nada.

Bom, eu não aguento mais.

Simplesmente é isso.
Minha cabeça já está doendo, meu corpo já está totalmente esquisito, engulo a seco a cada segundo, e meus olhos estão começando a girar, por que tudo que eu quero é impossível?

Não, não é impossível. Mas eu me torno uma pessoa tão, tão, tão digna de pena. Eu mesmo não suporto mais me olhar no espelho. Não, não tem nada a ver com minha aparência física, mas sim como eu sou. Esse ser humano imbecil, ridículo, podre. Eu não suporto mais me ver assim.

Tenho evitado me olhar no espelho, tenho evitado me olhar. Não consigo sequer olhar pra mim mesmo, pra dentro de mim, e sonhar com o que eu quero ser. Não sei quem eu sou, não sei nem mais o que fazer...

eu simplesmente não aguento.


Por que tenho de sofrer assim? Se Deus existe, ele está fazendo alguma coisa comigo, deve estar rindo de mim nas minhas costas, deve estar, junto aos anjos, caçoando de meu sofrimento, e de minha vida.

Cansei, cansei, cansei de sofrer, cansei de ser assim, cansei de ser nada.
Cansei de bancar o bonzinho e manter o mesmo sorriso ao rosto.
eu simplesmente não tenho nada...
e também sou nada.

Do nada eu pertenço.
e ao nada eu ficarei...




Eu simplesmente não aguento mais.
E não existo mais.

Monday, February 01, 2010

Por um dia mais que perfeito :)

Para Aline

Em um dia estranho, como se fosse do nada, alguém resolveu aparecer em minha vida.
Essa pessoa que apareceu na minha vida, foi, aos poucos, conquistando seu espaço em meu coração.
Conquistou o espaço em minha vida, em meu coração, em minha alma.
Pude perceber, com o passar dos dias, que ela era uma pessoa mais que maravilhosa, incrível, pura.
E isso me fez, a cada dia que passasse, entender mais e mais as coisas...

E foi, com o decorrer das coisas que eu entendi, entendi o quão importante essa menina foi pra mim.
Aprendi que ela é linda por dentro, e linda por fora.
Aprendi que ela é incrível, de jeitinho tão maravilhoso...
aprendi que ela é mais do que tudo isso que falei.

E hoje, como se fosse tão estranho, tive a vontade de ligar para ela,
convidei-a para sair, e saímos... nos divertimos longas horas juntos,
foi um dia excelente, onde não podia ter nada de melhor.
Sinto que hoje eu finalmente encontrei,
a minha cara-metade.

Friday, January 29, 2010

Ratificando o que outrora fora dito.

Bom, sei que vocês sabem que no post abaixo eu falei que não escreveria mais no meu blog, que estaria o abandonando, mas depois do que me aconteceu hoje, eu não posso fazer isso.

Sabem, existe algumas vezes que paramos pra pensar seja de forma proposital, ou de forma obrigatória. Eu que gosto de pensar propositadamente, por vontade própria, eu digo, desta vez foi diferente, obrigaram-me a pensar. E eu pensei, muito, por sinal.

Essa foi a primeira vez que fui obrigado a fazer isso, e vocês devem estar pensando que alguém me obrigou, mas não, não foi isso. Foi algo diferente, estranho, de fora, que me fez fazer isso. Todos sabem que estou tendo alguns problemas, mas nem todos sabem quais são os problemas, pois bem, eu fiquei mesmo mal com tudo que tem me acontecido por aqui. Mas agora estou bem, por que eu descobri algumas coisas que me fizeram abrir os olhos.

Bom, poucos sabem até agora, mas eu fui parar no hospital nesta madrugada, o motivo não sei ao certo, posso dizer que aqui em casa estão dizendo que o que me fez ir pra lá foi uma barra de chocolates meio-amargo que comi, mas eu nao acredito nisto. Mas tudo bem...

