Saturday, December 27, 2014

E lá se vai

E lá se vai
(Nayguel Cappellari)

Tenho que pensar hoje, em tudo que passou.
Tenho que pensar hoje, em tudo que se foi.
Tenho que pensar hoje, em tudo que eu fiz.
Tenho que pensar hoje, em o quanto eu perdi.

Tenho que pensar hoje, no que eu quero fazer.
Tenho que pensar hoje, no que eu devo fazer.
Tenho que pensar hoje, em tudo que vivi.
Tenho que pensar hoje...

E o passado é presente.
E meu futuro é incerto.
Meu presente é inexistente.
E eu não sei quem sou.

E lá se vai mais um dia,
em que eu posso decidir ajeitar tudo isso,
e lá se vai... e outra vez.
Eu decido me deitar.

Friday, December 19, 2014

Meu amor

Meu amor, me ame hoje a noite, 
amanha de dia, e sempre todo dia.

Meu amor, seja minha, 
minha vida, minha linda.
Meu amor, sem ti, não sei o que fazer.
Meu amor, volte para mim, 
meu coração não deixará de te amar.

Saturday, December 13, 2014

Da vontade

Da vontade
(Nayguel Cappellari)

Eu quero um abraço apertado,
um beijo demorado
tão doce quanto o mais puro mel.

Eu quero tua companhia para sempre comigo.
Quero teus sorrisos e teus deboches.
Quero teu jeito tão lindo e tão incrível comigo.

Quero o nosso amor junto,
quero mais que um abraço apertado,
mais que um beijo demorado.
Quero te ter comigo,
quero sempre estar ao teu lado.

Quero mais que tua companhia,
quero mais que teus sorrisos,
quero mais que os teus deboches,
quero tuas juras de amor comigo
para todo o sempre.

Friday, December 05, 2014

I used to know

I used to know
(Nayguel Cappellari)

I used to know you, i used to recognize your voice, i used to dream about your lips touching mine, i used to prepare my future with you.

Now, i don't even know who i am, i don't want this anymore, my breath can't go out, my voice is unloud, my heart is exploding.

You aren't here, but my life, perhaps, keep bounded with yours. I just want to smile again. I just want you to be my reason. I am so sorry. I really do.

Tuesday, December 02, 2014

E então o tempo passa e as coisas não mudam,
tu continuas a te machucar, coração.
E eu continuo a me iludir.

Sonho com os dias que foram,
sonho com os dias que nunca existiram.
Meu corpo, minha alma, minha raiva aumentada.

Meus sonhos, minhas vontades inexatas,
e aquele teu sorriso que hoje me assusta,
me machuca,

me deixa inconformado.

Os dias que se foram e as experiências que vivemos,
isso tudo, coração, está apodrecendo nossa alma, 
está machucando nossa essência,
E mesmo assim continuamos aqui
com essa dor no peito,c
como os dias imprecisos 
com dor que nos assola.

Wednesday, November 26, 2014

Ad aeternum.

Em pensar que há dois anos éramos outras pessoas, vivendo outras coisas, coisas juntas tu e eu. Sonhando em nos encontrarmos, de vencermos qualquer barreira.

Em pensar que há um ano, ainda estávamos juntos. De corpo nao, mas de alma, sim. E pensar que serias tu que ficarias para sempre dentro de mim, como im prêmio, uma coisa inalcançável, dolorosa...

E pensar que fazíamos planos, riamos, chamávamos, e a gente pertencia um ao outro. Eu mais a ti, do qe tu a mim, infelizmente.

Monday, September 29, 2014

Decisão

Decidi deixar passar um mês.
Decidi deixar passar o tempo.
Decidi deixar passar tudo que me machucou.
E hoje eu me sinto
muito mais leve.

Tuesday, August 19, 2014

Algum tempo

Já faz tempo que tenho pensado em acabar com tudo isso que tem dentro de mim, toda essa angústia, essa dor, esse desânimo e esse desespero que me acorrenta a alma. Faz tempo que eu olho no espelho e não consigo ver nada além dos meus olhos cansados, tristes, lamentosos e implorantes por um dia de sossego.

Já faz tempo que espero que essas angústias e essas dores passem.
Já faz tempo que espero alguma resposta, e resposta alguma eu tenho.
Já faz tempo em que eu tenho pensado em acabar comigo.

Já faz tempo que eu acabei comigo.

Friday, August 15, 2014

Lamento

Lamento
(Nayguel Cappellari)

E mesmo que eu tivesse mil coraçoes
Todos eles estariam quebrados,
Mesmo que eu tivesse algum outro sonho
Ele seria contigo ao meu lado.

Ouço tua voz, vejo teu rosto
E sinto teu perfume
Por qualquer lugar
Que eu insista em caminhar.

Nao consigo te deixar ir,
Lembro dos dias juntos contigo
Em que me alegravas
E encantavas a minha vida.

Era em meus braços que deverias estar agora.
Era comigo que deverias viajar.
Era meu nome que deverias chamar.
Era comigo que devias sonhar...

Por que tudo se perdeu?
Por que partiste tao assim?
Por que minha vida é tão amarga?
Por que tiveste de sumir?

Wednesday, August 13, 2014

Angústia

Angústia
(Nayguel Cappellari)

E então eu não sei mais o que fazer,
não sei pra onde ir, ou qual caminho escolher.
Minha vida está tão confusa quanto outrora já fora.
Sem rumo, sem porto, sem parque, sem nada.

