Sunday, December 08, 2013

Ao torpor


(imagem do filme Chongqing Blues)

Ao torpor
(Nayguel Cappellari)

E aqui estamos nós dois mais uma vez,
em uma noite quente deste verão intenso,
mais uma vez em que eu penso em nós dois.
Em que eu me deliciaria na deliciaa dos teus beijos.

Viveria intensamente contigo
cada doce momento.
Feliz, alegre e desafiador
eu busco em ti o que tanto me fascina...

Teu rosto lindo, teu jeito doce
teu corpo belo e as curvas que ele tem.
Teu jeito bobo e inocente,
mas tão provocante e safado ao mesmo tempo.

Essa mistura de coisas,
que me enlouquece a cada dia...
e em meus pensamentos os desejos,
de te ter comigo mais um dia.

Sentir o gosto dos teus beijos,
o calor dos teus abraços,
os movimentos dos nossos corpos se encontrando...
E nós dois nos adorando.

II

Vontade louca de te pegar de jeito,
de acabar contigo e te fazer enlouquecer,
de mostrar que não foi simplesmente trova barata.

Vontade intensa de te fazer enlouquecer.
De sentir cada parte do teu corpo com o meu.
Vontade louca de te pegar de jeito...
E acabar com nós dois extremamente relaxados.

Wednesday, November 27, 2013

Despedaçado

Despedaçado
(Nayguel Cappellari)

Sou um pedaço fragmentado do que um dia já fui.
Sofrido, carcomido e iludido.
Despedaçado e inexistente.
Sem exatidão alguma.

Sou um mísero fragmento de outrora.
despedaçado e juntado em outros tantos pedaços.
Que se juntar tudo...
já não faz nem metade do que um dia eu já fui.

Não sou eu o culpado, mas sim aquela tormenta e
enxurrada de coisas. Aquela tormenta.
E hoje estou torpe,
e de mim sei nada, a não ser...
que amanhã sofrerei mais ainda.

Sunday, November 17, 2013

(IN)Exatidão

(IN)Exatidão
(Nayguel Cappellari)

Eu gostaria de ter as equações para alguns problemas na vida.
Gostaria de poder respondê-las de forma matemática.
Direta, discreta, secreta...
mas incisiva.

Eu adoraria ter minha vida regida por uma lei exata.
Onde seria tudo exato e não teria esses balanços e desbalanços.
Sentimentos, desejos, sonhos.
Tudo que vai um dia volta.

E tudo que um dia foi, volta mais intenso, menos importante,
mas mais perturbador.
Relembro do beijo, do abraço, do sorriso.
Relembro do dia, das brincadeiras, das brigas.

E tudo que um dia foi, volta.
A intensidade é brutal: meu coração apanha nessas idas e vindas.
E nem por isso deixo de ser quem eu sou,
mas minha vida consiste, ainda, em balanços e desbalanços.

E justamente por isso, por tudo isso, que eu gostaria de ter uma fórmula exata.
Calcular valores, medidas, desejos, sentimentos.
calcular tudo dentro da minha vida...
Pra não ser essa eterna incerteza regida por um bálsamo.

Thursday, November 07, 2013

A dor

A dor
(Nayguel Cappellari)

Aquele aperto no peito,
em que a alma faz pensar em tudo que viveu.
No que deixou pra trás,
no que simplesmente desapareceu.

E aquele aperto no peito,
a dor forte, intensa, e extremamente perfurante.
Que corta o ar, o som, a vida...

Aquele aperto no peito
que só sente tem sentimento.
Aquela dor forte, sem jeito...
que destrói tudo em que encosta.

As lágrimas que caem, o corpo que se entrega,
a vida que se vai, o mundo que pára.
E no peito aquela dor inquietante,
que insiste em nunca desaparecer.

Sunday, November 03, 2013

(Des)pedida

(Des)pedida.
(Nayguel Cappellari)

Me despeço deste caminho torturoso,
Deixo para trás toda a tristeza que aconteceu,
os abraços apertados que não existiram,
os beijos doces e molhados que tanto me iludiram.