Eu fui parar no hospital, e, depois de sair de um, por nao ser atendido e ficar estressado, e ir pra outro, o médico receitou-me um medicamento, o qual tomei na veia, no mesmo local. Mas o divertido não é isso, o divertido, é que enquanto eu tava quase desmaiando, algumas pessoas foram de suma importância pra mim. Primeiro: Minha avó, minha querida avó, até hoje não sei que tipo de ser humano eu seria sem ela, pessoa incrível, importantíssima pra mim e que sempre vou amar, estar ao lado. A segunda a minha tia, que se preocupou comigo, e deixou o namorado dela, que está longe, falando sozinho no msn (eles se falam pouco por ali, por que ambos têm uma vida difícil no trabalho), a Hellô, amiga querida da família, que levou-me de carro pro hospital (eu não tenho carro, e ela se disponibilizou a me acompanhar até lá, sem reclamar).

A Renata, uma amiga longínqua, que está ao meu lado tem quatro anos, que nunca abriu mão de me ajudar, seja em qual problema for. Que ficou super preocupada comigo quando falei o que tinha, me disse que deveria ter ido ao medico se nao me sentisse bem... acho que se nao fosse ela, eu teria teimado que tava bem e teria ficado em casa. Enfim, Renata, obrigado por tudo.

A Aline, minha querida Aline, minha linda...
Eu estava escrevendo a mensagem para ela quando ela já havia me ligado perguntado o que eu tinha. (A Renata tinha avisado a ela que eu tava no hospital), e isso me deixou tão feliz, de ler o nome dela me chamando, que eu não acreditei... ela me fez ficar bem, no hospital. Obrigado, minha linda...

A Wládia, qeu esteve ao meu lado hoje, me mandou uma musica cantada por ela, e cara, ela tem uma voz maravilhosa. Ela cantou TENTE OUTRA VEZ do RAUL pra mim... me mandou no msn, e, meu Deus, eu já falei que a voz dela é LINDA? Cara, essa guria apareceu do nada na minha vida, é amiga de um amigo meu, ou melhor, amiga da minha amiga (namorada desse meu amigo), mora longe demais, e tá aqui, ao meu lado, ME AJUDANDO. E ela cantou RAUL pra mim com aquela voz incrível, linda demais. Obrigado, querida...

Bom, eu parei no hospital, como vocês já viram, tomei remédio na veia e tive uns pequenos problemas, acho que foi por causa do chocolate que comi, que me fez mal... mas, de alguma forma, eu tive um insight, uma coisa interessante pra pensar...
eu pensei em todas essas pessoas que estiveram ao meu lado, e fora as outras que estariam se soubesse que eu estava lá, pensei nos amigos que tenho, nas pessoas que tenho, em tudo. E eu tô tão feliz que chega a ser engraçado...

Por mais que eu tenha reclamado das coisas, por mais que eu tenha reclamado que perdi uma amizade, eu ganhei outras, talvez até mais importantes... por que elas se preocupam comigo, diferente de certas pessoas por aí.

E o melhor, eu tenho tudo e fico reclamando de barriga cheia, por que eu tenho pessoas maravilhosas ao meu lado, amigos de verdade, e, eu tenho o melhor divã para me deixar bem, blog, meu querido amigo, desculpa ter dito que abandonaria. Estou voltando, de verdade.



Obrigado a todas as pessoas por tudo...

E obrigado, meu blog, por estares mais uma vez aí por mim.

Tuesday, January 26, 2010

One last goodbye.

Talvez eu não consiga escrever exatamente tudo que eu penso, até por que, como eu falei anteriormente, minha mente funciona em um fluxo exageradamente rápido, e quando penso numa coisa, outra já toma conta dela. E como se já não bastasse este fluxo, minha memória é péssima, e eu só me dou mal com ela, ela simplesmente me faz esquecer muitas coisas, e coisas que pra mim seriam importantes esquecer, ela insiste em guardar. Existe uma coisa mais teimosa que eu mesmo, a minha memória.

