Monday, December 26, 2011

Posso pedir

Posso pedir
(Nayguel Cappellari)

Posso pedir para que em 2012 eu não seja tão preguiçoso, para que eu não deixe de lado tantas coisas, e não me preocupe tanto com outras assim, tão sem importância. Posso pedir que tudo seja tranquilo, calmo e sereno. Mas jamais vou conseguir pedir a calma necessária para o meu coração.

Posso pedir, ainda, que tudo seja tão belo e sem problemas, que com os eventuais infortúnios eu consiga lidar. Posso pedir, também, que tudo se ajeite, e as coisas se acalmem... mas mesmo assim, não vou conseguir pedir a calma necessária para o meu coração, nem para a minha alma.

Posso pedir tudo que seja de tão importante para qualquer pessoa, posso pedir saúde, felicidade e até mesmo dinheiro. Mas jamais vou conseguir lidar com esse vazio enorme, e com a raiva entalada dentro do meu corpo, e da minha mente.

Posso pedir exatamente tudo, tudo que qualquer um queira...
Mas o que eu quero, eu infelizmente, não tenho como pedir.
Só quero a calma pra minha alma.
E pro meu coração

Tuesday, December 20, 2011

Dia-a-dia

Dia-a-dia
(Nayguel Cappellari)

E tudo que eu penso é em ficar mais um tempo por aqui,
mas então eu percebo que minha vida continua passando por meus olhos,
E que eu necessito buscar alguma coisa nova para mim.
Mas então eu me acomodo e pergunto pra mim mesmo: 'vamos ficar aqui mais um pouco?'

Meu coração começa a bater mais intensamente,
e meus olhos começam a lacrimejar.
E tamanha é a intensidade desses sentimentos, que meus medos retornam...
E tudo que eu quero é deixar partir, deixar partir...

Sinto um vento gelado em minha espinha,
mas não tem a ver com o clima lá de fora,
e sim com a sombria e triste névoa que paira sobre mim,
tornando-me pútrido, inerte, inútil, mais inútil.

E tudo que eu consigo pensar...
dentro do meu coração, dentro de minha mente...
é que eu quero mudar, mas então...
dentro de mim, minha voz ecoa e diz: 'vamos ficar aqui mais um pouco?'.

Monday, December 19, 2011

Apenas uma prova

Apenas uma prova
(Nayguel Cappellari)

La fora sob à luz da lua,
refletindo em tudo que é lugar a minha volta,
pensei sobre o que estava acontecendo comigo...
E eis que surge, dentro de mim, uma coisa linda.

Não há palavras para descrever,
é sentimento puro, sentimento pleno,
algo tão doce e sincero,
tão bonito e tão maravilhoso...

E dentro de mim, o sentimento cresce.
Crescendo de forma tão intensa...
E o vento soa ao longe,
fazendo-me pensar em tudo que me aconteceu.

Uma coisa tão doce e maravilhosa.
O mundo repleto de coisas ruins
que deixavam-me triste e estressado...
mas que ficou para trás.

E uma menina foi o motivo disto,
uma doce menina tão maravilhosa,
que iluminou até o mais brilhante raio do luar,
ofuscando-me os sentimentos ruins...

Trazendo felicidade plena para mim,
uma menina doce e maravilhosa,
que tomou conta do meu coração.
E hoje, hoje sou extremamente feliz por conhecê-la.

Uma menina capaz de me alegrar em dias mais tristes,
capaz de me acalmar em noites mais tensas,
e de me deixar extremamente feliz, por simplesmente,
tê-la encontrado.

Friday, December 09, 2011

Comunicado aos leitores

Amigos, venho por meio deste post conversar com vocês, quem quer que seja, quem quer que esteja lendo isto aqui. Acontece, que eu tenho um sonho que há muito já faz parte de mim: publicar meu livro de poesia. É verdade, eu tentei publicar uma vez, em forma de ebook, mas a ideia não vingou, e justamente por isso, é que estou dizendo sobre o meu livro.

A única coisa que posso adiantar, é que ele vai ser todo composto por poesias de minha autoria, e deverá constar umas 100 poesias, mais ou menos, com a disposição de uma poesia por página mais ou menos. O custo dele, dependerá da editora que estarei utilizando, bem como todo o processo de criação dele, eu entrarei apenas com as minhas poesias., é claro.

Entretanto, o valor para eu conseguir publicar este livro, em papel impresso, sairá um tanto quanto caro, e eu precisaria gastar R$2556,00, referentes a todo o gasto e contrato com a editora. Deste montante, eu iria receber 50 livros e faria sorteio para o pessoal. Mas esse dinheiro é, para mim, algo difícil de eu conseguir e pagar, visto que estou desempregado e terminando o curso na faculdade (se Deus quiser)...

E por isso estou por meio deste pedir a ajuda de vocês, meus amigos. Através do site comecaki.com.br, é que eu estou pensando em criar um projeto de financiamento coletivo, em que quem quiser ajudar poderá fazê-lo, este site é um sistema de vaquinha digital, que junta o pessoal que gostaria de ajudar, e através dele colabora com a quantia que desejar. A ideia ainda está em desenvolvimento, por isso ainda não sei muito sobre ela e não posso postá-la por agora.

Este post é apenas para eu ter em mente a quantidade de pessoa que iria ajudar, eu peço a quem puder ajudar, que leia esse post até o final, e que assim que puder, escreva um comentário dizendo se pode ou não pode ajudar, e por favor, dizer o porquê de querer investir ou não em minhas poesias e em meu sonho.

É com grande carinho que venho pedir, humildemente, essa pequena colaboração e ajuda.
Quem aqui está disposto a me ajudar?

Escreva no comentário, por favor, dizendo se sim, se não.

E obrigado, de coração.
Um grande abraço a todos!

Nayguel Cappellari.

Wednesday, December 07, 2011

Etapas

Etapas
(Nayguel Cappellari)

I

E a dor dentro do meu peito,
sugando-me toda a força e
a compaixão plena...

Trazendo-me raiva e desgosto,
fazendo-me pensar coisas horríveis
e trazendo meu pior eu à tona.

Dentro de mim mil pedaços,
fragmentos de desordem e caos,
capazes de me entristecer e enraivecer mais ainda.

E nada que eu faça ou diga irá mudar isso,
a raiva toma conta de mim e
destrói completamente a minha mente...

II

E mesmo que eu possa ser forte,
o meu coração está completamente despedaçado.
Pedaços que jamais serão vistos por ninguém.

E ninguém irá saber que me sinto desse jeito,
porque por fora meu sorriso continua contagiante e pleno...
Mesmo que seja mentira, mesmo que seja mentira.

E meu coração fechado,
traduz completamente tudo que sinto,
a raiva, a tristeza e o ódio.

E mais nada, e ninguém irá saber.
Que meu coração está despedaçado
e de luto.

III

De luto por que neste momento estou sumindo,
desaparecendo na eternidade...
e eternizando meu ego.

Pois neste momento estou saindo...
saindo de mim, saindo de tudo, saindo de minha vida.
Para nunca mais voltar.

E neste momento,
estou deixando para trás,
tudo que alguma vez me machucou...

Tudo que alguma vez me causou dor,
causou raiva, causou tristeza...
Tudo, exatamente tudo.

E neste momento estou desaparecendo...
e me tornando apenas mais um.
E o de outrora jamais voltará.

IV

Estou indo, meus amigos...
e neste momento só tenho uma coisa a dizer:
- Adeus e muitíssimo obrigado.

Se hoje estou assim, é por grande parte
de quem lê isso,
e por grande parte de quem nunca jamais irá ler.

Se hoje estou assim...
é porque nunca se importaram com nada.
Afinal, quem sou eu, não é mesmo?