Deixo para trás o meu mundo de felicidades,
um sorriso apaziguador.
Deixo para trás o que antes fora importante para mim
e me despeço deste caminho torturoso.

Despeço-me agora de todos vocês,
Eu lutei, mas não consegui vencer a guerra.
Caí, derrotado, no campo de batalha.
E despedaço-me nesta despedida dolorosa.

Tuesday, October 29, 2013

Palhaço

Palhaço
(Nayguel Cappellari)

O mais engraçado é não perceber algumas coisas.
Como por exemplo quando mais eu preciso de atenção, de carinho.
De afago, de tua companhia.

O mais engraçado é não perceber como o meu coração está apertado,
sufocadamente dolorido. Angustiado por toda essa situação existente.
O mais engraçado é não perceber como minhas lágrimas escorrem,
a cada segundo que passa, o orgulho engolido.

O mais engraçado é não entender...
o que se passa em minha mente e em meu coração.
O mais engraçado é deixar para depois,
o que jamais será reencontrado.

O mais engraçado é sair, e esperar pelo próximo dia,
enquanto o meu coração aperta, a minha mente implora,
a minha alma sangra e
as minhas lágrimas caem.

Sunday, October 27, 2013

Ad postremum.

Por que sentir essa dor tão forte em meu peito?
Por que sentir que o caminho não há mais volta?
Como seguir adiante, após esse mar de tristezas profundas?
Como mudar sem deixar para trás a essencia de outrora?

Saturday, October 26, 2013

E o que dizer?

E o que dizer?
(Nayguel Cappellari)

I

Saudade do sorriso sincero,
do jeito encantador.
E da brisa calma da manhã ao acordar.

Saudade de estar ao teu lado,
(mesmo que em pensamento).
De te ter aqui comigo, de poder sonhar contigo.

Saudade daquele tempo em que nos amávamos.
Daquele tempo em que tudo era colorido,
e não tinha os dias ora nublados, ora escuros.

Saudade de quem nós éramos...
de quando nós eramos.
Saudade de poder ser tu e eu...
sem nada, nem ninguém interferir.

II

E a vida lá se fora, junto dela foram os sentimentos
e todos os momentos felizes de nós dois.
Lá fora a vida continua enquanto dentro de mim meu mundo para.

E ele para por ter perdido a coisa mais importante que foi dele.
Por ter perdido a razão de continuar sorrindo, de acreditar...
De acreditar que as coisas eram felizes e poderiam ser boas.

E lá fora o mundo caí, o mundo gira, e dentro de mim
o meu mundo some, desaparece e nem sequer se mexe.
- Por que tinha de ser assim? - Eu penso.

III

Aqui dentro faz tanto frio, olho ao redor e só há escuridão. 
Quem foi que apagou as luzes? Quem foi que extinguiu com a luz do sol?
Quem foi que levou toda a alegria dos meus dias? Das minhas manhãs felizes?

Aqui dentro é tão doloroso, e doloroso também é o meu mundo. 
Não apenas aqui dentro está doendo, mas tudo perto de mim está se indo.
Quem foi que levou-me para longe, quem foi que me tirou do lado dela?

IV

E o mundo lá fora...
continua girando.
E aqui dentro já não há mais nada para sentir...

Porque aqui dentro não há mais nada.
Nem frio, nem calor. Nem dor, nem amor.
Nem eu. Nem ela.

Friday, October 25, 2013

Adeus, então

Adeus, então
(Nayguel Cappellari)

E me despeço com lágrimas aos olhos, com dores no corpo e no peito.
Me despeço com a cabeça erguida, sabendo que eu fui o único a realmente a acreditar,
e que hoje lamenta a perda total de nossas vidas.

E eu me despeço, com lágrimas nos olhos, e com o corpo dolorido.
Despeço com a alma despedaçada, com o olhar inerte.

Despeço-me, portanto, para sempre de ti.
E de todos.