Não há motivos para seguir em diante,
mas também não há motivo para deixar de andar.
Desisto das coisas que estão lá atrás.
Mas não deixo para trás o meu passado.

Meu passado de dores, de alegrias e de sofrimento,
meu passado de lágrimas, de raiva e de confusões.
Meu passado que insiste em aparecer,
e se tornar meu presente e aniquilar o meu futuro.

Não consigo seguir em frente e mudar o meu rumo,
não consigo desancorar meu barco deste porto,
não faço nada, a não ser respirar.
E não deixo mais minha vida existir.

Friday, August 01, 2014

Da calma

Da calma
(Nayguel Cappellari)

O que há de errado dentro de mim?!
Que calmaria toda é essa aqui dentro?
Que houve contigo, coração?!
Por que deixaste de chorar por aquilo que passou?

Por que o silêncio já não te atinge
e os pensamentos já não voltam?
Por que esta calmaria tão existente,
tão aparente e aparentemente tão incômoda?

O que há de errado dentro de mim?
O que há de errado em mim?
O que há para eu fazer
a não ser seguir e esperar
que a calmaria persista por mais tempo?

Thursday, July 17, 2014

Das sete

Das sete
(Nayguel Cappellari)

Para quem mesmo?

I

Já faz um tempo em que te vi pela última vez,
em que te vi sorrir e dizer pra mim que tudo estaria bem.
Já faz um tempo que eu enxaguei tua dor,
em que eu te apoiei em meus braços e disse que tudo estaria bem.
Já faz um tempo que nos vimos e conversamos pela última vez.
Em que eu te dizia que de nada adiantava desistir, e sofrer.
Já faz um tempo tão grande que vi teus olhos chorando,
tua dor que te consumia e consumia a mim mesmo.
Já faz tanto tempo que sequer lembro
do som da tua voz
ou da cor dos teus olhos.

II

E com o passar dos dias, sequer percebo quem sou eu
e quem nós éramos. Apaixonados? Amantes? Amigos?
Não sei dizer, e aposto que tu também não.

Éramos duas metades iguais,
dois acasos incapazes de vivermos sem um ou o outro.
No entanto, onde estamos agora? Sem tu estares aqui comigo...
Sem estares aqui comigo?

III

Hoje a chuva lá de fora ou os fantasmas que aqui me consomem.
Não são os mesmos de outrora.
Mas continuam a machucar tanto quanto aqueles que se foram.
Ouço teus lamentos intensos em meus ouvidos, ainda.
Canto às paredes e à escuridão aquelas palavras negras e fortes que tanto te disse.
Sonho, ainda, com aquelas coisas que te disse um dia.
Meu corpo dolorido de tanto esperar.
De tanto esperar algo que só existia para mim.

IV

E nos perdemos lá atrás no tempo,
onde eu jamais vou te reencontrar, não importa o que digam.
Não há lugar dentro de mim pra nós dois,
não há lugar para ti dentro de mim,
não há lugar para mim dentro de ti.
E não faz diferença pra mim,
meus sentimentos são tão fortes pra mim,
que consomem a mim a cada dia.

V

E quem esteve ao teu lado, sem te deixar cair?
Quem te fez sorrir quando eras tu quem choravas?
Quem te alegrou o coração quando a tempestade era em ti?
Quando tu perdeste quem era importante pra ti?
Quem esteve ao teu lado quando a vida lá fora se esgotava?
E quando dentro de ti outra surgia?
Quem esteve ao teu lado em todos os momentos de tua tristeza,
de tua alegria, de tua hesitação, de quando tinhas medo?
Quem esteve ao teu lado, a não ser eu mesmo?

VI

Mesmo que o mundo desabe,
mesmo que tudo mude,
em mim as coisas serão sempre as mesmas,
dói, dói o coração por te querer comigo.
Dói o coração por amaldiçoar-te todos os dias.
Dói o coração por ainda querer...

VII

É burro este que escreve,
que não sabe em qual parte do que está escrito
é verdade ou ilusão.
É burro este que escreve,
que já não sabe sequer onde se encontra
àquela que um dia tanto esteve
perto de si.

Sunday, June 29, 2014

Ao encanto

Ao encanto
(Nayguel Cappellari)

E enquanto a tormenta continua lá fora,
cai a chuva, levando para longe,
qualquer sentimento ruim
que outrora existiu.

E aqui dentro do meu coração,
apareceste para acalmá-lo,
encantando-me os sentidos,
e tirando-me um sorriso.

És tão linda e tão perfeita,
com teu jeito doce de lidar,
- Brava és tão meiga e perigosa -
Que só me cativas ainda mais.

Tão linda quanto uma rosa,
tão doce quanto a cereja.
És tu, menina incrível,
que me encantou os sentidos.

Agradeço por apareceres,
ter me tirado de um abismo,
agradeço por existires,
e trazer-me os sorrisos.

Saturday, June 28, 2014

Cançao do lamento

Cançao do lamento
(Nayguel Cappellari)

E aqueles olhos brilhantes,
Com aquelas faiscas intensas ao me ver.
Aqueles labios que sorriam e anseiavam me beijar.
O teu jeito tao doce, tao meigo.
Teu sorriso encatador, apaixonante.
Que saudade de tudo,
De tudo que um dia fora meu.

Sonhos que fizemos juntos.
A ansiedade por nos vermos,
A vergonha pelo amor, pelo desejo.
Que saudade daquilo tudo,
Que um dia foi meu.