Pois bem, eu não tô aqui pra reclamar de nada, só estou aqui para falar mesmo, este blog tem sido meu divã já tem quase quatro anos, é incrível como o tempo voa. E aquele guri de dezesseis anos, que começou a escrever apenas por que queria sentir uma coisa diferente, aprendeu com a escrita muitas coisas boas.

O meu divã tem sido um bom ajudante, um excelente amigo, tem me ajudado a vencer certos problemas em minha vida, tem me ajudado a dar a volta por cima, a me deixar bem, ou melhor, tentar me deixar bem. Sei, tu que estás lendo, deves estar pensando: "ele tem muita coisa e reclama de barriga cheia", mas não, não é assim. Eu realmente tenho bastante coisa, mas o mais importante eu não possuo.

Não, não falo de dinheiro, nem de um emprego que me torne rico, as pessoas que me conhecem sabem que eu não preciso de dinheiro pra ser feliz, que eu gosto das coisas mais simples. Mas são estas coisas simples que têm feito, ultimamente, o fluxo de minha mente se tornar maior ainda. Pois bem, é a verdade, eu me sinto totalmente incapacitado de vencer as barreiras dessa vez.

Tu deves me dizer que sou um idiota por acreditar que dessa vez não há volta, mas realmente, eu acho que não há, e talvez seja esse a última vez que eu consiga escrever neste endereço, neste espaço, nesta minha vida...

Uma amizade minha, que já durava fazia seis anos, foi atormentada por muitos problemas, e então, depois de muito correr atrás, eu tô deixando as coisas esfriarem, e a cada dia que penso nisso, me sinto mais inútil ainda, tu me entendes? Pois bem, não é apenas isso, ainda tenho outros inúmeros fatores, me sinto um lixo por que não consigo me enquadrar na vida, na sociedade atual. Talvez seja esse o grande problema.

Dizem que eu consigo escrever coisas bonitas, textos inteligentes, textos auto-explicativos e que eu consigo demonstrar exatamente o que eu sinto, mas não é bem assim. Por mais que eu escreva com tristeza, a minha tristeza no momento não é passada nem metade para o papel (ou para o endereço no blog).

Tenho pensamentos que ninguém sabe quais são. Neste momento, eu só consigo lembrar de uma frase do meu símbolo maior, Raul, ele disse assim: "É pena eu não ter nascido burro, assim não sofria tanto", mas para ele, essa frase se tratava da ditadura, pra mim, se trata apenas de meus pensamentos, mesmo, de meu fluxo mental.

Em se tratando de tristeza, minha vida não está nada fácil, não que eu tenha de reclamar de alguma coisa, por que eu tenho água, comida e lugar para morar, tenho tudo que uma pessoa DEVERIA receber nessa vida, mas não, eu não consigo me contentar com isso. O que mais me machuca são as pessoas que perdi, ou que estou perdendo.

Amanhã ou depois, todas elas me abandonarão. Sim, inclusive tu que estás lendo esse texto (se tu já não me abandonaste), é fato, mais cedo ou mais tarde as coisas acontecem e o momento mágico de outrora já não existe mais, minha vida se tornará talvez um pouco melhor sem a tua presença (ou sem a presença das outras pessoas), e tu, com certeza te tornarás uma pessoa mais agradável, por que perceberá que não irás querer perder mais ninguém nessa vida, ninguém.

E por mais que eu diga que não, este texto está sendo designado a muitas pessoas, inclusive para mim. Eu que tentei correr atrás de muita coisa, que tentei fazer de coisas simples o significado da minha vida estou, agora, acorrentado ao que eu me transformei, um ser humano patético que tem vontade de gritar para o mundo e demonstrar tudo que sente. Toda a tristeza que emana do meu coração. E da minha mente também.

Um mundo de fadas, de pensamentos bonitos, de situações maravilhosas, de pessoas boas ao meu lado, bom, este mundo já se tornou há algum tempo inútil, e totalmente sem sentido. Eu preciso dar um tempo, esgotar os pensamentos, parar de pensar e parar de querer agir. Tenho de seguir adiante, sem estes problemas com as pessoas a minha volta... tenho de ser mais dependente de mim mesmo. E é isso que estou fazendo.

