Thursday, June 27, 2013

Aos prantos

Aos prantos
(Nayguel Cappellari)

Sei que não adianta ficar assim desse jeito,
sei que não adianta eu chorar sozinho à noite.
Sei que não adianta eu querer desaparecer,
sumir de tudo e de todos...

Sei que nada disso adianta.
Sei que o meu mundo não é tão normal assim.
Que as pessoas à minha volta
não são nem metade do que eu esperava que fossem.

Sei que me entrego mais às pessoas do que deveria,
que me machuco mais do que realmente precisaria,
sei que não sou nada, nem ninguém...
e hoje percebi o quanto...

O quanto sou um nada,
o quanto sou ninguém....

Entristeço-me, e meu coração aperta,
aperta tanto, dói tanto, machuca...

Mas a vida tem de continuar, não é?
Mas como fazer para apagar as imagens da mente?
Como deixar de chorar a noite?
Como deixar de sofrer, então?

A vida não é fácil, a vida não é nada do que se espera...
e eu não aprendo mesmo, pois por mais que me machuque,
meu coração está ali, independente de qualquer coisa...
E serei sempre esse tolo indomável.

Tuesday, June 04, 2013

Devaneios tolos

Devaneios tolos
(Nayguel Cappellari)

Este é o terceiro texto que tento escrever esta noite,
e se não for ele, não será nenhum outro...
cansei de estar em dúvidas, de não saber o que fazer...
nem aqui, nem em outro lugar que tange a minha vida.

Estranho seria se eu não tivesse dúvidas em minha cabeça,
estranho, seria, se eu não duvidasse da minha capacidade.
Estranho, seria, se eu não desequilibrasse a mim mesmo,
e não tentasse aos poucos, retomar o equilíbrio da situação.

Estranho seria se eu conseguisse saber tudo,
estranho eu seria, se eu soubesse o que fazer.
Minha vida é sempre cheia de dúvidas...
e tudo que preciso fazer é pôr a cabeça no lugar.

II

Sinto falta do que eu já fui.
Sinto falta daquele que deixei pra trás.
Sinto falta de mim mesmo...
e hoje não sou nem metade da pessoa que queria ser.

Sinto falta dos estranhos mundos que vivia.
Sinto falta das pessoas do meu passado.
Sinto falta de tantas coisas que passei...
mas não sinto falta das coisas que sofri.

III

O futuro talvez me assuste,
não que eu tenha medo completamente dele,
mas tem algo nessa coisa de "lá na frente",
que eu não consigo lidar ao certo.

Tenho medo do insucesso e do fracasso.
Mas também tenho medo do não tentar.
Quero simplesmente vencer os obstáculos...
e ser o melhor que eu puder.