Mas hoje já nao é,
Vives tranquilamente em teu mundo,
Sequer lembras dos dias,
Das coisas, das alegrias intensas.
Do sorriso que eu dava ao receber um bom dia.
Dos sonhos que eu fazia pra ficar contigo para sempre.
Do meu mundo que girava vinte e quatro horas por ti..

Sei que se fora qualquer sentimento,
Sei que ficou um pouco de nada,
Um pouco de lamento,
Um pouco de tristeza.
Um pouco de pena.

Hoje aquele sentimento belo
Amargura meu coração
Que ja foi vívido e intenso
Mas que hoje já não é mais nada
A não ser escuro
Como tudo dentro de mim.

Friday, June 20, 2014

Canção da lamentação

Canção da lamentação
(Nayguel Cappellari)

Estou indo embora,
mergulhando neste abismo e caindo,
caindo, caindo,
nesse oceano sem fim.

A dor que me assola,
é impossível de me tornar
a me levantar
me levantar, me levantar.

No meu peito esburacado,
a dor constante e implacável
consumindo-me os dias
e atacando-me por completo.

Não tenho como seguir em frente
minha viagem está parada,
a dor que me ataca
me impede de levantar.

Doi o meu corpo, a minha alma,
o meu peito esburacado.
Doi a minha vida de sofridão,
dói o meu coração arrebentado.

Monday, June 16, 2014

Dor

Dor
(Nayguel Cappellari)

E eu aqui, isolado, inconstante.
Com dor no corpo e também na alma.
Não consigo deixar de pensar
nas coisas antes tão lindas
e que agora só machucam-me o coração.

E eu fragmentado que só eu,
com lágrimas aos olhos e o 
coração pedinte por sossego,
não aguento mais a dor
de viver desse sentido

Dor imensa que me acompanha,
me arrasta para um mundo 
de tristeza e sofridão.
Como eu queria que tudo estivesse bem
e as lembranças não me machucassem mais.

Sunday, June 08, 2014

Canção do Passado

Canção do Passado
(Nayguel Cappellari)

Relaxa, meu querido amigo, está tudo bem.
Já aceitei que não tenho mais nada do que passou,
e que tudo lá atrás ficou.
Nossos anseios, nossos medos, nossos sussurros
pálidos à noite fria em que queríamos nos abraçar.
Aquelas vezes que ouvimos nossos corações
batendo apenas em uma sintonia.
Em que nossas lágrimas caiam e tudo ficava
para trás.

Relaxa, meu querido amigo, está tudo bem.
Já entendi que o mundo inteiro dá voltas,
e numa dessas voltas pode acontecer,
de a gente se esbarrar de novo
e acabar voltando, pois,
aqueles sentimentos doidos
e aquela dor intensa de nós dois.

Relaxa, meu querido amigo, está tudo bem.
Já não passo tanto frio, nem sinto tanta falta
só ouço a batida solo do meu coração.
Que sente falta do que um dia
já fomos nós dois.

Friday, May 30, 2014

Canção da Saudade

Canção da Saudade
(Nayguel Cappellari)

Saudade do jeito que sorrias.
E de como por mim torcias.
Saudade de como me olhavas
e das 24 horas que nos amávamos.

Saudade dos sonhos ao teu lado
e dos desejos inalcançados
Saudade dos nossos momentos juntos
e dos beijos nunca dados.

Saudade de como eramos felizes
em que haviam sonhos em vez de brigas
Saudade de nós dois juntos
e do nosso amor,
em vez deste coração quebrado.

Tuesday, May 20, 2014

Cansaço

Cansaço
(Nayguel Cappellari)

E hoje entendi que não adianta nada
se eu não me amar também.
Se eu não me libertar dos meus medos,
dos meus desejos e dos meus sentimentos.

Que não adianta querer seguir em frente,
com o passado batendo à porta.
Com as dores e angústias de outros,
acabando com o pouco de paz que me restava.

E que não posso seguir em frente,
se eu não conseguir destruir,
quem quer pisar em mim
e destruir aquele que sempre fui.

E não adianta muito,
pois continuarei sofrendo.
Essa é minha essência,
ao menos posso aliviar este fardo.

Monday, May 19, 2014

À Deus.

À Deus.
(Nayguel Cappellari)

Do passado sou escravo,
pelos meus sentimentos massacrado.
As amarras que me botaram
me prendem ao teu beijo nunca dado.

Dói muito o meu peito,
e desisto de essa dor aguentar.
Deixo tudo como está,
e entrego-me ao azar.

As amarras que me botaaram,
me prendem ao passado,
me impedem de viver,
e de meu futuro ser planejado.

Meu coração está quebrado,
e ja desisto de tudo que é passado,
e dessa dor que tem me sufocado.
- Quando o gatilho é puxado.

Saturday, May 17, 2014

Finem

Finem
(Nayguel Cappellari)

Tudo bem, não é o fim. É apenas a tormenta acontecendo de novo.
Já suportamos isto algumas vezes, não foi coração?
Já superamos tantas coisas em nosso caminho,
e já caímos por tantas outras... Mas sempre nos erguemos, né meu amigo?

Mas hoje não dá, não conseguimos mais suportar tamanha falta de consideração.
Tamanha tristeza e sentimentos ruins dentro da gente. Sinto muito te fazer passar por isso, coração.
Sinto muitissimo por sentires as angústias e as dores por eu ser esse eterno idiota.
Sinto muito por não ter acreditado quando me dizias que tudo deveria ser diferente.

Mas paciência, não nos resta mais chorar, coração. Temos de seguir adiante...
independente que aconteça, independente de tudo, independente de que sejamos fraco.
Independente de que essa tormenta passe. Independente se tudo se resolva...
Mas não podemos mais chorar, coração. Sequer podemos tentar, já secamos totalmente, não é?!

