Monday, May 21, 2012

Um novo lugar

Um novo lugar
(Nayguel Cappellari)

E não há motivos para permanecer neste lugar,
meu tempo e força de vontade já chegaram ao fim.
Parto deste para um outro lugar,
Que para mim poderá ser melhor.

Há um lugar mais calmo e mais ameno,
onde minhas dores serão tranquilas e mais brandas.
Um lugar onde não haverá motivos
para eu sentir os problemas de agora.

Um mundo que não estará devastado,
uma realidade que não será a mesma.
Um lugar onde eu serei feliz,
ou estarei em existência plena.

E neste lugar não terei mais dores,
meu peito parará de doer,
meus olhos pararão de chorar,
e minha mente finalmente parará de trabalhar.

Saturday, May 12, 2012

É o final

É o final
(Nayguel Cappellari)

É o final daquele que um dia fora alguém,
que pensava nos outros e queria vê-los felizes.
Que pensava que o mundo poderia ser um lugar melhor,
e as pessoas serem dignas de confiança...

Foi-se o dia em que o mundo era belo e vasto,
cheio de flores lindas e jardins floridos,
hoje tudo se torna escuro e amargo,
num dia mais cinzento e nublado.

Foi-se aquele que um dia era alguém,
o final dos tempos para ele.
Sua essência está desmanchada,
e seu eu completamente pisoteado.

É pena eu não ter sido diferente,
não sofreria tanto.
Teria mais amores, mais paz, mais sossego.
É pena ser eu mesmo...

e hoje em dia, sentir desta forma absurda.
É pena que a vida seja dessa forma.
Que as pessoas tragam as dores,
e que a vida seja nublada.

E lá se foi aquele que fora alguém.
Uma pessoa repleta e feliz,
que queria apenas a bondade dos outros,
e não sofrer mais com eles.

Um alguém que chora que sofre,
que a cada dia tranca-se dentro de si mesmo.
Matando aquele que era bom,
e transformando-se no nada e num repleto vazio.

Friday, May 11, 2012

Do entender


Do entender
(Nayguel Cappellari)

E aquela vontade de cuspir tudo pra fora,
deixar toda a máscara de lado e 
conviver com as pessoas da forma que sinto agora.

Meu mundo devastado e minha máscara quebrada,
meus sentimentos ruins e minha mente irritada,
e a vontade de extravasar tudo de ruim de dentro de mim.

Não há palavras para definir exatamente tudo que sinto,
a raiva, a mágoa, a tristeza, a angústia.
Tudo misturado que fazem de mim apenas um extremo infeliz.

Um sentimento de profunda tristeza,
pois não gosto de ficar assim,
me machuca a cada segundo mais.

E dentro de mim as lágrimas de desespero, de raiva e de angústia.
Com pessoas que nem sequer 
merecem minha atenção.

Não tenho culpa de ser quem sou,
não tenho culpa de sentir o que sinto,
não tenho culpa de querer da forma que eu quero.

Não tenho.

Não tenho nada a não ser eu mesmo,
e minhas dores, e angústias, e tristezas,
e raiva.

Muita raiva que assola meu coração,
e destrói a minha alma...
e machuca ainda mais o meu ser.

E estou extremamente irritado,
querendo liberar isso de alguma forma,
- Será mesmo que eu fui alguém tão ruim assim em uma outra vida?

Wednesday, May 09, 2012

Se...


Se...
(Nayguel Cappellari)

I

Se eu tivesse de dizer alguma coisa,
eu confessaria tudo que tenho dentro de mim.
Todos os meus medos, todos os meus anseios,
todas as minhas vontades de desistir e de me entregar.

Se eu tivesse de dizer alguma coisa,
eu confessaria a minha vontade de fugir,
de sumir por um tempo
e esperar para ver quem sentiria minha falta.

Se eu pudesse dizer tudo que eu tenho vontade,
eu deveria ser trancado em uma sala no hospício,
pois eu seria considerado o mais louco dos insanos,
porque tudo que alimenta minh'alma é a minha vontade por ti.

II

Se eu pudesse simplesmente ser quem eu quero,
dizer tudo que eu penso e lutar por tudo que eu desejo,
eu conseguiria ser alguém feliz e repleto,
porque te traria completamente para mim.