V

Adeus, meus amigos...
saibam que a vida trouxe tudo.
Mas ela leva também.

E para sempre...
e para sempre.
Estarei por aí.

Friday, December 02, 2011

O amor...

Uma palavra de quatro letras, definida por um sentimento exacerbado entre duas pessoas, capazes de unir dois corpos em um só; unindo alma, mente e corpo. Tornando seres que antes eram sós, em seres juntos e eternos. Isso é o amor: um sentimento belo e fantástico, que anda já há tempos sendo esquecido.

Sunday, November 27, 2011

Apenas mais um desabafo

Eu sei que não deveria estar fazendo isso, mas algumas coisas insistem em me atrapalharem, é sério. Vivo pensando nas coisas, nas pessoas, e no passado. Em algumas pessoas que existiram em minha vida e por alguns motivos quaisquer que sejam, decidiram sair da minha vida e trilharam outro caminho. Algumas pessoas que fazem falta demais, outras que apenas me lembro do rosto, outras apenas do nome, e por aí vai, embalando minha mente, e me fazendo pensar e pensar e pensar...

E o problema, é que penso sem chegar a lugar algum.
Não consigo achar um jeito de encontrar quem eu realmente quero, ou fazer o passado voltar e trazer de volta alguém que realmente tenha sido importante para mim. E tudo insiste em acontecer, o mundo girando, e as perguntas aparecendo. Sinto-me sozinho, em um presente estranho que eu jamais ousara ter sonhado, e não, isso não é tão ruim, é óbvio que eu poderia estar pior, e ter mil motivos para chorar, mas não, minha vida é uma maravilha...

Mas sinto falta de algumas coisas, afinal...
alguns fantasmas ainda me perseguem,
e creio que irão me perseguir até os fins dos meus dias.
Infelizmente.

Tuesday, November 15, 2011

Imensidade

Imensidade
(Nayguel Cappellari)

E é chegado o momento em que o coração pára de bater.
E ele não vai parar porque eu estou morrendo.
Ele vai parar porque o meu poeta interior já não aguenta...
tanta dor, tristeza, e dessincronia.

O mundo está de pernas para o ar...
Os dias não são mais os mesmos,
e nem mesmo quem prometeu estar aqui,
faz parte dos dias restantes de minha vida.

E o sonho distante se fora com o vento,
e aquele temporal levou tudo para longe...
deixando nem mesmo mais a esperança
em minha porta.

Mas mesmo assim, estou seguindo minha vida...
Largando os medos e os meus planos.
Vou deixar para trás o meu coração
e fazer o vento levá-lo para longe.

Pensare

Pensare
(Nayguel Cappellari)

Não é que falte amor, não é que falte vontade, não é que falte nada desse tipo de coisa.
O que acontece, é que temos tudo em excesso.
Excesso de vaidade, excesso de amor, seja próprio ou não, seja por dinheiro ou não, seja por qualquer coisa que for, mas o excesso sempre estará ali.

Não há hoje em dia, lugar onde possamos ser felizes completamente, pois sempre estaremos preocupados com alguma coisa. E não adianta, ninguém consegue ser hipócrita e fingir que tá tudo certo, que tá tudo bem, quando na verdade, o vento sopra lá fora e a tempestade cai de maneira funesta. E o que era para ser apaziguado, torna-se mais intenso, mais triste, mais deprimente.

O excesso toma conta de tudo e de todos, e neste momento...
eu estou pecando em excesso, com quem quiser ler,
pois estou entrando numa ideia inexata onde nada mais importa...
A não ser difamar, sem conseguir arranjar um jeito para mudar.

Um mundo caótico e completamente deprimente.
E não importa, por mais que tudo continue a acontecer, e o mundo continue a crescer...
os excessos irão estar aqui, e iremos pecar cada vez mais, cada vez em mais excesso...
até que não haverá mais excesso para tanta exacerbação dos fatos...

E o mundo cairá.
E nós iremos juntos.

Thursday, November 10, 2011

Espanto

Espanto
(Nayguel Cappellari)

Pior do que ter de seguir meus dias sem te ver,
é ter de seguir alguns dias te vendo,
mas sem poder fazer nada para tê-la comigo.

Pior do que ter de aturar determinados dias errantes,
é ter de passar por eles, e passar também por aquelas vezes em que tu apareces
e me fazes esquecer o porquê de eu ter decidido me distanciar de ti...

E lá tu voltas, e cá tu estás.
Dentro de mim, dentro do meu coração...
me fazendo parecer um completo idiota. De novo.

E sendo esse idiota completo,
eu volto a ser alguém sem sentido algum,
que sente muitíssimo por não conseguir sequer ouvir o som da tua voz.

Monday, November 07, 2011

Eu sei que eu devo ser o pior ser humano da face da Terra, sei que devo ser o cara mais sem coração do mundo, ou qualquer outra coisa de ruim que tu queiras me dizer. Qualquer outro nome que tu queiras me chamar...

Já faz um bom tempo que não nos falamos, e faz esse tempo que tu decidiste sumir de vez e pediste para eu não falar mais, nem tentar mandar e-mail nem nada... e eu estava querendo cumprir isso, mas não posso.

Meu coração não consegue deixar pra lá tanta coisa que vivemos, sem ao mesmo tempo terms vivido. Meu coração não consegue deixar para trás, todos aqueles sorrisos bobos que eu dava contigo, todas aquelas conversas jogadas foras, todas aquelas coisas lindas... TUDO! Meu coração não consegue jogar fora...

é algo triste, de certa forma... porque tu conseguiste seguir em frente, e eu, pra variar, sempre correndo atrás... atrás de uma pessoa que está longe de mim, e que não quer saber se estou vivo... ou se estou bem.

É algo triste, pensar que tanta coisa tem de ser escondida, tanta coisa tem de ser jogada pro alto, e a vida tem de se seguir, contigo indo pra um lado, e eu indo para outro. é tão triste...

é tao triste que eu sonho contigo, qu enao fico uma seana sequer sem ter a ti em minhas noites, em minhas noites dormidas... em sonhos bons, em sonhos ruins...
em coisas estranhas, em pressentimentos, em coisas assim.

É tão triste pensar...
que de nós dois..
tudo que sobrou foi

tu e eu.

Tu em um caminho tão distante de mim... e eu vivendo em um mundo repleto de sonhos e tristezas...
por não te ter de novo.


Eu sinto muitíssima a tua falta.

-
And the world stops.
And my faith doesn't exist anymore.
and everything isn't true
but my lonely heart
asking you to come back.

Friday, November 04, 2011

Sadness

Sadness
(Nayguel Cappellari)

É tão triste,
tantas pessoas indo sem se despedir,
desviando de caminhos, e indo em completos desencontros.
É tão triste...
ver pessoas que não merecem, perecer de algum mal.
Crianças sofrendo, crianças chorando, crianças...
crianças...

Crianças tristes em um mundo doente,
em um mundo onde nada mais é aproveitado,
onde sentimentos bons estão em escassez,
onde as coisas estão em profunda dessincronia.

Um mundo doente, podre,
completamente imundo!
Que nos obriga a viver cada dia sem que nos importamos com os outros...
e os outros estão caindo, CAINDO!

Um mundo triste, onde pessoas estão se indo...
onde caminhos estão se perdendo,
onde a tristeza e a melancolia tomam conta...
de um mundo repleto de nenhuma vontade de girar!

Friday, October 28, 2011

Como seguir?

Como seguir?
(Nayguel Cappellari)

Como fingir para si mesmo que as coisas estão bem?
Como fingir para si mesmo e dizer que tudo vai melhorar?
Como lutar contra todo esse sentimento absurdo
e completamente involuntário?

Como fingir para si mesmo que amanhã o dia será melhor?
Que a alegria irá aparecer, aconchegando-te os dias...
acalmando-te intensamente,
e te acalentando o teu medo?