Infelizmente te digo tudo que eu sinto, meu amigo, e sinto a angústia novamente,
aquela dor amarga dos caminhos separados, dos pensamentos inexatos, do mundo complicado.
A dor amarga e angústia de não ser nada, além de uma mera inexistência.

Angústia, dor e tormenta. Ótimo jeito para terminarmos nossa jornada, não é?
Tu amargo e dolorido, eu arrebentado e sem vontade. Com os olhos caídos e entristecidos, meu amigo.
Eu não quero mais sentir tudo isso, nem quero que tu sofras. Entrego-me, então, meu amigo, à eternidade majestosa.

Saturday, May 10, 2014

Do nefasto sentimento

Do nefasto sentimento
(Nayguel Cappellari)

E a raiva consome meu coração.
Mastiga-me a alma, e instiga-me
a fazer coisas que eu não quero fazer.

E a raiva instindo em acabar
com o pouco que sobrou 
da minha consciência.

- Onde estás? - Eu pergunto.
- O que fazer? - Eu insisto.
Então algo muda em mim.

Então tudo se torna esclarecido
meu dia volta a ter alguma cor,
e a angústia e a raiva se foram
de dentro de mim.

Eis que já sei o que fazer
(e não me orgulho disso, é verdade).
Mas te ignorarei pra sempre
assim como tu fizeste comigo. 
Quem será que irá recuar?

Do que (nunca) aconteceu

Do que (nunca) aconteceu
(Nayguel Cappellari)

Então não tenho muito o que falar.
As coisas foram para nunca mais voltar.
Hoje já não somos mais aqueles que se amavam,
mas sim estranhos em uma antiga estação.

A tua segue; anda; muda.
A minha, inerte e inexistente.
A tua anda em frente...
Enquanto a minha está estagnada naquele mesmo dia.

Foram-se embora aqueles sentimentos,
hoje sobraram apenas alguns poucos.
Tua pena me entristece e
alimenta cada vez mais a raiva minha.

Do nosso futuro passado,
onde arquitetávamos encontros bonitos e
cheios de emoção
(com aquele frio em nossa barriga, lembra?)
já não tem sequer nada para existir.

Que tua vida continue seguindo,
que consigas sair deste caminho,
que tua estação siga andando,
enquanto a minha vai entrar em manutenção.

E nessa manutenção inoperante,
meu coração fica sobrecarregado.
Meus ombros então cairão
para eu me afundar neste abismo.

- Não, não quero sair.
Não irei à lugar algum.
Vou embora para sempre,
para nunca mais adentrar em tua estação.

Thursday, May 08, 2014

(Des)Encanto

(Des)Encanto
(Nayguel Cappellari)

Sabe, talvez tu não tenhas nem ideia
da importância que tens em minha vida,
ou se tens, tu finges que não é contigo.
Mas tá tudo bem, não te culpo...

Sinto muitíssimo, de verdade,
pelo fato de ter chegado tudo a este ponto,
onde não se sabe se seguiremos normais
ou se em breve sairá uma outra briga
(ou algo que me afete por ser fraco, não é?)

Mas tá tudo bem, não te culpo.
Nem a mim, na verdade.
Não tenho culpa por estar longe,
não tenho culpa por não poder
te dar aquele abraço apertado
ou aquele beijo demorado.

Mas tá tudo bem, não é?
E se não tiver, o que importa?
Tenho de fingir que está tudo normal,
porque só assim pra tudo realmente ficar.
E quem sabe, ajeitando essa bagunça toda,
eu não possa simplesmente sentir.
O gosto doce do teu beijo?

Tuesday, April 29, 2014

De (todas) as dores

De (todas) as dores
(Nayguel Cappellari)

Enquanto o mundo insiste em balançar,
perco-me em sonhos e em coisas 
que tenho medo de realizar.

Enquanto o meu mundo insiste em desabar,
perco-me em frases não ditas
e em medos sem sentido.

Enquanto tudo está ao avesso,
me resta seguir firme,
deixando  o medo de lado,
e a angústia também.

Enquanto tudo parecer perdido,
me resta acreditar,
que ainda tenho uma pequena chance,
de trazer de novo ao rosto o meu velho e puro sorriso.

Saturday, April 26, 2014

Dor

Dor
(Nayguel Cappellari)

E este aperto no peito,
impedindo-me de repirar.
E este aperto no peito,
forçando-me a parar de pensar?

A angústia, sufocando minha alma,
a solidão consumindo-me aos poucos.
E as dores vertente em meu corpo,
levando embora minha vontade de sorrir.

Os sentimentos, intensos, delirando meu pensamentos,
escurecendo meus caminhos,
apertando cada vez meu peito...
e fazendo querer parar o meu coração.

Sunday, April 20, 2014

Just


Just
(Nayguel Cappellari)

Give me the painkillers, 
i can't feel anymore,
my life is passing by
my own eyes.

And my heart is dying
day by day
without you,
without your love.

Give me the painkillers,
give me them all.
'Cause everything i wanna
is don't feel this feeling nevermore.

Saturday, April 19, 2014

Do vazio

Do vazio
(Nayguel Cappellari)

Já não aguento mais este sentimento,
o aperto em meu peito,
e o meu coração tornndo-se
cada vez mais pesado.

Estou cansado de toda minha vida assim,
cansado de me preocupar,
cansado de ser quem eu sou...
Cansado de ser um homem bom.