Por mais que não pareça, este texto está destinado de palavras tristes, de pensamentos inquietos e fortes, de gritos de lamento, de vozes que ecoam no mais profundo e inatingível espaço do teu ser.

E antes eu pensava como Raul: "O que eu quero eu vou conseguir", mas não, eu já não consigo mais, já não consigo mais aguentar, suportar essa situação, não consigo pensar em nada, não consigo agir de forma consciente, estou agindo por impulso e dessa vez, acho que vai ser o fim.

Existem inúmeros motivos para eu estar agora, meu divã, querendo dar-te adeus, deixando de lado essa promissora carreira poética, eu te peço perdão, por que tu me deste muito em troca, meu querido blog, tu me deste grandes momentos de alegria, de tristeza, de pensamentos, de divagação própria que eu jamais vou esquecer, mesmo que minha memória seja seletiva assim.

Eu, meu divã, estou confinado a sofrer desse jeito a querer te largar, mas não te preocupa, eu não vou deixar-te, estarás comigo, guardado em meu coração, meu querido e meu mais sincero amigo. Tu nunca falaste uma coisa ruim para mim, tu nunca me deixaste triste, sempre ouviste minhas palavras e ao final, deixavas-me mais leve, mais alegre... mas hoje, "Namorando com a Escrita", eu acho que não dá mais.

Estarás sempre ao meu lado, meu caro, sempre...


E tu, tu que estás lendo isso, saiba que o tempo realmente está para acontecer, e eu estou a ponto de explodir, indo em direção ao mar, quem sabe ele não me mostre o caminho, não é? E, sendo assim, o mundo talvez ria sem minha presença. Vocês que estão lendo isso ainda podem olhar para os campos de trigo e lembrarem de mim, porque o trigo é amarelo, igual a cor dos meus cabelo. (Passagem adapatada d'O Pequeno Príncipe).

pois enfim, meus queridos amigos, eu me dispeço de vocês, um adeus. ;)


até mais ver.

Tuesday, January 19, 2010

é muito engraçado, eu não consigo mais nada...
minha vida não está um saco, não está ruim, mas eu continuo reclamando dela mesmo assim.
A verdade é que tem uma pessoa que me fere muito a cada dia,
e eu não sinto nada por ela, a não ser uma mágoa enorme, uma coisa forte, pior que o abandono dela para comigo, pior que a dor que sinto de ser totalmente deixado de lado.
E isso me consome, me machuca, me deixa triste, me deixa mal.


Eu não aguento, eu não aguento ser um sapato.
Eu não aguento ser uma alma pisada.


Eu não aguento.
O que posso fazer? Já tentei excluí-la de mim, não aguento mais sofrer.
não aguento...

e ela continua a me machucar, me deixar mal.
Nada, nada mais importa.

Friday, January 15, 2010

O que é isso?

O que é isso? Essa dor em meu peito? Esse fatigar exagerado? Esse mundo encolhido?
O que é isso em meu peito? Essa dor sem fim, esse mundo pequeno, essa vida inibida?
O que é isso em meu peito? Essa dor profunda, o mundo desabado e essa dor em minha mente?
O que é isso que sinto, que não sei como esconder, o que é isso que bate em meu mundo, quando penso que tudo está bem? O que é isso em meu peito, que assola minha mente, que decorre minha vida, que desgraça meu ser?

O que é isso em meu peito? Estas coisas em minha mente? Estes pensamentos terríveis?
O que é isso me meu peito, essa dor sem fim, esse mundo pequeno, essa vida inibida?
O que é isso em meu peito? Esse não saber em minha mente, essa dor em meu corpo?
O que é isso em meu ser?

Quando eu penso que tudo está ficando bem, alguma coisa insiste em dar errado, talvez o problema seja eu realmente, talvez não tenha nada a ver com o que eu pensava, mas algumas coisas me atrapalham de verdade, me cansam, me deixam mal.

