Friday, January 29, 2010

Ratificando o que outrora fora dito.

Bom, sei que vocês sabem que no post abaixo eu falei que não escreveria mais no meu blog, que estaria o abandonando, mas depois do que me aconteceu hoje, eu não posso fazer isso.

Sabem, existe algumas vezes que paramos pra pensar seja de forma proposital, ou de forma obrigatória. Eu que gosto de pensar propositadamente, por vontade própria, eu digo, desta vez foi diferente, obrigaram-me a pensar. E eu pensei, muito, por sinal.

Essa foi a primeira vez que fui obrigado a fazer isso, e vocês devem estar pensando que alguém me obrigou, mas não, não foi isso. Foi algo diferente, estranho, de fora, que me fez fazer isso. Todos sabem que estou tendo alguns problemas, mas nem todos sabem quais são os problemas, pois bem, eu fiquei mesmo mal com tudo que tem me acontecido por aqui. Mas agora estou bem, por que eu descobri algumas coisas que me fizeram abrir os olhos.

Bom, poucos sabem até agora, mas eu fui parar no hospital nesta madrugada, o motivo não sei ao certo, posso dizer que aqui em casa estão dizendo que o que me fez ir pra lá foi uma barra de chocolates meio-amargo que comi, mas eu nao acredito nisto. Mas tudo bem...

Eu fui parar no hospital, e, depois de sair de um, por nao ser atendido e ficar estressado, e ir pra outro, o médico receitou-me um medicamento, o qual tomei na veia, no mesmo local. Mas o divertido não é isso, o divertido, é que enquanto eu tava quase desmaiando, algumas pessoas foram de suma importância pra mim. Primeiro: Minha avó, minha querida avó, até hoje não sei que tipo de ser humano eu seria sem ela, pessoa incrível, importantíssima pra mim e que sempre vou amar, estar ao lado. A segunda a minha tia, que se preocupou comigo, e deixou o namorado dela, que está longe, falando sozinho no msn (eles se falam pouco por ali, por que ambos têm uma vida difícil no trabalho), a Hellô, amiga querida da família, que levou-me de carro pro hospital (eu não tenho carro, e ela se disponibilizou a me acompanhar até lá, sem reclamar).

A Renata, uma amiga longínqua, que está ao meu lado tem quatro anos, que nunca abriu mão de me ajudar, seja em qual problema for. Que ficou super preocupada comigo quando falei o que tinha, me disse que deveria ter ido ao medico se nao me sentisse bem... acho que se nao fosse ela, eu teria teimado que tava bem e teria ficado em casa. Enfim, Renata, obrigado por tudo.

A Aline, minha querida Aline, minha linda...
Eu estava escrevendo a mensagem para ela quando ela já havia me ligado perguntado o que eu tinha. (A Renata tinha avisado a ela que eu tava no hospital), e isso me deixou tão feliz, de ler o nome dela me chamando, que eu não acreditei... ela me fez ficar bem, no hospital. Obrigado, minha linda...

A Wládia, qeu esteve ao meu lado hoje, me mandou uma musica cantada por ela, e cara, ela tem uma voz maravilhosa. Ela cantou TENTE OUTRA VEZ do RAUL pra mim... me mandou no msn, e, meu Deus, eu já falei que a voz dela é LINDA? Cara, essa guria apareceu do nada na minha vida, é amiga de um amigo meu, ou melhor, amiga da minha amiga (namorada desse meu amigo), mora longe demais, e tá aqui, ao meu lado, ME AJUDANDO. E ela cantou RAUL pra mim com aquela voz incrível, linda demais. Obrigado, querida...

Bom, eu parei no hospital, como vocês já viram, tomei remédio na veia e tive uns pequenos problemas, acho que foi por causa do chocolate que comi, que me fez mal... mas, de alguma forma, eu tive um insight, uma coisa interessante pra pensar...
eu pensei em todas essas pessoas que estiveram ao meu lado, e fora as outras que estariam se soubesse que eu estava lá, pensei nos amigos que tenho, nas pessoas que tenho, em tudo. E eu tô tão feliz que chega a ser engraçado...

Por mais que eu tenha reclamado das coisas, por mais que eu tenha reclamado que perdi uma amizade, eu ganhei outras, talvez até mais importantes... por que elas se preocupam comigo, diferente de certas pessoas por aí.