Queria poder mudar,
deixar de ser alguém decente,
queria poder seguir em frente,
sem sequer olhar pra trás.

Queria poder ser de outro jeito,
queria deixar de sentir tudo isso.
Essa angústia, essa dor.
Esse jeito ruim de viver.

Já não aguento mais nada.
E a dor em meu peito
está consumindo cada vez mais,
o pouco que ainda resta.

Friday, April 18, 2014

Chuva, minha amiga

Chuva, minha amiga
(Nayguel Cappellari)

Que a chuva desça e leve junto com ela
essa angústia e essa dor de meus dias.
Que a chuva passe e deixe para mim,
um pouco de alegrias para eu viver.

Que eu não pense mais no passado
que machuca meu presente.
Que me instiga a desistir,
de tudo, de tudo, de tudo.

Que eu não pense mais no que se foi,
que deixamos de sermos só nós dois,
e hoje somos nada mais que apenas conhecidos,
que outrora se beijaram.

Que o meu mundo seja lavado,
que minha alma seja acalmada,
e que com a chuva venha também,
um pouco de alegria.

Sunday, April 13, 2014

Angústia

Angústia
(Nayguel Cappellari)

Essa angústia intensa dentro de mim.
Me sufocando totalmente.
Meu coração apertado, minha mente enlouquecida,
e meu corpo completmente exaurido.

Não adianta mais, meus amigos.
Meu coração já está querendo deixar de bater.
Minha voz está querendo deixar de sair.
E minhas mãos estão deixando de escrever...

Meu corpo anseia por poder se reerguer.
Minha alma anseia por liberdade,
desse pobre e idiota,
poeta sofredor.

O que posso fazer para parar de sofrer?
De sofrer por algo que nem tem solução?
O que posso fazer para parar de sentir,
essa angústia intensa dentro de mim?

O que posso eu fazer, meu Deus?
Me diga, por favor.
Ou então, 
arranca-me de dentro de mim esse coração.

Saturday, April 12, 2014

Da ignorância

Da ignorância
(Nayguel Cappellari)

Burro seria eu de achar que tudo seria como um dia já foi,
que eu estaria aqui, te esperando, e tu serias a mesma pessoa
de algumas primaveras passadas.

Burro seria eu de achar que tu estarias bem,
depois de mudares completamente tudo em tua vida,
e eu ter aceitado tantas outras coisas.

Burro seria eu de achar que a vida seguia para todos,

e que eu continuaria a sorrir ao te ver.
Aliás, burro sou eu de achar que tu realmente estarias aqui.

Como um dia já tiveste.

Burro sou eu de acreditar que tudo que passamos
não tenha significado nada para ti no final.
E afinal, no final das contas,
burro sou eu de ter acreditado em ti.

Thursday, April 10, 2014

Aperto


Aperto
(Nayguel Cappellari)


E não sou nada mais pra ti,
enquanto pra mim tu continuas sendo o meu tudo.
Hoje eu já não significo mais nada pra ti,
enquanto tu continuas aparecendo em meus pensamentos.

Apareces em todos os meus pensamentos,
em todos os meus sonhos,
e em todos os momentos de minha vida.

E o que mais me dói não é saber que não significo nada pra ti,
mas sim que hoje deixaste de pensar em mim,

deixaste de querer aquelas coisas de antigamente.
E deixaste de gostaar daquelas coisas sem sentido.


Hoje meu coração é apertado,
e dói demais só de lembrar daqueles momentos,
que hoje já sei que é impossível pra eu querer.

E me dois meu coração, e me destrói por completo,
saber que eu não significo mais nada para ti,
que todas nossas juras foram em vão,
e que tudo continuou tal qual um dia já foi.

Tu, longe de mim, distante do meu mundo.
Tu, longe de mim, distante de tudo.
Tu ao longe, vivendo tua vida.
E eu, estacionado nessa situação.

Meu coração anseia por poder te amar,
meu coração anseia por poder ver teu sorriso.
Meu coração anseia por poder te abraçar,
E meu coração anseia por nunca mais chorar.

Sunday, April 06, 2014

Onde?

Onde?
(Nayguel Cappellari)

E aquelas juras de amor feitas no passado?
Os dizeres imensos de que nos amaríamos para sempre,
e que iríamos um abraçar o outro
até esquecermos de todos nossos problemas?

E aquelas palavras tranquilas de que estarias para sempre em minha vida?
De que não irias tomar teu lugar e fugir então?!
Onde estão aquelas palavras sinceras, e aquele sorriso encantador,
que me diziam que nada fazia sentido, mas o amor era algo muito maior que qualquer sentimento?

Onde está aquela pessoa que dizia que estaria comigo pra sempre?
Que amaria estar comigo, me abraçar, me beijar, me amar?
Onde estão aquelas palavras aconchegantes quando meu mundo está escuro?
Onde estão aqueles sentimentos lindos que outrora existiram?

O aperto do meu peito por algo que passou,
por algo que dexou de existir para ti
(mas que para mim é tão vivo quanto o uivo do vento lá fora)
o aperto que me sufoca, que me faz querer desistir.

Onde está aquela pessoa que encantou-me os sentidos,
iluminou-me os pensamentos, acalmou os meus medos
e que hoje simplesmente deixou de existir,
e que me sufoca querendo desistir de tudo?

Saturday, April 05, 2014

Ao poeta com carinho

Ao poeta com carinho
(Nayguel Cappellari)

Perguntam sempre ao poeta como ele está,
mas nuncaa entendem a resposta que ele dá.
Não entendem a força de seus sentimentos,
tampouco acreditam em sua verdade.