Thursday, October 24, 2013

Eu te falei, coração

Eu te falei, coração
(Nayguel Cappellari)

Eu te falei, coração... que quem sofreria no final serias tu mesmo.
Eu te disse que as coisas não eram pra ser assim,
mas foste teimoso o suficiente para te incentivares sozinho.
Teus pensamentos, tuas ilusões. Tuas boas vontades, teus desejos.

E a que tudo se resumiu? A nada... a simplesmente nada.
Ou melhor: a tudo. A dores profundas, a apertos incessantes em ti, coração.
Em vontades de explodir, hoje mesmo, quantos infartos tu não quiseste ter?
Sim, coração, isso tudo é culpa tua... por teres acreditado em ti mesmo.

Por teres acreditado, de novo, em outra pessoa.
Por teres confiado em alguém que estava ali por ti, mas não todo o tempo
que nem tu estavas para ela, coração.
por tu seres assim, inocente, ingênuo, doce... melancólico.

E hoje, coração, tu estás em pedaços, sem nem conseguir fazer o teu trabalho direito.
Com raiva do futuro que tu não consegue imaginar.
Aquele desenho bonito de outrora, tua casa, ela ao teu lado...
e todos os animais que vocês iriam cuidar, juntos... não existe mais.

Não existe, tal qual o amor que uniu você dois.
Não existe mais.
Não existe mais nada, coração...
a não ser a dor, o vazio, e a tua lamentação.

Monday, October 21, 2013

Dor

Dor
(Nayguel Cappellari)

O buraco em meu peito...
a dor forte, invadindo-me o ser.
Atrapalhando minha sobrevivência
nesse mundo repleto de horrores.

Meu coração ainda sangra.
Demasiadamente inocente neste mundo podre.
Com dores fortes por ter acreditado que um dia...
tudo poderia ter sido diferente.

Fui fragmentado em pedaços mínimos
do que um dia eu já fui.
Agora só peço que tudo passe,
pra eu poder recompor-me novamente.

Saturday, October 19, 2013

Talvez

Talvez
(Nayguel Cappellari)

E essa dor que não sai,
que não para de bater, de assolar meu peito
e a minha alma....
essa dor forte que não some,
que destrói tudo que sonhei...

Quando irá parar de doer?
De apertar o coração?
Quando irá parar de me sufocar?
Talvez um dia acabe tudo...
dor, raiva, angústia e solidão.

Sunday, October 13, 2013

Estrela

Estrela
(Nayguel Cappellari)

E lá fora outra estrela brilha
Como jamais brilhou outrora.
O mundo dele se esvai
Enquanto lá fora outra estrela cai.

Dor enorme e profunda,
onde a escuidão toma conta.
Lá fora o tempo vai
Para longe junto com o resto.

O resto do poeta que sonhou
Em um mundo vasto e bonito.
E que só tem uma coisa a fazer,
que é largar exatamente tudo.

Lá fora cai o mundo
e enquanto brilha outra estrela,
a deste jovem poeta que escreve
se apaga lentamente.

Tuesday, October 08, 2013

O jeito é...

O jeito é...
(Nayguel Cappellari)

O jeito é fingir que tá tudo certo
negar que tal qual a tempestade la fora
encontra-se meu coração.

O jeito é acreditar que as coisas podem melhorar,
quando nem mesmo o significado de melhora
a mente consegue encontrar.

O jeito é sonhar com um mundo mais calmo,
não o externo, o jeito é ser mais egoísta mesmo,
pensar em si, lutar contra tudo e todos os sentimentos ruins.

O jeito é acreditar que tudo vai melhorar...
mesmo que as lágrimas caiam de uma maneira
difícil de se consolidar.

O jeito é esperar que tudo se ajeite...
porque se dependesse de ti, coração...
estávamos fadados à tristeza total.

E não há mais o que fazer
a não ser esperar...
que a tormenta venha com tudo e leve para sempre...
a alma desse pobre poeta sonhador.