O que se fazer quando tudo que tu pensas que estava certo desmorona, e tu não consegues mais ver razão para isto? O que se faz quando tudo está caindo e tu vês as coisas acontecerem em tua frente, sem NADA, sem nenhuma explicação?

O que fazer quando essa dor em meu peito bate, quando eu penso exatamente nesse lugar, nesse maldito lugar em que me encontro, nessa dor, nessa angústia, nessa dor e angústia de não estar no lugar certo. O que fazer?

O que fazer para ir ao lugar certo? O que fazer para poder tirar essa dor do meu peito?

O que fazer quando não se sabe o que é que se quer?
O que fazer quando tudo que tu pensas, de verdade, não passa de uma ilusão?

O que fazer? Pra qual lugar ir? O que tenho de fazer?
Será que consigo, um dia, tirar essa dor do meu peito?


Será que um dia eu vou saber em qual rua dobrar?
Será que um dia eu vou saber como me encontrar?
Será que um dia, essa dor irá realmente sumir?

Tudo que eu queria era pensar menos,
talvez assim, eu não me machucasse tanto.

Wednesday, January 06, 2010

Suspiros

Eu realmente não sei o que escrever aqui, são tantas coisas que se passam na minha cabeça, são tantos os motivos que me fazem escrever tais palavras neste lugar. Queria, de verdade, que estas palavras fossem escritas em um papel, com uma caneta, por que desse jeito eu poderia olhar para a folha rabiscada e molhada das lágrimas que escorrem o meu rosto. Porque só assim eu poderia mostrar às pessoas a veracidade de tudo que eu sinto dentro de mim, porque só assim eu posso mostrar a todo mundo que meus olhos são realmente o reflexo da minha alma, que meu coração está morto, quebrado, destruído.

Eu realmente queria poder escrever estas palavras sem sentido para tu que estás lendo, mas não consigo, simplesmente minhas mãos querem apenas escrever no computador, porque desse jeito, os meus dedos conseguem acompanhar o tal fluxo do meu pensamento, porque só assim eu consigo realmente mostrar tudo que eu sinto.

E eu fico desesperado, páro, olho à minha volta e não consigo entender tanta coisa, tudo que me falta, e por outro lado, tudo que eu tenho. O meu estômago vazio, mas que não sente fome, porqeu eu tenho comida a hora que quiser, o meu coração despedaçado porque não posso estar ao lado de quem eu realmente gostaria. Minha alma perfurada porque algumas pessoas com quem eu me preocupo demais simplesmente não se preocupam comigo da mesma maneira, sim, minha alma, que está totalmente em fragmentos, essas pessoas sequer perguntam como eu estou, aparecem, decidem sumir sem dar sequer um oi, preferem ficar trancafiadas em seus mundinhos absolutos, fugindo da realidade do que fora. Essas, essas são as pessoas que mais me machucam, e por culpa dessas pessoas que me machucam, a minha alma está quebrada, em fragmentos, como se fosse um copo de vidro caindo ao chão - cacos para todo o lado.

E da mesma forma que minha alma está assim, meu coração vai junto, afundando-me com todas as situações que acontecem e continuam a acontecer. Meu coração está pedindo, implorando socorro, por que por mais que eu esteja sendo amado, correspondido, algumas coisas insistem em acontecer. As amizades que ficam no caminho, por exemplo, a levianidade de certas pessoas para comigo, o sorriso de outrora que já não existe mais, os elogios, os dizeres, as coisas bonitas, as palavras de apoio, tudo, exatamente tudo que não existe mais. E a distância que insiste em acabar com a minha vida.

A distância de dois laços, de dois corações que querem se encontrar, e ela está lá, distante, maquiavélica, prolongando o sofrimento, o meu sofrimento. Por que, meu Deus, eu não podia ter nascido rico? Por que, meu Deus, eu não podia ter um pouco de dinheiro, apenas? Por que, meu Deus, eu tenho de implorar, WHY DO I HAVE TO BEG YOU, GOD? Por quê? Por que eu tenho de simplesmente pensar nas coisas, agir da maneira com que eu ajo? Por quê?

