Thursday, June 30, 2011

Levemente gelado


Levemente gelado
(Nayguel Cappellari)

São dias como esses que me fazem pensar...
penso em coisas estranhamente inquietantes.
Coisas, estas, que eu nunca havia antes imaginado.
E meu coração congela juntamente ao frio...

E antes que tudo se torne gélido,
eu penso que existe o tempo das coisas boas e das coisas ruins.
Penso que existe um tempo onde eu possa voar,
e continuar sonhando além...

E a minha vida passando diante dos meus olhos,
todas as noites em que eu vou dormir.
Aliás, todas as noites que tento fugir do sono,
dormindo logo pela manhã, quando o sol já está batendo à minha cama.
Aquecendo-me o coração e dando-me forças para seguir...

E eu continuo a pensar,
continuo a sonhar...
Continuo...

E agora que eu lembro de tantas coisas,
meus olhos enchem-se de lágrimas,
o meu coração se torna mais pesado...
- E eu sinto dor em meu corpo todo. E...
e sinto a vontade louca de voar.

De continuar voando, sonhando alto,
de continuar seguindo, apesar de tudo,
apesar das coisas estarem geladas...

Apesar de as coisas estarem estranhamente geladas,
e ultimamente tão mais frias que o normal,
eu continuo a tentar esperar o dia amanhecer,
para quem sabe, eu aquecer um pouco
a minha alma novamente?

Monday, June 27, 2011

Frio



Frio
(Nayguel Cappellari)

E o frio que bate à janela do meu quarto,
assustando-me imensamente,
congelando-me as idéias e as mãos...
Quase não me faz pensar em nada.

Mas como a teimosia brava de poeta,
tenho a plena consciência de que preciso,
pensar em coisas do passado...
e na angústia do meu futuro.

Tenho dores e tenho medos,
e anseios tolos de criança boba,
que não traz mais nada em sua mente,
a não ser a mais doce fantasia...

Fantasia da felicidade plena,
de um lugar mais justo e mais bonito,
de coisas mais certas e menos tristezas.
- Um mundo mais fraterno!

Consciência, esta, que ilumina,
as idéias do pobre e triste menino-poeta,
que agarra-se às coisas da vida,
e torce para que o frio se vá.

O frio da alma,
o frio dos corações,
a frieza das pessoas!
- Que o frio se vá!

E enquanto o frio rege esta sinfonia,
transcrevo minhas vontades nesse espaço,
lembro-me do meu passado,
quando eu adorava o inverno!

Wednesday, June 22, 2011

Um enorme lamento


E enquanto a noite cai, meu coração bate cada vez mais devagar...
enquanto minha mente trabalha num fluxo extremamente grande,
tomando conta dos meus pensamentos e emoções.

Penso, penso e penso.
E não consigo achar uma saída ou uma explicação para as milhares de coisas.
E por isso deixo registrado neste pequeno espaço,
algumas perguntas frequentes em minha mente.

Não sei exatamente em que estado de espírito me encontro,
nem sei dizer se nesse momento me encontro triste ou feliz,
tudo que eu sei é que uma infinidade de questões paira sobre minha mente,
e deixo meu coração acalmar-se de uma tal maneira que outrora não faria...

Penso em pessoas que deixei pra trás,
penso em pessoas que encontrei por acaso,
e penso em pessoas que jamais vou encontrar...
E penso em uma coisa em especial:
- Em como meu coração se tornou um tanto amargo em relação a tudo isso...

Amores inacabados, pessoas perdidas,
corações machucados, frases que dóem...
amigos que se vão, pessoas que se vêm,
coisas que acontecem, o mundo que gira...
E a minha vida, balançando em uma corda bamba de emoções.
Um sobe e desce feito uma montanha-russa,
onde por vezes estou bem, por vezes estou mal.

Um mundo cheio de altos e baixos,
que me torna mais amargo, mais frio, mais robotizado ao que todo mundo quer, e faz.
Não sou um monstro, mas tenho me transformado aos poucos em algumas coisas...
Sinto muito mesmo, sinto mais ainda por estar perdendo a essência,
a minha essência doce, incrível...
de menino-poeta.