Seus olhos podem transpassar tranquilidade,
mas sua alma está mais inquieta que a tormenta lá fora.
Sua vida deixa de ter sentido,
tamanho são os sentimentos por ele sentido.

Seu sorriso ainda existe e é sincero,
mas atrás dele sua língua tem o gosto amargo
de um beijo que nunca antes fora dado.

Seu corpo anseia por liberdade,
Grita, chora, pede, implora,
mas o pobre poeta
de seus sentimentos é escravo.

Thursday, March 27, 2014

É o fim



E meus parabéns a todo mundo que contribuiu de uma forma ou de outra para este fim. Obrigado a todos os momentos proporcionados, obrigado por tudo que vocês fizeram por mim, e um maior obrigado às provações que eu não pude passar.

Hoje é o último dia, hoje é o dia final, é hoje que me entrego e desisto de tudo, estou mais do que cansado de tudo e de todo mundo, estou cansado das mesmíssimas coisas, e do jeito como elas estão acontecendo. Estou cansado de todo o mundo. Cansado.

E hoje é um adeus a quem eu sou, um deus ao meu mundo, um adeus a mim mesmo. Um adeus ao meu blog, um adeus a quem quer que seja.

Hoje é um adeus,
e ao adeus estamos todos fadados.

Wednesday, March 26, 2014

Por que, coração?

Por quê, coração?
(Nayguel Cappellari)

E mais uma vez isso é culpa tua, coração.
Acreditaste no que não devia,
Amaste quem não era digno de ti,
e quiseste o que não era para ser teu.

E por isso que hoje sofres, coração.
Apertas um pouco mais a cada dia.
Bates forte e intenso em cada segundo.
E choras, e sofres, e morres todo dia.

E tu, coração, burro como és.
Hoje curas os machucados do passado,
mas amanhã ou depois,
irás passar por tudo isso novamente.

E a culpa é toda tua, coração.
És o culpado pelos sonhos desperdiçados,
pela inexistencia em teu presente.
E pelo teu futuro despedaçado.

A culpa é tua, única e exclusivamente tua, coração.
Não venha lamentar que não nasceste para ser feliz,
tampouco grite que estás cansado de sofrer.
Porque amanhã ou depois, sofrerás novamente.

Tuesday, March 25, 2014

Fessa eram

Fessa eram
(Nayguel Cappellari)

Me perguntaram o que eu era
eu disse que não era nada.
Que havia deixado para trás
tudo que um dia eu já tinha sido.

Me perguntaram o que eu era,
eu disse que não era absolutamente nada,
que meu pranto já não existia mais,
e que minhas mãos tampouco afagariam a tristeza alheia.

Me perguntaram o que eu era,
eu reafirmei que não sou ninguém nesse mundo,
que estou apenas vivendo os meus dias,
e consumindo minha vida.

Me perguntaram o que eu era,
pela primeira vez não respondi,
olhei pra cima e concluí:
- Que nada mais importa para mim.

Sunday, March 23, 2014

Do fim enfim


Do fim enfim
(Nayguel Cappellari)


Sinto muito, mas não dá mais.
Não posso simplesmente viver à tua sombra,
Não posso deixar de existir,
não posso seguir em frente mais.

Minhas mãos estão quebradas,
meu peito está completamente dolorido,
minha força é inexta nesse momento,
e meus pensamentos sequer existem.

Sou fraco eu confesso,
tenho medo de seguir,
mas já que te cuidei todo esse caminho,
já posso simplesmente partir.

Meus sonhos ao teu lado,
completamente apagados,
Minha vida inteira,
recomeçando apenas mais uma vez.

E não tenho como seguir,
com essa dor imensa ao meu corpo.
Espero que sigas teu caminho,
porque tenho de cuidar de mim.

Sunday, March 09, 2014

Prioridade

Prioridade
(Nayguel Cappellari)

E quando te falei que aconteceria dessa maneira,
tu olhavas para mim e sorria,
dizia que nada iria mudar, e que tudo seria
como sempre fora.

Mas a verdade é totalmente o oposto,
tudo mudou, e com ela, a prioridade foi também.
As conversas deixaram de ser frequentes,
e a saudade deixou de apertar.

Aquela vontade louca de estar junto comigo,
simplesmente desapareceu.
A vontade toda de conversar comigo,
simplesmente deixou de existir.

A verdade é que o tempo passa,
as coisas acontecem e tudo é diferente 
do que um dia já foi planejado.


A verdade é que não tenho mais espaço em tua vida,
e tu já não sentes mais aquelas coisas por mim.
As borboletas no estômago, o nervosismo de conversar comigo.
Já não vamos dormir tarde por que já não conversamos mais.
Já não te vejo muito, já não conversamos tanto.
Já não é a mesma coisa como aquele mês de julho.

E enquanto tu segues tua vida, 
e não lembra do que passamos.
Eu não consigo deixar de lembrar,
de relembrar, de querer de volta...
E de simplesmente não deixar
de ter os mesmos sonhos de antigamente contigo.
Só contigo.

Thursday, March 06, 2014

Ad posterum

Este é um livro de alguém que não tem nada a colaborar com o que tu podes ou não podes fazer, porém, e lê-lo poderá acarretar em um abismo de emoções, tristeza, felicidade, angústia, dor, raiva, e por aí vai. Não aconselho a folhar as páginas do mesmo, porém, se quer arriscar, vá em frente. Espero que ao final, alguma coisa possa ser contribuída para ti, nem que seja a ideia de que o livro não contribuiu para nada.