Como dizer para si mesmo, ó poeta,
que as coisas ainda vão melhorar?
Como colocar na tua face aquele sorriso bobo...
que faz de ti uma pessoa tão especial?

Como dizer para ti, meu caro...
que tu irá sofrer ainda muito mais,
mesmo que tudo possa ainda se resolver?
Como dizer?

Como fingir que tu irás ficar bem
com essa angústia, essa dor,
esse medo, essa completa imensidão
dentro de ti?

Tuesday, October 25, 2011

Um desabafo

Um desabafo
(Nayguel Cappellari)

E eu não posso correr atrás, não é?
Prometi que não ia ligar?
Prometi que não ia te mandar e-mail
e que te deixaria partir...

Como se fosse aquilo tudo que eu realmente precisasse...
Ou tu mesma, não é?
Bom, eu peço desculpas, mais uma vez, por não saber como fazer.
- Mas eu simplesmente não consigo mais aguentar nunca mais te ver.

Não adianta, volta e meia penso como tu estás.
Penso se estás feliz ou triste.
Se estás sorrindo ou não...
Se tem alguém que segure tuas lágrimas, tua euforia, tua tristeza...

Não adianta, não é?
Por mais que eu escreva aqui
tu jamais vai ler...
tudo que eu posso fazer é continuar sentindo.

Esse desprezo, essa dor, essa angústia.
Esse medo, essa raiva, essa vontade incontestável de ir até aí...
fazer com que nós dois caiamos na real...
e voltemos a ser o que éramos antes.

Final

Final
(Nayguel Cappellari)

E dentro de mim uma vontade imensa de gritar.
Um buraco em minha mente,
destruindo-me os sentidos, a vontade, os desejos.
Denstruindo-me por completo!

O que eu tenho de fazer?
Lutar mais, desistir mais, me entregar menos?
São tantas as perguntas, tantas as angústias...
E a vida maestria minha alma...

E tudo dentro de mim se torna em veneno, em raiva!
E nem mesmo consigo sequer dormir.
Tudo se dissipando, sem conseguir sequer
tranqulizar-me completamente.

Não consigo sobreviver neste mundo doentio, insano.
Onde tenho sido arrancado de dentro de mim mesmo,
onde tenho sido arrancado do meu coração.
Do meu coração.

E o meu coração, entregue completamente...
à deriva do nada.
Já não sabe mesmo se continua a bater...
Ou desiste, entregando-se ao destino exato do ir ao outro mundo.

Sendo ou não um completo inútil.
E assim sendo, com dúvidas, com medos,
com angústias e, principalmente,
com raiva.

Sem qualquer coragem, sem qualquer caráter...
meu coração cai, completamente angustiado,
minha vida cai,
meu medo, não almejo,
não tenho mais alma...
Não tenho mais nada.

E dentro de mim tudo torna-se nada,
como um grito impedioso,
quando se fosse matar um inimigo
na luta.

E dentro de mim a violência toma conta...
Meus dedos se fecham e a minha vida se torna em nada.

E do nada...
Que o mundo todo me transformou.

Friday, October 14, 2011

Sem Palavras

Sem palavras
(Nayguel Cappellari)

E lá se foi o passado,
onde aquelas coisas boas aconteciam.
Onde aquela pessoa especial está...
completamente enterrada.
- Ou talvez nem tanto.

Aqueles sonhos inexatos,
os suspiros incontroláveis da ilusão
e dentro do corpo
aquela vontade incontrolável
- de ser mais nada simplesmente.

Wednesday, October 12, 2011

Aos dias que se passam

Aos dias que se passam
(Nayguel Cappellari)

Já faz tanto tempo,
mas aqui dentro...
as coisas ainda são
inteiramente dolorosas.

Aqueles que trilham outros caminhos,
aqueles que nunca mais verei,
aqueles que desistiram de mim...
e aqueles os quais eu desisti deles.

Já faz tanto tempo e eu não consigo lembrar,
Tantos rostos sem nome que já passaram por aqui,
tantos nomes sem rostos que também estão
entalados na minha mente...

Aqueles que só de lembrar o nome,
faz meu coração disparar - de alegria ou não.
Aqueles que só de lembrar o rosto,
fazem-me chorar - lágrimas tristes, ou não.

Já faz tanto tempo que tudo acontece,
e mesmo que o futuro seja inexato...
dentro de mim tudo ainda dói intensamente,
porque são tantos os rostos e os nomes...

São tantos os rostos e os nomes...
que meu coração insiste em lembrar
mesmo que a minha mente já tenha decidido...
o passado enterrar.

Saturday, October 08, 2011

Silêncio

Silêncio
(Nayguel Cappellari)


Sem entender os eventos que passaram e
também os que se seguem...

Minha vida indo em direção a alguma coisa sem sentido,
sem eu conseguir arranjar uma explicação
coerente para tamanha falta de vontade.

Vontade de entender, de acreditar, de seguir...
de continuar.

E tudo que acontece, gerando coisas esquisitas
e deveras triste...


E o meu coração permanece em
silêncio.

Friday, September 16, 2011

Manifestação

Manifestação
(Nayguel Cappellari)

Ei, coração, lembra daquele sonho que tu tinhas?
Pois bem, podes esquecê-lo...
Ela não está mais ao teu lado...
e não irá mais envolvê-lo em mil carícias e abraços...

Ei, coração, te lembras daquele desejo incontrolável que tinhas?
Pois podes esquecê-lo também, meu caro...
Aquela pessoa jamais estará em tua frente novamente,
e tu não poderás envolvê-la em mil carícias e abraços...

E então, coração, tu te lembras daquele amigo que esteve ao teu lado?
Pois é, nem ele tu tens mais... e tu mesmo sabes a resposta.
O tempo passou, levou muita coisa embora, teus sonhos, teus desejos...
e muitas das tuas amizades!

E agora, coração, tu sabes o que tens de fazer, não sabes?
Tens de tentar lutar para sobreviver.
Tentar encontrar em ti mesmo os sonhos, os amigos...
ou até mesmos os desejos de outrora...

Mas não penses que será fácil,
Pois muitas coisas ainda acontecerão, meu caro...
e tu não podes esquecer que tu és apenas uma coisa entre todas as outras no mundo:
- és o coração de um nobre e sincero poeta!

Thursday, September 15, 2011

À doença

À doença
(Nayguel Cappellari)

Despeço-me de todos que leram estes pequenos capítulos...
já não sei se estou vivo, ou se apenas vivo.
Estou lançando-me ao mar de estranhas situações...
e meu coração está a ponto de explodir...
- literalmente.

Estou doente... muito doente.
Doente por causa de algumas coisas...
de alguns problemas que deveriam ser efêmeros.
Doente deste mundo...
doente destas pessoas.

Estou começando a acreditar que eu sou único,
estranho do meu jeito. Sonhador e inquieto...
capaz de encontrar nos outros,
a fortaleza da confiança que muita gente hoje em dia...
já não vê.

E por mais que eu seja único, não tenho mais lugar aqui.
Sou um ser humano escasso, um poeta em extinção...
um louco que brinca com as palavras...
e sente as dores cravadas em seu peito.

E o sonho de outrora...
já não reluz mais daquele jeito...
ele simplesmente fulgura há alguns passos
de uma certeza não tão certa assim:
- Eu estou doente de mim mesmo.

Friday, September 09, 2011

Da angústia II

Da angústia II
(Nayguel Cappellari)

A dor no peito junto ao coração,
machucado, ferido, angustiado.
Cheio de feridas e cicatrizes...
estas coisas que nunca são curadas.

A alma fechada, a tristeza infundada...
e as coisas acontecendo de uma forma intensa.
Com dores na alma, no âmago e também no coração.