Thursday, September 26, 2013

Do saber

Do saber
(Nayguel Cappellari)

Eu já havia te dito isso inúmeras vezes, coração...
As coisas não seriam fáceis como tu imaginavas,
e tu que quis cair de cabeça nessa situação...
Agora tu estás machucado, desapontado e despedaçado
e tudo que posso fazer é deixar tuas lágrimas caírem.

Caírem para ver se lavam tua alma,
se levam todos os sentimentos ruins para fora.
Se lavam tua sorte, também.
- Não é?

É isso mesmo então, coração.
Mais uma vez tu estás em pedaços por algo que não existiu.
Que existiu apenas na tua cabeça...
na tua alma, na tua inocência.

e mais uma vez, coração,
estamos em pedaços por tua causa.
E as lágrimas já não servem mais...
por que não te calas,
coração?

Monday, September 23, 2013

Rascunho

Nada parece que adianta nessa situação,
não tenho nada, não tenho ninguém...
meu coração tá despedaçado e 
pedindo um pouco de atenção.

Continuo me perguntando:

-  Como?
como conviver com essa dor?
Com esse vazio dentro de mim?


E a dor me consome, a dor me machuca.
Devo ser o pior dos seres humanos...
devo ter feito alguma coisa de muito errada no passado.

Pago por crimes que não cometi,
sofro por coisas que não vivi.
Sou um fantasma vivendo
no corpo de um poeta dolorido.

Friday, September 13, 2013

Locūtus eram

Locūtus eram
(Nayguel Cappellari)

Deixar de pensar, deixar de querer, deixar de ir.
Deixar de chorar, deixar de amar, deixar de sorrir.
Deixar de querer, deixar de pensar, deixar de viver.
Deixar, simplesmente deixar.

Deixar para trás tudo que me incomoda.
Deixar para trás tudo que me fez mal.
Deixar para trás todos os que estiveram aqui.
Deixar para trás todos que me entristecem aqui.

Deixar para trás tudo que me dói,
que me consome as energias,
Deixar para trás aquilo que se fora,
aquele amor que jamais cresceu.

Deixar para trás as ilusões de outrora.
Os sonhos do passado, as vontades que se foram...
Os sonhos de estar unica e exclusivamente...
com aquela que despedaçou minha alma.

Monday, September 09, 2013

Ao Relento

Ao Relento
(Nayguel Cappellari)

O jeito é deixar desapegar, não é?
Deixar as coisas para lá...
deixar que o mundo se vá,
que todos se vão.

Deixar tudo para trás,
tentar um caminho novo,
respostas novas, direções e
sentidos diferentes.

Seguir em frente, erguendo os olhos
- e a cabeça também.
Sorrindo como se tudo fosse bom e fácil de aguentar.
E principalmente: aguentar.

Aguentar o desprezo,
as dores do passado, e das coisas que se foram.
Aguentar que tu já não és quem tu gostarias de ser...
e foste transformado num monstro qualquer.

Aguentar que a vida não é fácil,
que as coisas não são simples,
que tu nunca vai ter o que tu quer...
E que para sempre irás sofrer.

Aguentar que lutar não é o suficiente.
Aguentar as porradas que as pessoas te dão.
Aguentar a força jogada contra ti.
Aguentar o mundo voltado contra ti.

Seguir em frente já não é opção.
Mas olhar para trás não te fará feliz.
A vida não é mais simples.
E deixo aqui o meu adeus.

Tuesday, August 27, 2013

E quando não há resposta

E quando não há resposta
(Nayguel Cappellari)

Hoje não tem post com poesia, ou com algum dizer aqui no blog. Hoje não vai ter nada do tipo. Resolvi tentar conversar um pouco com o pouco de pessoas que lêem aqui o blog. Resolvi, na verdade, conversar comigo mesmo.

Por um tempo, este tem sido o meu espaço de desabafo, de conversas, de exteriorizar tudo que eu sinto, passo, e vivo. Decidi, então, utilizá-lo como válvula de escape muitas vezes. Escape de dias ruins, escape de coisas ruins, de pessoas ruins. Escape de situações que eu não conseguiria suportar.