Ainda mais, por que eu tenho de fazer o que eu não quero? Por que tenho de arriscar algumas coisas? Por que tenho de realmente escolher este caminho? Por que minha vida está desse jeito? Por que eu estou tão confuso? Por que tudo está desabando?

E a chuva lá fora, anunciando um novo tempo... Eu consigo enxergar, as coisas não estão fáceis, eu sei, sei que não sou apenas eu que sofro, e sei que tem gente que realmente SOFRE, mas para mim, isso não é simplesmente assim, não, eu não aceito a tal derrota, decido seguir adiante, mas eu não aguento mais sofrer, será que tu, que estás lendo, consegue perceber? Eu tô tão acostumado a ter tanta coisa, eu tô acostumado a poder abraçar, a poder beijar, a poder sentir... e agora nada disso eu posso. Eu tô acostumado a poder dizer livremente, a de cantar ao amor, a de dar vivas à ele, mas simplesmente agora não consigo. Eu simplesmente não consigo, já não consigo sequer respirar.

E agora, o sol já nem brilha mais pra mim, ele simplesmente está escondido nas turbulentas nuvens que cercam minha vida, minha mente, meu ser, minha alma. Mas eu ainda continuo a gritar, a pedir, seja para Deus, para Alá, para mim, para ti, para quem for, eu continuo a pedir que as coisas comigo funcionem um pouco melhor. Eu não consigo suportar algumas coisas. Estou simplesmente cansado, cansado delas acontecerem. ACONTECEREM.

E agora eu fico aqui, concentrado, confuso, sem saber o que fazer, meu coração me diz o que quer fazer, minha mente diz que não pode fazer isso, minhas pernas não se mexem e os meus braços estão apenas escrevendo, meus dedos parecem ter vontade própria, parece que são eles o real reflexo, parece que são eles os mais preocupados comigo, por que eles conseguem, de fato, extravasar tudo que eu sinto, liberar todos os pensamentos, toda a confusão de dentro de mim. E isso funciona; bem, às vezes funciona.

Eu procuro uma orientação, sabe? Queria ter tanto as respostas para as minhas perguntas, queria tanto poder respondê-las de olhos fechados, e não ter essas lágrimas escorrendo meus olhos, eu queria poder falar, gritar, berrar. Eu queria poder ser outra coisa, eu queria poder viver, eu queria poder VIVER. Eu queria poder me desconectar, mas não consigo.

Eu simplesmente não consigo deixar de viver essa minha vida, as pessoas continuam a me machucar, e eu continuo a me preocupar com elas, as pessoas insistem em me dizer não, e eu insisto em sorrir de volta para elas. As pessoas querem me deixar, mentem para mim, mas eu continuo a aceitar, a sorrir, a deixar de lado. O mundo continua girando, eu continuo me machucando, e sequer tenho o apoio de algumas das pessoas mais importantes para mim, elas estão escondidas entre suas vidas, e pensam mais nelas do que em mim, que preciso de ajuda.






E sendo assim, eu não consigo entender, por que ainda, meu Deus, eu continuo a me preocupar mais com elas a que comigo mesmo. Diga-me, por favor, o que eu fiz de errado? Devo sofrer tanto assim? Em alguma vida passada eu fui uma pessoa tão ruim, para agora, ter de sofrer todos os tipos de feridas? Por quê, meu Deus, por quê?


Será que algum dia Tu poderias me explicar?

Eu, sinceramente, não tenho mais vontade de seguir. Mas pensando em algumas coisas, eu vejo que realmente vale a pena seguir adiante, então, eu esqueço por ora o que eu passo. Mas quando volta, o sentimento é cada vez mais forte, mas turbulento, mais enevoado, e eu não consigo mais me guiar, já não consigo.


Eu pergunto mais uma vez: o que eu fiz em minha vida passada?