E os pensamentos de que tudo podia ser diferente...
de que a chance poderia acontecer.
O coração que se entristece...
e a alma que se curva.

Se curva ao medo, à angústia e a imensidão.
A imensidão do nada...
da inexistência.
E a imensidão de ser completamente desnecessário.

Tuesday, September 06, 2011

Amaldiçoado.

Amaldiçoado
(Nayguel Cappellari)

E por que isso acontece deste jeito? O que eu fiz para os dias terminarem dessa forma tão absurda? Por que o meu coração tem pedido ajuda? Por que os meus sonhos estão distantes e minha voz sequer tem vontade de gritar?

Por que, ó meu Deus, eu não consigo sequer sorrir? O que será que está acontecendo dentro de mim? Estes sentimentos todos, essa angústia, essa dor, esse medo... e a vontade incansável de me entregar, de desistir, de deixar de lado. Pois tudo acontece, tudo machuca...

E o que eu fiz para merecer isto? Eu devo ter sido uma pessoa muito ruim numa outra vida. Devo mesmo. O que eu fiz, meu Deus, me diga, o que eu fiz de errado para que meu coração esteja deste jeito? E por que os meus dias têm de terminar assim?

Tudo que eu fiz foi acreditar...
acreditar que o mundo podia ser mais bonito, mais doce, sem coisas ruins...
Por que, meu Deus, eu tenho de terminar meus dias desta forma?



Por que eu tenho de acreditar nas pessoas?

Monday, September 05, 2011

Ao nada

Ao nada
(Nayguel Cappellari)

I

E este coração apertado, com todos os sentimentos dentro dele.
Tudo estranho, e intenso. E de vontades completas de amarras.
Um mundo completo de devastação e angústia...
e dentro de mim o furacão toma conta do meu corpo.

E o vento incessante acaba com minha mente,
deixando para o nada a imensidão da minha inexistência,
o âmago maltratado por completo...
e dentro dele, uma desordem em sucesso.

Os sentimentos tomam conta...
as amarras são soltas, e tudo é completo de nada.
e no peito o coração pára de bater...
e explode com tamanha culpa.

II

A raiva toma conta do meu corpo...
os meus olhos começam a lacrimejar.
Meus ombros sentem o peso da desordem...
e eu me caio em completa contradição.

Dentro de mim, os pensamentos começam a voar.
A raiva é incontrolável, cada vez maior...
E o sangue ferve cada vez mais forte...
liberando as amarras de outrora.

E aquele coração explodido,
intenso e inevitavelmente tolo,
acaba por tornar-se um nada...
repleto de mágoas e angústias...

E dentro dele, a raiva assola o meu ser...
tornando-me mais absurdamente tudo,
e ao mesmo tempo nada.
O tudo e o nada que eu sempre detestei.

Thursday, September 01, 2011

Ao meu amigo: coração

Ao meu amigo: coração
(Nayguel Cappellari)

Ó, coração...
eu prometo não acreditar mais quando disserem que eu sou uma pessoa boa.
Eu prometo, meu amigo, não acreditar nessas falsas mentiras,
que dizem que sou bom, que sou amigo, que sou companheiro.
Eu prometo não acreditar, também, meu caro, nas pessoas...
prometo não acreditar que elas gostam de mim, quando são palavras da boca pra fora.
Prometo não acreditar que todas elas queriam estar ao meu lado,
quando na verdade, não passa de uma ilusão criada pelo meu cérebro pra brincar contigo, coração.

Ó, coração, eu prometo não acreditar mais em nada...
Em não querer mais nada a não ser sorrir,
eu prometo não confiar em mais nada...
e em mais ninguém.


Afinal, as pessoas nos machucam, o cérebro nos ilude,
a raiva nos angustia, o sonho se dissipa...
e a vontade, meu amigo, é de simplesmente...
desaparecer como se fôssemos nada
e se pudéssemos desvanecer
por completo.
Num mundo louco como este, onde nada mais é respeitado, eu estou completamente excluído desta sociedade de merda. Inusitado, sinto falta de muitas coisas do meu passado. Sinto falta de poder sorrir sem que me julguem idiota, sinto falta de poder fazer brincadeiras sem que me julguem infantil demais. Sinto falta de tantas coisas que não caberia neste pequeno espaço para escrever. Num mundo louco como estou, onde nada mais é respeitado, eu estou completamente excluído desta sociedade de merda. Desta merda de sociedade, e deste mundo irrevogável.

Sinto falta do que eu já fui...
e tudo me machuca.


E pra completar, os seres humanos me irritam.

O Poeta

O Poeta
(Nayguel Cappellari)

E muito embora ninguém acredite,
o coração ainda continua a bater,
inusitado, e um tanto quanto incoerente...
Mas ainda bate incandescente...

De uma maneira tão bonita,
de um jeito tão doce e sincero,
o coração bate,
alegrando a alma mais que sofrida do poeta.

E esta alma forte, firme e densa,
em contraste com tamanha falta de coragem,
em contraste com o medo da felicidade...
fazem do poeta, a personalidade mais interessante.

De um jeito louco, tão lúcido e ao mesmo tempo sonhador,
ele se torna coração, sentimento e amor,
E nos sonhos embriagados de puro sentimento...
o poeta canta seus todos desapegos.

Desapegos estes que não o deixam dormir à noite.
Desapegos que não o fazem feliz...
Desapegos tão fortes quanto a sua alma que é densa...
Desapegos que não são tão desapegados deste jeito.

E o poeta, que tem um jeito tão doce,
tão lindo e tão inquieto...
Simplesmente vai dormir à noite,
pensando nos sentimentos que badalam o seu pobre coração.

Tuesday, August 30, 2011

Mais confissões

Mais confissões
(Nayguel Cappellari)

E por mais que eu diga que está tudo bem, ainda há aquelas coisas que me entristecem, me deixando para baixo e destruindo a minha felicidade.

E por mais que eu diga que está tudo bem, ainda vai ter aquele momento em que vou me fechar, vou ficar completamente triste, e as lágrimas podem inclusive cair...

E por mais que eu diga que está tudo bem, meu amigo, eu peço que tu não acredites fielmente no que te digo, pois dentro de mim, minha alma pode estar chorando. Chorando por mim, chorando por ti, chorando por tudo. E tudo pode ser motivo para entristecer-me, para me deixar realmente muito mal...

E não importa, por mais que eu diga que estou triste, ou com raiva, com que eu tenha esquecido e eliminado tudo de ruim da minha vida... ainda vão ter momentos felizes, e eu continuarei com este sorriso bobo ao meu rosto.

E mesmo que tudo pareça estar triste, e em um mar de desapegos, de tristezas e choros inacabados. Dentro de mim estará tudo tão limpo e ao mesmo tempo tão misturado, que fará de mim um complexo louco de sentimentos, capaz de explodir a qualquer momento...

E dentro de mim, tudo poderá ficar calmo, pois tenho a ti ao meu lado, meu querido amigo, e tu estarás comigo para sempre...

Sempre dentro do meu coração.

Monday, August 29, 2011

Confissões de um louco

Confissões de um louco
(Nayguel Cappellari)

Ei, meu caro, vou te contar um segredo...
É um segredo importante, que pode acabar comigo,
espero que sejas meu amigo e não contes a ninguém.
- Pois é, meu querido, eu matei uma pessoa.

Era uma pessoa muito legal,
ela ria, ela chorava, e ela me ajudava...
Muitas vezes, ela me fez sorrir
e outras ela me fez querer sumir.

É uma que foi importante pra mim,
uma pessoa a quem dominei anjo,
a quem eu queria ter todos os dias
Todos os dias ao meu lado...

Mas eu a matei,
eu a matei porque ela não me deixa mais feliz,
eu a matei porque ela decidiu afastar-se completamente de mim...
Eu a matei simplesmente por não conseguir mais esperá-la.