Para quem escreve é fácil entender o que se passa, às vezes a gente tá bem, em outras nem um pouco. Tantas vezes são fáceis, outras simplesmente respirar parece um fardo... mas a gente sobrevive, fingindo ou não. Vivendo bem ou não. Sobrevivendo...

E os dias passam, e as coisas mudam...
mas o que tá dentro de mim (ou da gente, já que converso com todos por aqui), não muda. Não muda o jeito que se pensa, não muda o jeito que se faz as coisas... Nada muda.

E a vida, porém, se torna diferente. Pessoas que faziam parte de tua vida já não fazem mais... outras aparecem para somar, ou simplesmente, ocupar espaço. E a vida segue... sendo que o rumo não é controlável tão cedo.

Um apelo dentro de ti acontece, a alma pede socorro. Os pensamentos voam. O mundo gira. E tudo permanece parado. O coração insiste em bater pro lado errado. O relógio parece rir da tua cara. E o café já não supre a vontade que tu tens. O frio já assola tua porta e tu não consegues te aquecer. O medo instaura em teu corpo e tu não sabe o que fazer.

Lá fora, só lá fora...
que o mundo é diferente.

Por que dentro de ti, independente de que dia do ano, de qual estação tu te encontres, ou qualquer outra coisa do tipo...
dentro de ti.

NADA mudará.


E tu continuará a sofrer e tua alma continuará a
gritar.

Monday, July 29, 2013

Mais do mesmo vazio

Mais do mesmo vazio
(Nayguel Cappellari)

Dentro de mim o vazio continua existente,
como se nada pudesse vencê-lo.
Não há algo para alegrar-me as noites,
e aquecer-me neste frio que afronta minha porta.

Minhas lágrimas caem,
manchando-me a alma outrora calma,
apertando-me o coração que já não quer mais trabalhar,
e a vontade de não existir mais.

E a dor em meu corpo,
o aperto em meu coração,
meus pensamentos voando por demais...
e a vontade de simplesmente não existir.

Os sonhos despedaçados,
a força obscura de se manter em pé,
e sorrindo, e sorrindo, e sorrindo...
como se tudo isso fosse uma grande mentira.

E de mentira em mentira, quem sabe eu não me alegre?
e consiga abrir o sorriso de antes,
e a vontade de permanecer
no mesmo lugar?


Monday, July 15, 2013

Vazio

Vazio
(Nayguel Cappellari)

O dia frio lá fora e o aperto em meu peito,
a dor forte em meu coração, que já não sabe o que fazer.
Aquela dor que só o vazio consegue causar,
dor forte, intensa, sem jeito...

E vendo as pessoas do passado, ficando no passado...
e vendo as coisas acontecerem sem ter chance de trazer de volta.
O medo, a dor, a raiva...
a raiva de ser assim. A raiva de estar assim tão dolorido.

E a dor, em meu peito, cada dia aumentando.
O vazio, a cada dia, também crescendo,
 sem saber o que fazer,
e sem saber por qual caminho seguir.

E dói, dói demais...
dói demais o coração, dói demais os pensamentos do passado.
Dói demais, lembrar de coisas que não voltam.
E dói demais...

Com lágrimas aos olhos,
só penso naquele dia...
em que estávamos juntos
de corpo e alma.

Tuesday, July 09, 2013

Como é

Como é...
(Nayguel Cappellari)

E aquela história mal resolvida, como é que fica?
Como é que ficam aqueles dias sem dormir,
em que eu conversava contigo?
Como é que fica o coração
que se aperta cada vez mais ao lembrar de nós dois?

Como é que fica o nosso futuro,
onde nos casaríamos
e teríamos um monte de coisas a fazer?

Como é que fica nosso mundo
que hoje já não passa
de uma simples lembrança?

Como é que ficam as noites, em claro,
em que conversávamos sobre tudo?

Como é que fi...
- não sei, só sei que o coração dói mais
a cada dia que passa.