E com este breve prefácio sobre o que é esta obra, começo a escrever estas linhas inexatas, sem nem saber o que dizer ou o que escrever aqui. Meu nome é Nayguel Cappellari, não assinarei alguma alcunha, tampouco direi que essa história se passou num reino distante e com pessoas diferentes. As histórias aqui contadas aconteceram única e exclusivamente comigo, de uma maneira ou outra. Posso estar fantasiando algumas coisas, e outras podem não ser tão detalhadas, mas de alguma forma, elas contribuiram para estarem presas a este pequeno código escrito.

Ninguém quer saber exatamente o que se passou na minha vida, eu sei, mas acredite, mas como ninguém é obrigado a ler este livro (nem mesmo minha mãe e meu pai, ou minha tia e minha avó), eu vou continuar a escrevê-lo, sim. Independente do que qualquer um pensa, ou independente se alguém um dia poderá ler. Mas a ideia é escrever um livro em que eu conte ou reconte tudo que se passa por aqui neste mundo diferente que é minha mente.

Talvez não tão diferente, talvez não tão igual.
Não sei, não leio pensamentos.
Um dia talvez saberei.

Ou não.



I

Bom, meu nome é Nayguel Cappellari, posso dizer que sou inteligente, que nunca tive dificuldade para aprender nada, principalmente em se tratando das coisas do mundo tecnológico. Porém, da mesma inteligênciaa que eu soro, eu soro com uma cois intensa, um doença forte. Essa doença chama-se preguiça, e acredite, é a pior coisa que tem. Não estudo como eu gostaria, pois se estudasse, poderia estar hoje na NASA. Mas como eu não quero estar lá, me contento com minha casa na cidade de Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul.
Minha idade? Não irei contá-la, pois não faz sentido dizê-la, pois este livro será um cuspe na cara da linha cronológica, por ora irei ter cinco nos, por outra terei treze, e por aí vai. Não posso manter um linha cronológica, porque nem eu mesmo sei quais coisas irei escrever aqui. Não sei nem quem é que vai aparecer, e quem é que não vai.

Tudo que eu sei é que quero escrever e me perder nessa escrit maravilhosa, podendo tirar todos os fantasmas do meu passado, do meu presente, e do meu futuro. Quero poder aliviar a dor e a tristeza, o medo, a angústia, a raiva, a imensidão de sentimentos que me cercam. Quero poder colocar em um papel tudo que eu penso, pois dessa form tudo pode ser apagado, esquecido, ou, na melhor das hipóteses, guardado. E assim deixam de me machucar. E acredite, as lembranças podem corroer a alma. Como se fossem seres famintos pelo o que tu pensas. E isso dói, corrói, machuca.

Posso dizer que eu sou uma pessoa relativamente feliz, mesmo que me falte muitas das coisas que eu queria para me deixar realmente feliz. E não, não estou falando de dinheiro, ou de coisas materiais. Sou bem feliz com as coisas que eu tenho. Meus livros, meus discos, meus chaveiros, minha coleção de canecas, meu video-game, meu computador. Não digo nada das coisas materiais, pois nunca soube o que é a tristeza material ou a falta de alguma coisa substancial. Mas sei o que é sentir falta de apego, de carinho, de amizade, de companhia, de alguém.

Aliás, sentir falta é algo meio relativo, porque eu sinto falta de pessoas que nunca tive, e isso não é muito normal, mas quem disse que eu era?! Sinto falta de pessoas que fizeram parte da minha vida e hoje não estão mais aqui. Sinto fala de algo que eu não fiz, e que deveria ter feito para mudar o rumo do meu coração. Sinto fala de pessoas que contribuiram para minha alegria e contentamento momentâneos em determinado momento da minha vida. Sinto fala de alguém, de alguéns, sinto falta de muita coisa que não é palpeável. Sinto fala de algo inexato e ao mesmo tempo de eterna exatidão: sinto fala das pessoas que (não) conheci.

E meu coração se aperta a cada segundo que eu penso e falo nessas pessoas, porque são elas que moldam minha vida, meus passos, meus pensamentos, minha vida. Gosto de conversar com elas, de saber se estão bem, e de tentar ajudar caso não estejam. Gosto de seguir em frente e de conversar todo santo dia com cada uma, de sorrir ao vê-las bem, e de chorar com elas se alguma coisa está mal. Gosto de poder pensar que ninguém tem defeito e que todo mundo é bonzinho, que não há pensamento impuro ou maldade nesse mundo. Gosto de sonhar com esse tipo de coisa. Tá aí o meu primeiro grande problema (e ao mesmo tempo minha primeira grande característica): sou sonhador.

Sonho acordado e quando me vejo estou pensando em inúmeras coisas ao mesmo tempo, parece que tenho algum tipo de problema, pois não consigo me concentrar em apenas uma coisa, quando vejo já viajei no tempo, já voltei ao passado e arquitetei o futuro, tudo ao mesmo tempo e no mesmo momento. Tenho, pra mim, que meus pensamentos funcionam em alguma velocidade mais diferente que ao normal das pessoas, o meu fluxo de pensamentos é tão intenso, que eu me perco em qualquer atividade que eu faça. Inclusive quando jogo futebol ou leio, ou quando assisto à filmes ou séries. Tudo, exatamente tudo é motivo para eu imaginar e pensar em tantas coisas ao mesmo tempo, e contribuir para o intenso fluxo de pensamentos.