E mesmo que o meu coração agora esteja arrependido,
eu não posso voltar atrás, meu caro,
pois essa pessoa está morta...
dentro de mim!

Saturday, August 27, 2011

Raiva com (muito) sentido

E não adianta, por mais que eu te veja por aqui, vou simplesmente ficar sem falar nada, tu irás nem perceber que eu estou ali, e não puxarás conversa. Se por acaso eu o fizer, a conversa morrerá depois do "tudo bem", e tu não te interessarás em saber se eu realmente estou ou não bem. E não adianta, por mais que eu diga que não, eu fico sem pensar em outra coisa, e até fico sem dormir algumas vezes, de tanto que só penso nisso, só penso em ti.... que te foste.

Foste, de uma tal maneira impiedosa, arrancando parte de mim e me obrigando a viver meus dias sem te ter ao meu lado, sem te ter comigo. Sem eu poder conversar, sem eu poder nada...
E dessa maneira estúpida, a raiva toma conta de mim, porque por eu ter lapidado demais, eu deixei escapar o diamante de minhas mãos. Por eu ter cuidado demais, eu não cuidei do que era importante pra mim, não cuidei de mim... e agora fico nesse maldito estado indesejável.

Torno-me apenas um com as coisas inteiras que me fazem ser o que sou agora, e dentro de mim, a raiva transborda minha personalidade. Meus olhos sentem dor e desejo de vingança, mas meu coração, mole que só ele, não consegue sequer dizer que está tudo errado. E os olhos que sofrem, eles que pagam as contas deste ser incapaz de machucar alguém que sou, e os olhos choram!

Chorando a angústia de ter de viver sem mais nada, apenas em um piloto automático de ideias, onde fui obrigado a não ter mais sequer pensamentos contigo. Por que te limitaste a não ter conversas comigo, e nem a existir mais para mim...

E dentro de mim, a angústia toma conta do meu corpo, me fazendo perguntar o porquê de tudo isso, e eu fico imaginando... será que seria diferente se eu tivesse cuidado de mim, em vez de ti? Seria diferente, se eu tivesse lapidado a mim, em vez de ti?

Seria eu quem estaria sofrendo por não te ter?
Ou será que tu sentirias a falta da minha presença, sua maldita egoísta?

Saturday, August 20, 2011

21/08 - 22 anos sem Raul


Sei que tu nasceste ao final,
quando as cortinas já tinham caído.
Sei que foste o Carpinteiro do Universo,
e a Mosca na Sopa...

Sei que tu já fizeste muita gente pensar...
E eu também não vou reclamar,
pois me abriste os olhos e
contigo aprendi As Coisas do Coração.

Foste meu mestre, meu amigo,
me ensinaste a Cantar...
Alegraste minha vida,
sendo esse eterno Maluco Beleza.

Foste mais do que um amigo,
és parte de mim...
e nunca sairás de moda, Raul,
mesmo que tenhas nascido Há Dez Mil Anos Atrás.





Um simples poema, nada comparado ao que Raul merece de verdade, hoje o mundo completa 22 anos de ausência do eterno Maluco Beleza, do nosso Carpinteiro do Universo, do homem que transou com Deus e com o Lobisomem... Um Messias Indeciso, capaz de entrar em Guerra com Zé U...
O cara que fundou a Sociedade Alternativa, que fez Ouro de Tolo e lutou contra o Monstro Sist e a Senhora Dona Persona, um homem capaz de estar em todos os lugares, em manter viva sua música, sua cultura... seus ensinamentos.

Um homem. Apenas um homem.

Um mago!

E tu, Raul, fazes falta, fazes MUITA falta neste mundo perdido...

essas são meras palavras de um fã.

Ad tor

At tor.
(Nayguel Cappellari)

E estes pensamentos que não saem de minha mente,
o passado, que outrora era lindo, repleto de felicidade...
Deixou apenas o presente,
este composto por apenas dores e apertos...
apertos fortes no coração.

E os pensamentos que não saem de minha mente,
para onde devo levá-los?
Para onde devo encaminhá-los?
Sinto meu corpo fraco e angustiado,
e não consigo sequer pensar em um dia claro de sol...

E este dia nublado, ofuscando minha mente,
sem deixar com que eu siga em frente,
atrapalha minha vida, quebrando o silêncio,
silêncio doce e puro, do meu coração despedaçado...
pela simples falta de um futuro decente.

Thursday, August 18, 2011

Bom, hoje escreverei um post um pouco diferente do que estou acostumado, vai ser um desabafo, mas um desabafo pleno, para mim, de mim mesmo... e um pouco de compartilhamento. Raul Seixas já diria em sua música As Profecias:
"Tem dias que a gente se sente,
um pouco talvez menos gente...
Um dia daqueles sem graça,
de chuva cair na vidraça."

E é mais ou menos assim que as coisas acontecem, que as coisas funcionam. Em um dia, sorrio plenamente, hoje, só tenho vontade de explodir... e estou realmente cansado. Cansado de discussões sem sentido, de pessoas que preferem seguir a vida de um jeito, e não de outro. Estou cansado daqueles que preferem apagar uma história, que preferem deixar de lado as coisas. Estou cansado, de receber de forma abrupta, alguma "patada" disforme. De receber o tapa e ter de ficar quieto, recebendo a outra face... mas a partir de agora, não será assim.

Meus pensamentos não conseguem me guiar para um rumo tranquilo e sereno, e tenho pensado aqui em muitas pessoas que se foram... e em outras que querem ir. Penso, ainda, em coisas absurdas, como por exemplo nos fantasmas que ainda me assustam. Fantasmas do passado, fantasmas do presente, e os do futuro. Penso com calma e sem ela, penso em tudo, penso em mim... penso em ti.

Penso, penso e penso... e não chego a lugar algum.
E não adianta, pois tudo que eu faço, tudo que eu tento...
é apenas mais uma tentativa exausta de simplesmente sobreviver.
E apesar de ter resultados...
Vivo me equilibrando entre o esta bem e o estar mal, o sorriso é verdadeiro, mas já está desgastado; os sonhos já não estão tão presentes, e o futuro já não é planejado... e eu estou apenas um pouco cansado.

Tudo que quero fazer é fechar os olhos, e esperar calmamente o novo dia,
pois ele é melhor, ele me acalma...
e tudo que posso fazer é esperar...
pois se depender do agora, eu juro para ti, meu amigo...
não existirá felicidade alguma que me faça deixar de pensar no que estou pensando.



- E isso me assusta demasiadamente.

Sem mais.

Friday, August 12, 2011

Doces lamentos parte três

Quem realmente és tu,
e o que tu queres dentro de mim?

Quem és tu, que fascinas minha mente,
iluminas meu coração,
e machucas minha alma?

Quem és tu,
que destrói os meus sonhos,
Destoa a minha mente,
E machucas minha essência?

Quem és tu, ó criatura,
que consegue me fazer lamentar,
em tais linhas indecisas...
tudo isso de ruim que em mim
simplesmente acontece?

Quem és tu, senão meu medo de ser feliz,
minha voz que não sai, meu medo de lutar?
Meus sonhos dissipados e minha mente dividida?
Quem és tu, ó criatura?

Quem és, senão algo dentro de mim,
que me faz lamentar no meio dessas palavras sem sentido,
os meus tão doces sentimentos?

Quem realmente és tu,
senão aquilo que eu criei dentro de mim?

Quem és senão eu mesmo, coração?

Doces lamentos parte dois

As pessoas realmente me assustam, muito. Não sei se é algum problema meu de aceitar essa capacidade que a grande maioria tem, de simplesmente esquecer. Esquecer um dia, esquecer uma data , esquecer um momento, esquecer uma vida. É realmente absurdo o quanto essas pessoas conseguem deixar para lá as coisas, como se tivesse passado e não tivesse acontecido nada de bom nesse tempo que se foi.