E o melhor, eu tenho tudo e fico reclamando de barriga cheia, por que eu tenho pessoas maravilhosas ao meu lado, amigos de verdade, e, eu tenho o melhor divã para me deixar bem, blog, meu querido amigo, desculpa ter dito que abandonaria. Estou voltando, de verdade.



Obrigado a todas as pessoas por tudo...

E obrigado, meu blog, por estares mais uma vez aí por mim.

Tuesday, January 26, 2010

One last goodbye.

Talvez eu não consiga escrever exatamente tudo que eu penso, até por que, como eu falei anteriormente, minha mente funciona em um fluxo exageradamente rápido, e quando penso numa coisa, outra já toma conta dela. E como se já não bastasse este fluxo, minha memória é péssima, e eu só me dou mal com ela, ela simplesmente me faz esquecer muitas coisas, e coisas que pra mim seriam importantes esquecer, ela insiste em guardar. Existe uma coisa mais teimosa que eu mesmo, a minha memória.

Pois bem, eu não tô aqui pra reclamar de nada, só estou aqui para falar mesmo, este blog tem sido meu divã já tem quase quatro anos, é incrível como o tempo voa. E aquele guri de dezesseis anos, que começou a escrever apenas por que queria sentir uma coisa diferente, aprendeu com a escrita muitas coisas boas.

O meu divã tem sido um bom ajudante, um excelente amigo, tem me ajudado a vencer certos problemas em minha vida, tem me ajudado a dar a volta por cima, a me deixar bem, ou melhor, tentar me deixar bem. Sei, tu que estás lendo, deves estar pensando: "ele tem muita coisa e reclama de barriga cheia", mas não, não é assim. Eu realmente tenho bastante coisa, mas o mais importante eu não possuo.

Não, não falo de dinheiro, nem de um emprego que me torne rico, as pessoas que me conhecem sabem que eu não preciso de dinheiro pra ser feliz, que eu gosto das coisas mais simples. Mas são estas coisas simples que têm feito, ultimamente, o fluxo de minha mente se tornar maior ainda. Pois bem, é a verdade, eu me sinto totalmente incapacitado de vencer as barreiras dessa vez.

Tu deves me dizer que sou um idiota por acreditar que dessa vez não há volta, mas realmente, eu acho que não há, e talvez seja esse a última vez que eu consiga escrever neste endereço, neste espaço, nesta minha vida...

Uma amizade minha, que já durava fazia seis anos, foi atormentada por muitos problemas, e então, depois de muito correr atrás, eu tô deixando as coisas esfriarem, e a cada dia que penso nisso, me sinto mais inútil ainda, tu me entendes? Pois bem, não é apenas isso, ainda tenho outros inúmeros fatores, me sinto um lixo por que não consigo me enquadrar na vida, na sociedade atual. Talvez seja esse o grande problema.

Dizem que eu consigo escrever coisas bonitas, textos inteligentes, textos auto-explicativos e que eu consigo demonstrar exatamente o que eu sinto, mas não é bem assim. Por mais que eu escreva com tristeza, a minha tristeza no momento não é passada nem metade para o papel (ou para o endereço no blog).

Tenho pensamentos que ninguém sabe quais são. Neste momento, eu só consigo lembrar de uma frase do meu símbolo maior, Raul, ele disse assim: "É pena eu não ter nascido burro, assim não sofria tanto", mas para ele, essa frase se tratava da ditadura, pra mim, se trata apenas de meus pensamentos, mesmo, de meu fluxo mental.

Em se tratando de tristeza, minha vida não está nada fácil, não que eu tenha de reclamar de alguma coisa, por que eu tenho água, comida e lugar para morar, tenho tudo que uma pessoa DEVERIA receber nessa vida, mas não, eu não consigo me contentar com isso. O que mais me machuca são as pessoas que perdi, ou que estou perdendo.

Amanhã ou depois, todas elas me abandonarão. Sim, inclusive tu que estás lendo esse texto (se tu já não me abandonaste), é fato, mais cedo ou mais tarde as coisas acontecem e o momento mágico de outrora já não existe mais, minha vida se tornará talvez um pouco melhor sem a tua presença (ou sem a presença das outras pessoas), e tu, com certeza te tornarás uma pessoa mais agradável, por que perceberá que não irás querer perder mais ninguém nessa vida, ninguém.