Thursday, June 27, 2013

Aos prantos

Aos prantos
(Nayguel Cappellari)

Sei que não adianta ficar assim desse jeito,
sei que não adianta eu chorar sozinho à noite.
Sei que não adianta eu querer desaparecer,
sumir de tudo e de todos...

Sei que nada disso adianta.
Sei que o meu mundo não é tão normal assim.
Que as pessoas à minha volta
não são nem metade do que eu esperava que fossem.

Sei que me entrego mais às pessoas do que deveria,
que me machuco mais do que realmente precisaria,
sei que não sou nada, nem ninguém...
e hoje percebi o quanto...

O quanto sou um nada,
o quanto sou ninguém....

Entristeço-me, e meu coração aperta,
aperta tanto, dói tanto, machuca...

Mas a vida tem de continuar, não é?
Mas como fazer para apagar as imagens da mente?
Como deixar de chorar a noite?
Como deixar de sofrer, então?

A vida não é fácil, a vida não é nada do que se espera...
e eu não aprendo mesmo, pois por mais que me machuque,
meu coração está ali, independente de qualquer coisa...
E serei sempre esse tolo indomável.

Tuesday, June 04, 2013

Devaneios tolos

Devaneios tolos
(Nayguel Cappellari)

Este é o terceiro texto que tento escrever esta noite,
e se não for ele, não será nenhum outro...
cansei de estar em dúvidas, de não saber o que fazer...
nem aqui, nem em outro lugar que tange a minha vida.

Estranho seria se eu não tivesse dúvidas em minha cabeça,
estranho, seria, se eu não duvidasse da minha capacidade.
Estranho, seria, se eu não desequilibrasse a mim mesmo,
e não tentasse aos poucos, retomar o equilíbrio da situação.

Estranho seria se eu conseguisse saber tudo,
estranho eu seria, se eu soubesse o que fazer.
Minha vida é sempre cheia de dúvidas...
e tudo que preciso fazer é pôr a cabeça no lugar.

II

Sinto falta do que eu já fui.
Sinto falta daquele que deixei pra trás.
Sinto falta de mim mesmo...
e hoje não sou nem metade da pessoa que queria ser.

Sinto falta dos estranhos mundos que vivia.
Sinto falta das pessoas do meu passado.
Sinto falta de tantas coisas que passei...
mas não sinto falta das coisas que sofri.

III

O futuro talvez me assuste,
não que eu tenha medo completamente dele,
mas tem algo nessa coisa de "lá na frente",
que eu não consigo lidar ao certo.

Tenho medo do insucesso e do fracasso.
Mas também tenho medo do não tentar.
Quero simplesmente vencer os obstáculos...
e ser o melhor que eu puder.

Tuesday, April 02, 2013

Mi dispiace

Mi dispiace.
(Nayguel Cappellari)

Meu coração dói, e não tem motivo por completo.
Só sinto a dor tomando conta de mim,
Dor incômoda, em que o vazio se manifesta,
consumindo qualquer coisa de bom dentro de mim.

E este vazio que se manifesta,
faz as lembranças também doerem,
junto delas minha mente,
entrega-se à solidão...

Solidão plena de agora,
em um profundo pesar que eu sinto de outrora,
minha face resplandece a angústia
e a tristeza de não tê-la mais em meus braços.

Sunday, March 03, 2013

Calma, coração.

Calma, coração.
(Nayguel Cappellari)

Calma, coração... eu te disse que um dia aconteceria novamente.
Que iríamos nos iludir, alimentar essa coisa invisível chamada amor,
e que nós dois cairíamos em frangalhos.

Calma, coração, hoje não é diferente de outrora.
Não será nossa agora a nossa derrota.
E não precisamos nos deixar cair.

Relaxa, coração... pois tudo há de melhorar.
E se acaso não vier, ao menos teremos sobrevivido,
a mais um infortúnio do destino.

Cuide-se, coração... para mais uma vez não cair.
Nessa conversa nobre e mentirosa,
daquele poeta desalmado,
que se chama por Amor.