Como é fácil olhar pra trás e esquecer aqueles momentos bonitos, as risadas, as conversas, as vezes que eu tive lá para te alegrar... como é fácil esquecer os momentos tristes em que te fiz chorar, e depois te fiz sorrir de felicidade... te fazendo perceber o quanto tu eras mais do que uma simples criança abandonada.

Como é triste ver que tudo aquilo que se passou, as conversas, as risadas, e até mesmo as brigas, tenham sido simplesmente nada. Que não tenham significado nada, e que hoje sequer fazem o menor sentido...

E é tudo a mesma coisa, em meu coração, aquela vontade de te ver sorrir.
E agora, como fazer isso se simplesmente tu te foste?

Doces lamentos

Algumas vezes a raiva toma conta de mim...
não é raiva de alguma coisa ou de alguém em si,
e sim raiva de mim e de meus pensamentos.

Tenho parado pra analisar todas as coisas que me rodeiam.
Todas as pessoas que se foram e as que querem ficar, tomar espaço,
Eu fico tonto com tamanha disparidade de realidades,
fico tonto sem saber o porquê de, mesmo as pessoas a minha volta,
apedrejando-me com toda a força que têm direito,
eu insisto em manter um sorriso ao rosto e oferecer todo o meu corpo para
ser machucado.

Eu estou repleto de coisas ruins, pessoas em minha volta, coisas extremas e inquietantes.
E isso tudo me dá raiva, mas eu não consigo mudar.
Não consigo sequer deixar de ser quem eu sou, e não consigo deixar de querer ver a pessoa sorrir,
mesmo que tenha sido ela que tenha me lançado todas as pedras.

E meu coração sangra, e meu coração chora e meu coração lamenta...
Lamenta por eu não ser mais rude, não ser mais duro. Duro com as pessoas, não comigo mesmo.
Estou cansado de sofrer por coisas absurdas que não fazem sequer sentido,
estou cansado...
simplesmente farto.

E o pior? É que amanhã eu acordo,
e tudo continua a ser exatamente a mesma coisa.
Um boneco nas mãos das pessoas,
um boneco sem maldade, sem tornar-se triste...
apenas sentindo raiva de si mesmo por não saber controlar seus impulsos e suas ambições. Um boneco que não tem medo de nada...

a não ser de si mesmo.

Monday, August 08, 2011

A falta

Enquanto o tempo passa, meu caminho começa a se tornar mais sombrio e mais penoso. Cada dia que passa, é algo mais trabalhoso e ruim, algumas pessoas somem de forma abrupta, sem deixar nem um recado de adeus. É um dicionário inteiro de letras que se foram. Nomes desde A, até Z. De pessoas que começam com a letra C até as que começam com a letra T, é um mundo inteiro, que já não faz parte de mim. E dentre elas, algumas que ainda fazem falta, que não deixo de lembrar sequer um dia, que me faziam sorrir, que me faziam ficar feliz. Pessoas que simplesmente desapareceram.

Pessoas... pessoas estas que já não fazem mais parte da minha vida, mas que ainda fazem parte de mim, pessoas que eu não sei se ainda verei, e que eu não faço ideia se estão ou não vivas. Tudo que eu gostaria de saber, era de saber se ainda existem, como estão, se estão precisando de ajuda ou se ainda precisam de mim.
Tudo que eu gostaria de saber, é se estão sorrindo, se estão felizes, ou se assim como eu, elas lembram daqueles tempos do passado, em que enquanto estivessem triste, eu as alegrava. Ou enquanto estivessem com raiva, eu as fizesse sorrir, para aliviar. Ou ainda, os momentos tristes de brigas e discussões, discussões tolas por parte de cada um. Ou dos dois... ou de nenhum dos dois.

Pessoas que se foram na imensidão do tempo, e que ainda são mantidas vivas dentro de mim, dentro do meu coração. Pessoas que estão cercadas a fazer parte do meu mundo ilusório. Parte da minha mente poeta...

Pessoas que eu sempre sentirei falta.
Pessoas que me farão ser mais eu.

Dor

Dor
(Nayguel Cappellari)

E essas coisas estranhas que têm acontecido.
Os dias sem eu te ver, sem conversar contigo,
tudo tão estranho, tudo tão esquisito.
Tudo que eu queria nesse momento era ver o teu sorriso,
e abraçar-te completamente....

Mas tem tempo que não te vejo,
tem dias que não te sequer encontro.
Onde tu foste parar, meu bem?
Meu coração está angustiado,
com muita dor...

Eu continuo sendo exatamente a mesma coisa,
que um dia tu condenaste,
que um dia tu não gostaste...
Mas mesmo assim, continuo com essas coisas estranhas...
Pois tudo que quero é compartilhar minha felicidade contigo.

Onde tu estás, minha linda?
Será que depois desse tempo todo
a gente consegue voltar no tempo
e acertar aquelas coisas que ficaram desentendidas?
E tu podes acabar me vendo de novo?

Eu não consigo deixar de me lembrar,
ainda mais quando essas coisas estranhas acontecem.
Tu estás completamente distante,
e eu estou aqui sozinho, relembrando essas coisas...
essas coisas tão estranhas.

Onde tu estás, meu amor?
Onde estás a não ser em meus pensamentos,
em minha angústia? Em minha dor?
- E tudo que eu queria era compartilhar
minha felicidade contigo.

Sunday, July 31, 2011

Algumas vezes


Algumas vezes
(Nayguel Cappellari)

Algumas vezes, tudo que precisamos é chorar.
Para aliviar as dores, as angústias e os medos.
E tudo que precisamos, em algumas vezes,
é um abraço apertado, um sorriso sincero
e um dizer amigo.

Algumas vezes, tudo que precisamos é chorar.
Para aliviar nossas dores, nossas mentes e nossos sonhos.
E tudo que precisamos, em algumas vezes,
é receber aquela companhia calorosa...

Algumas vezes, tudo que precisamos é chorar.
E ter alguém que queremos ao lado.
Tudo que precisamos é sentir, abraçar essa pessoa.
Mas aí nos damos conta de que essa pessoa não está lá...
e é aí que choramos mesmo.
De medo, de angústia,
e de dor.

Wednesday, July 27, 2011

Sem resposta

E enquanto eu luto para minha alma voltar a brilhar,
minha essência tem se perdido pouco a pouco.
O meu coração está petrificado
e já não sei como fazê-lo voltar a bater.

(Nayguel Cappellari)

Dizeres



Dizeres
(Nayguel Cappellari)

I

O que eu faço para essa angústia sair de mim?
O que eu faço para parar de doer?
O que eu faço para simplesmente seguir minha vida?
- O que eu faço para continuar a sorrir?

Quem sou eu que já não me reconheço mais?
Que já não consegue dizer tudo o que sente,
que já tem medo de piorar ainda mais a situação
- Que não sabe mais o que quer?

Como faço para deixar isso de lado?
Como faço para deixá-lo quieto e tranquilo?
Como faço para aliviar a minha dor?
- Como faço para meu coração parar de doer?

II

Em minha mente um mundo completo de pensamentos,
o passado vindo a derrubar-me ao chão.
Um monte de sentimentos e coisas por mim vividas,
- E desde sempre ela estava comigo.

O que eu faço agora que já não tenho nada?
Que meu mundo tornou-se estranho?
Sem cor, sem brilho, sem vida...
- Diante da ausência do que mais me importava?

Quem sou eu para simplesmente querer seguir,
sem sequer tentar lutar pelo o que eu sempre quis?
Quem sou eu que a deixou ir...
- Sem vê-la diante de mim mais uma vez?