E por mais que eu diga que não, este texto está sendo designado a muitas pessoas, inclusive para mim. Eu que tentei correr atrás de muita coisa, que tentei fazer de coisas simples o significado da minha vida estou, agora, acorrentado ao que eu me transformei, um ser humano patético que tem vontade de gritar para o mundo e demonstrar tudo que sente. Toda a tristeza que emana do meu coração. E da minha mente também.

Um mundo de fadas, de pensamentos bonitos, de situações maravilhosas, de pessoas boas ao meu lado, bom, este mundo já se tornou há algum tempo inútil, e totalmente sem sentido. Eu preciso dar um tempo, esgotar os pensamentos, parar de pensar e parar de querer agir. Tenho de seguir adiante, sem estes problemas com as pessoas a minha volta... tenho de ser mais dependente de mim mesmo. E é isso que estou fazendo.

Por mais que não pareça, este texto está destinado de palavras tristes, de pensamentos inquietos e fortes, de gritos de lamento, de vozes que ecoam no mais profundo e inatingível espaço do teu ser.

E antes eu pensava como Raul: "O que eu quero eu vou conseguir", mas não, eu já não consigo mais, já não consigo mais aguentar, suportar essa situação, não consigo pensar em nada, não consigo agir de forma consciente, estou agindo por impulso e dessa vez, acho que vai ser o fim.

Existem inúmeros motivos para eu estar agora, meu divã, querendo dar-te adeus, deixando de lado essa promissora carreira poética, eu te peço perdão, por que tu me deste muito em troca, meu querido blog, tu me deste grandes momentos de alegria, de tristeza, de pensamentos, de divagação própria que eu jamais vou esquecer, mesmo que minha memória seja seletiva assim.

Eu, meu divã, estou confinado a sofrer desse jeito a querer te largar, mas não te preocupa, eu não vou deixar-te, estarás comigo, guardado em meu coração, meu querido e meu mais sincero amigo. Tu nunca falaste uma coisa ruim para mim, tu nunca me deixaste triste, sempre ouviste minhas palavras e ao final, deixavas-me mais leve, mais alegre... mas hoje, "Namorando com a Escrita", eu acho que não dá mais.

Estarás sempre ao meu lado, meu caro, sempre...


E tu, tu que estás lendo isso, saiba que o tempo realmente está para acontecer, e eu estou a ponto de explodir, indo em direção ao mar, quem sabe ele não me mostre o caminho, não é? E, sendo assim, o mundo talvez ria sem minha presença. Vocês que estão lendo isso ainda podem olhar para os campos de trigo e lembrarem de mim, porque o trigo é amarelo, igual a cor dos meus cabelo. (Passagem adapatada d'O Pequeno Príncipe).

pois enfim, meus queridos amigos, eu me dispeço de vocês, um adeus. ;)


até mais ver.

Tuesday, January 19, 2010

é muito engraçado, eu não consigo mais nada...
minha vida não está um saco, não está ruim, mas eu continuo reclamando dela mesmo assim.
A verdade é que tem uma pessoa que me fere muito a cada dia,
e eu não sinto nada por ela, a não ser uma mágoa enorme, uma coisa forte, pior que o abandono dela para comigo, pior que a dor que sinto de ser totalmente deixado de lado.
E isso me consome, me machuca, me deixa triste, me deixa mal.


Eu não aguento, eu não aguento ser um sapato.
Eu não aguento ser uma alma pisada.


Eu não aguento.
O que posso fazer? Já tentei excluí-la de mim, não aguento mais sofrer.
não aguento...

e ela continua a me machucar, me deixar mal.
Nada, nada mais importa.

Friday, January 15, 2010

O que é isso?

O que é isso? Essa dor em meu peito? Esse fatigar exagerado? Esse mundo encolhido?
O que é isso em meu peito? Essa dor sem fim, esse mundo pequeno, essa vida inibida?
O que é isso em meu peito? Essa dor profunda, o mundo desabado e essa dor em minha mente?
O que é isso que sinto, que não sei como esconder, o que é isso que bate em meu mundo, quando penso que tudo está bem? O que é isso em meu peito, que assola minha mente, que decorre minha vida, que desgraça meu ser?