Se eu pudesse gastar meu tempo da forma que eu quisesse,
não seria escrevendo essas canções para ti,
não gastaria um segundo do meu tempo
que não fosse estando ao teu lado.

Se eu pudesse, se eu realmente pudesse...
eu faria tu esquecer todo teu presente e todo teu passado,
e projetaria ao teu lado um futuro comigo.

Se eu realmente tivesse a chance que eu quero,
eu tenho a certeza, meu amor,
que seríamos extremamente felizes tu e eu.

Tuesday, May 08, 2012

Debut

Debut
(Nayguel Cappellari)

Lá fora a noite cai e o frio vem chegando aos poucos,
e ele vai acomodando-se dentro de mim,
deixando meu coração tão frio e cálido também...
como se fosse apenas um completo vazio.

Meu sangue já não esquenta o suficiente o meu corpo,
e meu coração tem batido menos que o normal,
mas mesmo assim sou capaz de sentir,
a dor insuportável de não tê-la comigo.

Hoje percebi o quanto fazes falta,
não de uma forma egoísta, mas algo imensurável,
não quero te ter aqui por simples capricho,
mas sim para poder afogar meus medos em teus braços.

Lá fora vai esfriando conforme o tempo passa,
e a falta que sinto por ti vai aumentando,
como se fosse uma fortaleza 
em construção.

Meu mundo está repleto de dor e desapego,
e posso te dizer com toda a certeza,
que a falta que sinto de ti,
não é nada comparada a dor em meu peito.

Sinto muito por estar desabafando deste jeito,
mas tudo que eu queria era poder te abraçar,
mas sinto que meu tempo se esgotou...
e qualquer admiração tua por mim também.

Além do mais não sou eu quem está contigo,
tens outro em teus braços,
é ele quem tu queres...
e não os meus abraços.

Sou um cara feliz e ao mesmo tempo quebrado,
pois tínhamos tudo para dar certo,
mas o que tenho de fazer,
é aceitar que não sou eu o teu namorado.

E a dor só vai aumentando enquanto a noite cai.
O frio esfria o meu coração
e me faz querer apenas...
esquecer a dor no meu peito.

Saturday, May 05, 2012

Ao meu fiel amigo

Ao meu fiel amigo
(Nayguel Cappellari)

É meu amigo, tu foste meu companheiro inseparável.
Sofreste tantas vezes, e foste despedaçado outras tantas,
Brincaram contigo, e podiam fazer o que quisessem...
que mesmo tu sofrendo, tu continuarias a sorrir mesmo assim.

Os dias aconteceram e os sonhos foram passando.
Tu foste cada vez mais machucado,
mil vezes pisoteado e sempre, sempre, meu querido,
tu continuavas sorrindo, como se nada acontecesse.

Os sonhos que fizeste,
as vontades de outrora,
os amores e os desejos,
completamente destruídos.

Mas mesmo assim, tu continuavas a manter aquele sorriso,
aquela vontade de ser feliz, aquela vontade de ser alguém.
Tu mantinhas a verdade em teu rosto, em teu corpo,
tu tinhas tudo para desabar, e mesmo assim, continuavas a sorrir.

Afundaste em pensamentos, em tristezas profundas,
mas sempre eras capaz de alegrar quem estivesse triste ao teu lado,
Fazias com que o dia de alguém, que outrora estava nublado,
Se tornasse limpo, sem nuvens, e com um sol repleto de calor.

Mas mesmo assim, dentro de ti, ainda havia aquele buraco,
o vazio das pessoas, o vazio de quem pisoteava em ti,
o vazio de todas aquelas pessoas que não se importavam em saber,
E não se importavam nem com um sorriso teu.


Sorriso, este, que tu continuavas a trazer,

que teu coração continuava a aquecer de alegria os outros
mesmo aqueles que não se importavam com o teu.
Que não se importavam de pisotear o teu pobre coração.

E mesmo assim, tu continuavas a sorrir,
continuavas a aguentar da melhor maneira possível
aqueles que jamais fariam de ti um alguém especial,
que só aproveitavam da tua boa vontade.

É por isso que eu falo isso pra ti, coração,
olhando-me agora no espelho,
sabendo de tudo que passamos, 
sabendo de tudo que sofremos.