III

Que mundo é este em que me encontro?
Onde nada mais faz sentido?
O que eu tenho de fazer...
- Para trazê-la de volta?

Minha vida, ó doce vida...
transformando-se em algo completamente estranho,
sem gosto, sem odor e principalmente...
- Sem emoção.

Quantas vezes terei de me ajoelhar?
Quantas vezes terei de sozinho, no escuro, chorar?
Quantas vezes terei de pedir à todas as forças do Universo...
- Para trazê-la de volta pra mim?

O que eu posso fazer agora
a não ser deitar-me à cama,
fechando os meus olhos tranquilos...
- A espera de tê-la de novo?

Saturday, July 23, 2011

Mais do que saudade

Mais do que saudade
(Nayguel Cappellari)

Às vezes eu tento lutar contra o tempo
tento deixá-lo um pouco mais lento,
para que talvez eu consiga acompanhá-lo
e quem sabe, trazer de volta
algumas pessoas que foram sumindo pelo caminho.

Talvez eu consiga, mesmo que drasticamente,
trazer quem eu realmente quero.
E talvez eu faça, da minha vida escassa...
um lugar mais belo.

Luto contra o improvável,
sonho com o impossível.
Quero tudo de volta,
de um jeito mais limpo.

Um mundo de tormentos,
de pensamentos e de frases,
e ao olhar pra fora...
Vejo o tempo se esvaindo.

Um sonho inexistente,
lágrimas que escorrem...
E lá fora...
uma alma para eu [re]encontrar.

Sunday, July 17, 2011

Íntimo

Íntimo
(Nayguel Cappellari)

Enquanto muita coisa tem mudado em minha vida,
eu sinto que algumas outras coisas ainda estão fazendo falta.
E as coisas de agora, que eu estou feliz em reaver,
já não me fazem tão bem quanto outrora.

Sinto o meu coração pesado...
meu corpo todo implora que tudo se resolva,
mas o que fazer?
Já estou fadado a nunca mais sorrir por causa disto.

Meus sonhos dissipados,
minha mente enormes fragmentos,
que me fazem cair,
e me fazem não querer mais acalentar isto que eu sinto.

Em meus pensamentos algumas coisas estão certas,
mas por mais que estejam, elas insistem em não funcionar.
O mundo continua dando suas voltas imensas
enquanto meu coração não pára para se acertar.

E nas noites mal dormidas,
não penso em nada mais a não ser em tudo que já se fora...
penso em como ter tudo de volta,
sem jamais cometer o mesmo erro de antes.

Já não sei mais o que fazer,
apenas sigo de uma forma ou outra...
às vezes é muito mais fácil deixar o coração bater,
do que realmente querer que ele o faça.

Wednesday, July 13, 2011

No mais

No mais
(Nayguel Cappellari)

E dos momentos de outrora,
apenas as lembranças permanecem.
Um mundo totalmente diferente e inóspito
é o que me espera!

Do frio gélido de outrora,
apenas os calafrios momentâneos e
o meu sonho em te ver me aquecendo
são o que permanecem.

Do meu sonho imenso e intenso,
em que eu te tinha a todo momento,
enlaçada em meus braços,
é a vontade que eu tenho...

Minha vida, meu eu, e um mundo totalmente novo,
onde tu estás totalmente distante, diferente,
e eu me sinto abandonado, estranho,
completamente obscuro.

E a vontade que eu quero,
os beijos, os abraços, os enlaces,
os momentos lindos que eu sempre quis...
Infelizmente, parece que é um sonho distante...
que jamais irei ter.

Thursday, June 30, 2011

Levemente gelado


Levemente gelado
(Nayguel Cappellari)

São dias como esses que me fazem pensar...
penso em coisas estranhamente inquietantes.
Coisas, estas, que eu nunca havia antes imaginado.
E meu coração congela juntamente ao frio...

E antes que tudo se torne gélido,
eu penso que existe o tempo das coisas boas e das coisas ruins.
Penso que existe um tempo onde eu possa voar,
e continuar sonhando além...

E a minha vida passando diante dos meus olhos,
todas as noites em que eu vou dormir.
Aliás, todas as noites que tento fugir do sono,
dormindo logo pela manhã, quando o sol já está batendo à minha cama.
Aquecendo-me o coração e dando-me forças para seguir...

E eu continuo a pensar,
continuo a sonhar...
Continuo...

E agora que eu lembro de tantas coisas,
meus olhos enchem-se de lágrimas,
o meu coração se torna mais pesado...
- E eu sinto dor em meu corpo todo. E...
e sinto a vontade louca de voar.

De continuar voando, sonhando alto,
de continuar seguindo, apesar de tudo,
apesar das coisas estarem geladas...

Apesar de as coisas estarem estranhamente geladas,
e ultimamente tão mais frias que o normal,
eu continuo a tentar esperar o dia amanhecer,
para quem sabe, eu aquecer um pouco
a minha alma novamente?

Monday, June 27, 2011

Frio



Frio
(Nayguel Cappellari)

E o frio que bate à janela do meu quarto,
assustando-me imensamente,
congelando-me as idéias e as mãos...
Quase não me faz pensar em nada.

Mas como a teimosia brava de poeta,
tenho a plena consciência de que preciso,
pensar em coisas do passado...
e na angústia do meu futuro.

Tenho dores e tenho medos,
e anseios tolos de criança boba,
que não traz mais nada em sua mente,
a não ser a mais doce fantasia...

Fantasia da felicidade plena,
de um lugar mais justo e mais bonito,
de coisas mais certas e menos tristezas.
- Um mundo mais fraterno!

Consciência, esta, que ilumina,
as idéias do pobre e triste menino-poeta,
que agarra-se às coisas da vida,
e torce para que o frio se vá.

O frio da alma,
o frio dos corações,
a frieza das pessoas!
- Que o frio se vá!

E enquanto o frio rege esta sinfonia,
transcrevo minhas vontades nesse espaço,
lembro-me do meu passado,
quando eu adorava o inverno!

Wednesday, June 22, 2011

Um enorme lamento


E enquanto a noite cai, meu coração bate cada vez mais devagar...
enquanto minha mente trabalha num fluxo extremamente grande,
tomando conta dos meus pensamentos e emoções.

Penso, penso e penso.
E não consigo achar uma saída ou uma explicação para as milhares de coisas.
E por isso deixo registrado neste pequeno espaço,
algumas perguntas frequentes em minha mente.

Não sei exatamente em que estado de espírito me encontro,
nem sei dizer se nesse momento me encontro triste ou feliz,
tudo que eu sei é que uma infinidade de questões paira sobre minha mente,
e deixo meu coração acalmar-se de uma tal maneira que outrora não faria...

Penso em pessoas que deixei pra trás,
penso em pessoas que encontrei por acaso,
e penso em pessoas que jamais vou encontrar...
E penso em uma coisa em especial:
- Em como meu coração se tornou um tanto amargo em relação a tudo isso...

Amores inacabados, pessoas perdidas,
corações machucados, frases que dóem...
amigos que se vão, pessoas que se vêm,
coisas que acontecem, o mundo que gira...
E a minha vida, balançando em uma corda bamba de emoções.
Um sobe e desce feito uma montanha-russa,
onde por vezes estou bem, por vezes estou mal.

Um mundo cheio de altos e baixos,
que me torna mais amargo, mais frio, mais robotizado ao que todo mundo quer, e faz.
Não sou um monstro, mas tenho me transformado aos poucos em algumas coisas...
Sinto muito mesmo, sinto mais ainda por estar perdendo a essência,
a minha essência doce, incrível...
de menino-poeta.

Tuesday, May 31, 2011

E eu me lembro.