O que é isso em meu peito? Estas coisas em minha mente? Estes pensamentos terríveis?
O que é isso me meu peito, essa dor sem fim, esse mundo pequeno, essa vida inibida?
O que é isso em meu peito? Esse não saber em minha mente, essa dor em meu corpo?
O que é isso em meu ser?

Quando eu penso que tudo está ficando bem, alguma coisa insiste em dar errado, talvez o problema seja eu realmente, talvez não tenha nada a ver com o que eu pensava, mas algumas coisas me atrapalham de verdade, me cansam, me deixam mal.

O que se fazer quando tudo que tu pensas que estava certo desmorona, e tu não consegues mais ver razão para isto? O que se faz quando tudo está caindo e tu vês as coisas acontecerem em tua frente, sem NADA, sem nenhuma explicação?

O que fazer quando essa dor em meu peito bate, quando eu penso exatamente nesse lugar, nesse maldito lugar em que me encontro, nessa dor, nessa angústia, nessa dor e angústia de não estar no lugar certo. O que fazer?

O que fazer para ir ao lugar certo? O que fazer para poder tirar essa dor do meu peito?

O que fazer quando não se sabe o que é que se quer?
O que fazer quando tudo que tu pensas, de verdade, não passa de uma ilusão?

O que fazer? Pra qual lugar ir? O que tenho de fazer?
Será que consigo, um dia, tirar essa dor do meu peito?


Será que um dia eu vou saber em qual rua dobrar?
Será que um dia eu vou saber como me encontrar?
Será que um dia, essa dor irá realmente sumir?

Tudo que eu queria era pensar menos,
talvez assim, eu não me machucasse tanto.

Wednesday, January 06, 2010

Suspiros

Eu realmente não sei o que escrever aqui, são tantas coisas que se passam na minha cabeça, são tantos os motivos que me fazem escrever tais palavras neste lugar. Queria, de verdade, que estas palavras fossem escritas em um papel, com uma caneta, por que desse jeito eu poderia olhar para a folha rabiscada e molhada das lágrimas que escorrem o meu rosto. Porque só assim eu poderia mostrar às pessoas a veracidade de tudo que eu sinto dentro de mim, porque só assim eu posso mostrar a todo mundo que meus olhos são realmente o reflexo da minha alma, que meu coração está morto, quebrado, destruído.

Eu realmente queria poder escrever estas palavras sem sentido para tu que estás lendo, mas não consigo, simplesmente minhas mãos querem apenas escrever no computador, porque desse jeito, os meus dedos conseguem acompanhar o tal fluxo do meu pensamento, porque só assim eu consigo realmente mostrar tudo que eu sinto.

E eu fico desesperado, páro, olho à minha volta e não consigo entender tanta coisa, tudo que me falta, e por outro lado, tudo que eu tenho. O meu estômago vazio, mas que não sente fome, porqeu eu tenho comida a hora que quiser, o meu coração despedaçado porque não posso estar ao lado de quem eu realmente gostaria. Minha alma perfurada porque algumas pessoas com quem eu me preocupo demais simplesmente não se preocupam comigo da mesma maneira, sim, minha alma, que está totalmente em fragmentos, essas pessoas sequer perguntam como eu estou, aparecem, decidem sumir sem dar sequer um oi, preferem ficar trancafiadas em seus mundinhos absolutos, fugindo da realidade do que fora. Essas, essas são as pessoas que mais me machucam, e por culpa dessas pessoas que me machucam, a minha alma está quebrada, em fragmentos, como se fosse um copo de vidro caindo ao chão - cacos para todo o lado.

E da mesma forma que minha alma está assim, meu coração vai junto, afundando-me com todas as situações que acontecem e continuam a acontecer. Meu coração está pedindo, implorando socorro, por que por mais que eu esteja sendo amado, correspondido, algumas coisas insistem em acontecer. As amizades que ficam no caminho, por exemplo, a levianidade de certas pessoas para comigo, o sorriso de outrora que já não existe mais, os elogios, os dizeres, as coisas bonitas, as palavras de apoio, tudo, exatamente tudo que não existe mais. E a distância que insiste em acabar com a minha vida.