Thursday, February 14, 2013

Com o tempo


Com o tempo
(Nayguel Cappellari)

As coisas podem estar melhorando.
E sinto que meus dias de dúvidas estão contados.
Tudo se acerta, tudo se ajeita.
E tudo irá se resolver...
assim que as coisas mudarem.

Meu coração é uma incógnita, e
mais indecisa é minha mente.
Tenho medo do futuro,
e estou preso ao meu presente.

Desisto das coisas,
e quero ser bem mais,
luto comigo mesmo,
para as coisas acontecerem.

Pressinto que as coisas mudarão.
Ares novos, vida nova.
E jamais terei de me prender...
ao passado.

Wednesday, February 06, 2013

Não há razão

Não há razão
(Nayguel Cappellari)


E não há explicação para alguns sentimentos dentro da gente...
a sensação de vazio nos consome,
o pranto silencioso que não aflora,
as dores no peito e o choro preso.

A voz que não canta, que não grita, que não berra.
A Angústia de querer e não poder.
O som que insiste em atingir nossa cabeça,
dizendo para nós mesmos que não há explicação.

Que não há explicação para a raiva,
para o medo, para a angústia, para a tristeza.
Para os sentimentos ruins dentro de nós mesmos.
Que não há explicação para o mundo...

O mundo inexistente em que nos encaixamos.
O medo, a dor, a angústia.
O futuro, o não saber, o querer. O tudo.
O nada.

E dentro de nós, bate o coração extremamente bêbado,
conforme as baladas de uma fúnebre canção.
Sem saber se a vida é
viver de explicação ou angústia dentro da gente.

Monday, January 21, 2013

...


A realidade é muito diferente de tantas as coisas que acontecem, eu estou completamente despedaçado neste momento, meu coração está em fragmentos imensos, e tudo que necessito é que essa tormenta enfim acabe. Não tenho motivos para reclamar, mas por outro lado, tenho tantas coisas para dizer, que meu coração se aperta, se incomoda...

Tantas coisas que fazem meu coração lamentar, que destroem qualquer sentimento bom que outrora existiu. E neste momento estou em pedaços...

pedaços pequenos de mim mesmo
que não querem sequer,
juntarem-se novamente.

Saturday, January 12, 2013

Amargura


Amargura
(Nayguel Cappellari)

Aquela sensação amarga no peito,
que te leva ao abismo de outrora...
Que te faz pedir ajuda,
Que te faz pedir agora.

Aquela sensação de desânimo,
quando já tinhas deixado tudo de lado,
Quando tinhas esquecido que poderias ser atingido
por aquela pessoa do passado.

E quando o passado se confunde com o presente,
Fazendo vocês dois se cruzarem no caminho,
como agir sem sentir o aperto no coração,
ou aquele buraco em tua mente?

Mil vezes eu ter de enfrentar outros problemas,
leões, ladrões, bandidos...
a que ter de enfrentar,
a pessoa que mais me machucou em meu passado.

Friday, January 11, 2013

Eu só queria


Eu só queria
(Nayguel Cappellari)

Eu só queria sair sem rumo neste momento,
caminhando em direção ao nada...
Ou melhor, em direção ao meu futuro.
Futuro incerto, sem noção, sem ideia.
Mas algo mais calmo, mais tranquilo, mais feliz.
Um lugar menos estressante, passear no campo, correr com o vento no rosto...
Ou até mesmo fugir para um lugar calmo e sereno, com as ondas do mar me namorando.
Que vontade de sair sem rumo,
de fugir ao mundo,
de sumir de todos...
e de desistir de tudo.

Que vontade de sair sem rumo...
E nunca mais voltar.

Wednesday, January 09, 2013

And now.

Sentimento nefasto, causador de diversos pensamentos.
Pensamentos sujos que invadem minha mente.
Inundando meus sonhos e transformando-me em nada.

Pensamento longe, em um último ato...
desejando ao extremo que tudo se esvaia.
Tal qual o sangue do meu corpo.