Thursday, September 26, 2013

Do saber

Do saber
(Nayguel Cappellari)

Eu já havia te dito isso inúmeras vezes, coração...
As coisas não seriam fáceis como tu imaginavas,
e tu que quis cair de cabeça nessa situação...
Agora tu estás machucado, desapontado e despedaçado
e tudo que posso fazer é deixar tuas lágrimas caírem.

Caírem para ver se lavam tua alma,
se levam todos os sentimentos ruins para fora.
Se lavam tua sorte, também.
- Não é?

É isso mesmo então, coração.
Mais uma vez tu estás em pedaços por algo que não existiu.
Que existiu apenas na tua cabeça...
na tua alma, na tua inocência.

e mais uma vez, coração,
estamos em pedaços por tua causa.
E as lágrimas já não servem mais...
por que não te calas,
coração?

Monday, September 23, 2013

Rascunho

Nada parece que adianta nessa situação,
não tenho nada, não tenho ninguém...
meu coração tá despedaçado e 
pedindo um pouco de atenção.

Continuo me perguntando:

-  Como?
como conviver com essa dor?
Com esse vazio dentro de mim?


E a dor me consome, a dor me machuca.
Devo ser o pior dos seres humanos...
devo ter feito alguma coisa de muito errada no passado.

Pago por crimes que não cometi,
sofro por coisas que não vivi.
Sou um fantasma vivendo
no corpo de um poeta dolorido.

Friday, September 13, 2013

Locūtus eram

Locūtus eram
(Nayguel Cappellari)

Deixar de pensar, deixar de querer, deixar de ir.
Deixar de chorar, deixar de amar, deixar de sorrir.
Deixar de querer, deixar de pensar, deixar de viver.
Deixar, simplesmente deixar.

Deixar para trás tudo que me incomoda.
Deixar para trás tudo que me fez mal.
Deixar para trás todos os que estiveram aqui.
Deixar para trás todos que me entristecem aqui.

Deixar para trás tudo que me dói,
que me consome as energias,
Deixar para trás aquilo que se fora,
aquele amor que jamais cresceu.

Deixar para trás as ilusões de outrora.
Os sonhos do passado, as vontades que se foram...
Os sonhos de estar unica e exclusivamente...
com aquela que despedaçou minha alma.

Monday, September 09, 2013

Ao Relento

Ao Relento
(Nayguel Cappellari)

O jeito é deixar desapegar, não é?
Deixar as coisas para lá...
deixar que o mundo se vá,
que todos se vão.

Deixar tudo para trás,
tentar um caminho novo,
respostas novas, direções e
sentidos diferentes.

Seguir em frente, erguendo os olhos
- e a cabeça também.
Sorrindo como se tudo fosse bom e fácil de aguentar.
E principalmente: aguentar.

Aguentar o desprezo,
as dores do passado, e das coisas que se foram.
Aguentar que tu já não és quem tu gostarias de ser...
e foste transformado num monstro qualquer.

Aguentar que a vida não é fácil,
que as coisas não são simples,
que tu nunca vai ter o que tu quer...
E que para sempre irás sofrer.

Aguentar que lutar não é o suficiente.
Aguentar as porradas que as pessoas te dão.
Aguentar a força jogada contra ti.
Aguentar o mundo voltado contra ti.

Seguir em frente já não é opção.
Mas olhar para trás não te fará feliz.
A vida não é mais simples.
E deixo aqui o meu adeus.