A distância de dois laços, de dois corações que querem se encontrar, e ela está lá, distante, maquiavélica, prolongando o sofrimento, o meu sofrimento. Por que, meu Deus, eu não podia ter nascido rico? Por que, meu Deus, eu não podia ter um pouco de dinheiro, apenas? Por que, meu Deus, eu tenho de implorar, WHY DO I HAVE TO BEG YOU, GOD? Por quê? Por que eu tenho de simplesmente pensar nas coisas, agir da maneira com que eu ajo? Por quê?

Ainda mais, por que eu tenho de fazer o que eu não quero? Por que tenho de arriscar algumas coisas? Por que tenho de realmente escolher este caminho? Por que minha vida está desse jeito? Por que eu estou tão confuso? Por que tudo está desabando?

E a chuva lá fora, anunciando um novo tempo... Eu consigo enxergar, as coisas não estão fáceis, eu sei, sei que não sou apenas eu que sofro, e sei que tem gente que realmente SOFRE, mas para mim, isso não é simplesmente assim, não, eu não aceito a tal derrota, decido seguir adiante, mas eu não aguento mais sofrer, será que tu, que estás lendo, consegue perceber? Eu tô tão acostumado a ter tanta coisa, eu tô acostumado a poder abraçar, a poder beijar, a poder sentir... e agora nada disso eu posso. Eu tô acostumado a poder dizer livremente, a de cantar ao amor, a de dar vivas à ele, mas simplesmente agora não consigo. Eu simplesmente não consigo, já não consigo sequer respirar.

E agora, o sol já nem brilha mais pra mim, ele simplesmente está escondido nas turbulentas nuvens que cercam minha vida, minha mente, meu ser, minha alma. Mas eu ainda continuo a gritar, a pedir, seja para Deus, para Alá, para mim, para ti, para quem for, eu continuo a pedir que as coisas comigo funcionem um pouco melhor. Eu não consigo suportar algumas coisas. Estou simplesmente cansado, cansado delas acontecerem. ACONTECEREM.

E agora eu fico aqui, concentrado, confuso, sem saber o que fazer, meu coração me diz o que quer fazer, minha mente diz que não pode fazer isso, minhas pernas não se mexem e os meus braços estão apenas escrevendo, meus dedos parecem ter vontade própria, parece que são eles o real reflexo, parece que são eles os mais preocupados comigo, por que eles conseguem, de fato, extravasar tudo que eu sinto, liberar todos os pensamentos, toda a confusão de dentro de mim. E isso funciona; bem, às vezes funciona.

Eu procuro uma orientação, sabe? Queria ter tanto as respostas para as minhas perguntas, queria tanto poder respondê-las de olhos fechados, e não ter essas lágrimas escorrendo meus olhos, eu queria poder falar, gritar, berrar. Eu queria poder ser outra coisa, eu queria poder viver, eu queria poder VIVER. Eu queria poder me desconectar, mas não consigo.

Eu simplesmente não consigo deixar de viver essa minha vida, as pessoas continuam a me machucar, e eu continuo a me preocupar com elas, as pessoas insistem em me dizer não, e eu insisto em sorrir de volta para elas. As pessoas querem me deixar, mentem para mim, mas eu continuo a aceitar, a sorrir, a deixar de lado. O mundo continua girando, eu continuo me machucando, e sequer tenho o apoio de algumas das pessoas mais importantes para mim, elas estão escondidas entre suas vidas, e pensam mais nelas do que em mim, que preciso de ajuda.






E sendo assim, eu não consigo entender, por que ainda, meu Deus, eu continuo a me preocupar mais com elas a que comigo mesmo. Diga-me, por favor, o que eu fiz de errado? Devo sofrer tanto assim? Em alguma vida passada eu fui uma pessoa tão ruim, para agora, ter de sofrer todos os tipos de feridas? Por quê, meu Deus, por quê?


Será que algum dia Tu poderias me explicar?

Eu, sinceramente, não tenho mais vontade de seguir. Mas pensando em algumas coisas, eu vejo que realmente vale a pena seguir adiante, então, eu esqueço por ora o que eu passo. Mas quando volta, o sentimento é cada vez mais forte, mas turbulento, mais enevoado, e eu não consigo mais me guiar, já não consigo.


Eu pergunto mais uma vez: o que eu fiz em minha vida passada?