Eu me levanto pela manhã, escovo os dentes e lavo o rosto. Coloco uma roupa e vou para a rua, andar um pouco. E então que tudo começa a aparecer em minha mente, lembro dos momentos em que eu sorria de tanta felicidade, lembro de outros em que eu estava triste e queria simplesmente sumir. Lembro dos momentos em que eu estava em apuros, como quando eu não sabia o que fazer naquele dia em que vieram me assaltar. Ou ainda lembro de momentos bonitos, que só eu sei quais são.

Lembro daquele dia em que eu olhava o mar e via o mundo com meus olhos brilhantes, lembro de quando eu ouvia Cássia Eller, quando criança, e dizia para a minha tia: "Como é que ela não sabe amar, se é poeta?". Lembro daquele dia tão duro, quando um de meus melhores amigos se foi, meu cachorro Rocky.

Lembro, ainda, de outros momentos não tão felizes, nem tão bonitos, nem tão assustadores, ou nem tão complicados. Lembro dos campeonatos de futsal em que eu disputei, lembro do título de Campeão da Região Sul do país que eu ganhei, lembro, com clareza, de algumas outras coisas que eu preferia não lembrar.

E sigo hoje minha vida, sorrindo, ou na verdade, tentando. Sigo minha vida com ódio, com amor, com medo, com nostalgia, com dor. Mas mesmo assim, continuo seguindo.

Lembro de ver meu Grêmio, a primeira vez, no Olímpico, lembro de ver meu Grêmio, vencer o Santos, de virada, na Copa do Brasil, em pleno Monumental. E mesmo assim, ainda acho que muita coisa pode acontecer, e muita coisa ainda vou me lembrar.

Mas não importa quanto tempo passe, uma coisa eu não vou conseguir deixar de lembrar.
Não vou deixar de lembrar dos momentos que conversávamos.
Não vou deixar de lembrar do jeito como tu dizia meu nome quando estavas brava comigo.
Não vou deixar de lembrar do jeito que tu gostavas de brincar comigo, de brincar com meu coração, de fazer-me sorrir e ficar desejando teu beijo e teu abraço.
Não vou deixar de lembrar dos momentos que tu tiveste comigo e dos momentos em que eu estive contigo. Mesmo naqueles em que estávamos brigados...
Não vou deixar de lembrar, jamais, dos momentos loucos que passei ao teu lado.
Do dia em que te abracei pela primeira vez, do dia em que te vi pela primeira vez, do dia em que te vi pela última vez...
Não vou deixar de lembrar, jamais...
do sentimento que para sempre vai estar cravado aqui em meu peito.

"Você me tem todo dia,
mas não sabe se é bom ou ruim...
Mas saiba que eu estou em você...
Mas você, não está em mim!"

E com este pequeno desabafo,
eu lembro que eu sou orgulhoso,
e que jamais vou conseguir te ligar de novo para dizer o quanto sinto tua falta.
Se um dia tu leres este testemunho,
tu saberás que és para ti,
porque foi só por ti que eu fiz uma coisa louca,
e foi só por ti que eu me arrependo de ter deixado ir, mesmo que eu seja o culpado de tudo, de tudo mesmo.

Thursday, May 26, 2011

À Espera das Estrelas

À Espera das Estrelas
(Nayguel Cappellari)

Ó Poeta Louco,
iluminado pela Lua.
Descanse seu corpo
nesta terra fria.

Banhe-se aos raios lunares,
entregando-se por completo.
Ao brilho certeiro das estrelas,
E voltes para de onde tu vieste.

Vá, pequeno lampejo,
revolte-se com as coisas,
entregue-se por completo.
E deixe este mundo para sempre.

Sunday, May 08, 2011

Meu porto em pedaços

Meu porto em pedaços
(Nayguel Cappellari)

Se naquele dia eu soubesse tudo que hoje eu sei,
eu jamais teria deixado chegar a este ponto.
Nossas almas se separando
como se o navio deixasse o porto.

Tu foste e eu a deixei ir,
por uma infantilidade da minha parte.
Um anjo que se fora em seu barco,
distanciando para sempre de meu porto.

E mesmo assim, eu insisto em manter a luz do farol acesa,
para talvez tu apareceres de novo, com os olhos brilhantes
e com a voz doce dizendo:
- Eu demorei, meu amor, mas estou aqui de volta, deixa-me
ancorar o meu barco, pois daqui quero nunca mais sair.

E eu insisto em manter esta luz acesa,
como se fosse uma chama de esperança dentro da minh'alma
que se perdeu no tempo, naquela noite estrelada em que tinha tudo para dar certo,
mas eu permiti ires por causa de uma grande infantilidade de minha parte.
E hoje não apenas meu porto, mas minha alma e corpo estão em pedaços.

Foste de uma maneira tão fria,
deixaste para trás todos aqueles tempos que estivemos um ao lado do outro,
e mesmo que a maré leve teu barco para longe,
e eu não saiba para onde estejas indo,
eu estarei em meu porto, em meu farol, com as luzes acesas, esperando tu voltares para mim.

Tuesday, April 26, 2011

Apenas um estalo

O tempo passa e eu vejo que eu não vivi minha vida, algumas coisas foram deixadas para trás, outras coisas ainda são mantidas à sete chaves dentro do meu coração. Algumas pessoas que eu jamais verei e por quem eu fui completamente encantado ou apaixonado. Sonhos que se vão com o passar dos anos e do inútil amadurecimento da minha alma. Lágrimas que escorrem do meu rosto, transformando minhas lembranças em um rio de emoções, sentidos tolos que não fazem sequer sentido algum. Onde de mim não tem nada a não ser fragmentos incompreensíveis de cada personalidade que se fez presente em todos os caminhos da minha vida. Personalidades, estas, irritantes a seus modos estranhos, inadequados e excêntricos, que moldaram cada espaço vazio da minha alma. E nesse tempo todo, onde tudo passou, de tal forma estranha, que eu não saberia sequer por onde começar, mas eu saberia dizer que não consigo seguir em diante. Não, não sigo em diante com tudo que tenho guardado dentro de mim. Não, não sigo em diante de tudo que se passou. Eu quero viver em um novo tempo, em uma nova era, um Novo Aeon de emoções, um Novo Aeon de sentimentos e diretrizes. Seguindo um rumo responsável, mudando o jogo, vivendo de uma maneira menos emocional e mais racional. Um mundo repleto de viveres, onde, talvez, o poeta terá de se ausentar.

Água Viva
(Nayguel Cappellari)

E o mar à frente,
como se o chamasse para nadar.
Os pingos da chuva batendo em sua face,
e as lágrimas escorrendo de seu rosto.

Ele olha para o céu,
não se sabe se são lágrimas ou se são pingos,
mas no rosto do homem ainda há um sorriso.
Sorriso pleno de satisfação.

Em seu bolso algumas folhas
onde todos os seus amigos foram endereçados
e na mão, o colar que a ele fora dado.
E no rosto do homem já não tem mais sorriso...

Ele olha o mar, e a chuva caindo.
Tudo que ele tem vontade é de nadar.
Ontem, hoje e sempre.
A água o avisa de que ali tudo estará bem.

Ele então salta, pulando graciosamente ao mar.
Bate suas pernas e seus braços, começando a nadar.
A maré leva então para longe
os sonhos de um homem sofredor.

Friday, April 22, 2011

Pequeno acaso

Pequeno acaso
(Nayguel Cappellari)

Não há nada que eu possa dizer,
meus olhos enchem-se de lágrimas
e eu não consigo entender onde foi
que eu errei.

Há algumas horas
eu apenas pensava em te ver,
agora eu penso apenas em
como te reencontrar.

Meu coração tá machucado,
meu corpo inteiro dói,
e a minha alma sente o peso.

Em meus olhos a tristeza por estares indo,
e o meu coração, um pouco...
mais de calma está pedindo.