É por isso que eu falo isso pra ti, coração,
pois o que é nosso, a gente sabe...
E mesmo com o sorriso em nosso rosto,
ou com as lágrimas que caem neste momento...

Tu e eu, coração, continuaremos juntos.
Alegrando quem quer que seja,
sorrindo da melhor maneira possível...
e sofreremos ainda muito mais.

Eu te peço desculpas, meu amigo,
por seres tão machucado dessa forma,
é culpa por sermos pessoas tão boas,
em um mundo repleto de idiotas.

Friday, May 04, 2012

Lamento

Lamento
(Nayguel Cappellari)

O aperto no meu peito
e a voz sufocante que não quer sair,
a minha mente viajando no tempo,
e fazendo lembrar de coisas que eu já pensei ter esquecido.

Meus sonhos de infância,
minhas vivências inexatas, 
a lágrima que agora escorre de meus olhos,
e a tristeza que infecta o meu coração.

Os sonhos não cumpridos, 
as lágrimas outrora derramadas,
a vontade de tê-la ao meu lado,
para nunca mais soltá-la.


II

Ó dor que aperta o meu peito,

ó angústia que sufoca minha alma,
ó dores e lamentos que perfuram o meu coração,
por que vocês não dão um tempo?


Um tempo para eu respirar,

para eu poder sorrir,
para eu poder me levantar.
Um tempo para eu ser alguém?

Ó, dores, sentimentos e tristezas,
por que vocês não se vão,
e não deixam comigo,
apenas os sonhos de outrora?

Thursday, May 03, 2012

Um alguém


Um alguém
(Nayguel Cappellari)




E é quando a gente percebe que pode recomeçar,

que ainda há alguém que acredita na gente,
e que pede para que a gente não mude a
essência da gente.

É algo tão belo, tão bonito,
que surpreende quem tenha pensado nisso.
Um alguém que é capaz de tirar um sorriso 
de uma alma machucada...

Um alguém que é capaz de tirar lágrimas 
de uma alma um tanto dolorida.
Lágrimas, estas, de felicidade, 
não de tristezas.

Um alguém que é capaz de ver 
a essencialidade da alma de outra pessoa.
Um alguém especial,
que contagia quem esteja em sua volta.

Um alguém que continua a fascinar,
mesmo que o tempo tenha passado,
mesmo que as coisas tenham acontecido...
mesmo que a armadura tenha caído.

























E junto dela,
tenha ido todos os sentimentos ruins.

Simples questões

Simples questões
(Nayguel Cappellari)

Me dói o coração sem nem entender o porquê,
tu sumiste assim sem deixar qualquer vestígio.
Desapareceste de minha vida e fizeste,
o que quiseste com o meu pobre coração.

Quem és tu que eu não reconheço mais?
O que fiz para merecer tamanha desconsideração?
Por que tenho de lamentar desta maneira,
sabendo que a gente tinha tudo para sermos só nós dois?

O que fazer se o coração lamenta?
Como seguir adiante, deixando para trás o que passou,
quando meus dias são negros e cinzentos,
enquanto meus pensamentos só voltam a ti?

E o que fazer neste dia tão intenso,
onde meus pensamentos estão voando,
e minha mente está apenas perguntando...
- O que de errado eu fiz para tu sumires assim?

Tuesday, May 01, 2012

Às sombras


Às sombras
(Nayguel Cappellari)

O que tu queres que eu faça neste momento,
onde eu poderia estar deleitando-me de tua companhia,
eu poderia estar aquecido pelo teu corpo,
E não pelas minhas cobertas neste frio.

O que tu queres que eu faça neste momento,
onde não possuo mais nada de interessante,
Sem ter companhia, sem ter nada,
vivendo às sombras de um outro.

Às sombras de outro, que quando falha,
Sou eu a quem recorres,
Que quando some,
Sou eu que tu queres.

E já não consigo acreditar no que eu vivo,
Sem saber como seguir os meus dias,
Seguindo os passos de algo,
que nem eu mesmo eu sei o que é.

E eu já não sei o que eu faço,
Ou quem eu sou.
Tudo que eu sei é que tudo está estranho,
E que lá fora o frio é tanto, igual ao teu coração.

- E quem sou eu, afinal,
a não ser um cálido poeta
Que não tem sequer a sua musa
Para aquecê-lo nesta noite?