E enquanto sonho, muito do que eu sou começa a ser moldado, me encanto com algumas pessoas e as coloco em um pedestal, sofro apaixonado mais tarde, e depois me desapaixono, e sofro mais ainda para esquecê-la, e não, nunca esqueço das pessoas que passaram em minha vida, e acabo me encantando de novo, e me machucando de novo, e esse ciclo vicioso acontece pelo menos umas trezentas vezes a cada ano. E é esse o meu mundo.

Sou alguém extremamente encantável, simples, puro. Pode dizer que é carência, que é ser careta, ou que sou um sem vergonha. Mas acontece que nunca me contento com uma coisa só. Sempre estou pensando em inúmeras possibilidades. Sempre estou querendo algo mais e mais. Sempre quero poder viver caada momento que já foi bom pra minha vida, como se as coisas não tivessem sido esquecidas, apagadas, ou mudadas.

Eu posso sentir inúmeras vozes em minha cabeça, e sinto os fantasmas tocando em mim à noite, ouço vozes me chamando para cometer loucuras, e minha consciência se perde em alguns momentos, mas nunca chego a desistir de mim mesmo. Nunca deixo de querer ser eu. Nunca deixo de querer ser alguém assim como eu sou.

Às vezes percebo que sou cego, e às vezes enxergo muitíssimo bem. Às vezes tenho vontades intensas, e às vezes tenho nenhuma vontade. Às vezes quero simplesmente me atirar no mar, e deixar Netuno, Posseidon, Yemanjá, Ctulhu, ou quem quer que seja me levar para longe daqui. Às vezes quero me perder na multidão. Às vezes quero lutar pra ser feliz, e às vezes quero apenas ter vontade de lutar. Às vezes quero ter ânimo para continuar e, na maioria das vezes, tenho tudo isso dentro de mim. Ao mesmo tempo.

E é então quando eu decido tomar mais uma xícara de café, e seguir em frente com o que eu tenho. Às vezes eu quero não ter nada, e às vezes eu quero ter tudo. Tomo um gole do café e penso no que passou. Mais um gole de café, e imagino meus filhos correndo por um casa grande de campo. Mais um gole de café, e o calafrio de um mundo nefasto toma conta de mim.

E o café é meu companheiro inseparável, meu amigo, meu protetor. Nem mesmo a cerveja é capaz de me deixar tão feliz, tão calmo (sim, calmo, acredite!), tão melhor de sensação que é o café para meu corpo e minha alma. Meu coração para de bater desenfreadamente e se controla, em um único ritmo. Meu coração deixa de dar pulos loucos e saltar em emoções fajutas. Minha mente se aquieta, e tenta se controlar...

Mas não consegue.

E lá se vai mais goles de café, e mais mil e outros mil pensamentos em minha cabeça. meu coração tenta se aquietar, mas começa a se descontrolar de novo, e nem o café ajuda mais. E aí eu começo a sentir todas as emoções de uma vez só. O medo volta a aparecer. E em mim eu não tenho nada... nada, nada.

O branco toma conta da minha visão, me teleporto para as minhas origens, quando eu era criança e não sabia o que era sofrer, quando tinhaa tudo e não sabia o que era ficar triste por alguma coisa. Quando eu tomava Coca-Cola e jogava Super Nintendo. E alernava entre jogar bola no pátio de casa e jogar video-game, e brincar de esconder. E então a imagem fica turva, e me recordo dos meus piores momentos da minha vida, enqunato eu tinha de trabalhar no laboratório, sentindo o ar de desprezo das pessoas a minha volta. Sabendo que não gostavam de mim pelo simples motivo de eu ser amigo de longa data do filho do diretor do local. E eu não pedi emprego pra ele, juro que não!

E tudo enegrece outra vez, estou parado, em meu quarto, no escuro, com fantasmas desbotados à minha volta, já não tenho nem medo deles de tanto que fazem parte da mnha vida. Um e outro ainda gosto de ver. Mas a grande maioria me deixa mais irritado comigo mesmo. Os deformados, como se fossem parte de mim, dos meus defeitos inúmeros que não ouso nem comentar. Os insanos-sorridentes, que me irritam anda mais do que os defeituosos, pois me fazem lembrar quem eu sou, e o que eu sou: um alguém insano, que nunca vai ser nada na vida. Mas tem os tranquilos que eu gosto de ver, que me lembram pessoas boas em minha vida e que me fizeram felizes em alguma etapa da minha vida.

E então tudo muda novamente, e eu estou querendo sair correndo daqui, às quatro da madrugada, simplesmente colocar um calçado, vestir uma bermuda e sair correndo, sem hora, sem rumo, sem nada. Simplesmente correr. Correr por aí sem motivo algum, sentindo o ar fresco da noite no meu rosto, sentindo meus músculos se mexerem e minha vida passar diante dos meus olhos de novo. E então, ter um motivo pra ter esse frenesi incessante de pensamentos: estar correndo com a minha vida.

E então eu me teleporto de novo pro meu quarto, com a xícara na mão, e o último gole de café descendo pelo meu corpo. Quantos minutos adormeci acordado nesses sonhos e pesadelos?! Quanto tempo se passou desde que eu sentei aqui em minha cama, e fiquei esperando o tempo passar, apenas pensando nas coisaas?! Dez, quinze, cinquenta minutos?!

Não faço ideia.
Não faço ideia nem de quem eu sou.
Não faço ideia alguma do que eu sou.
Não faço ideia alguma.
Ideia.

II

Meu coração constitui outro grande problema na minha vida: ele é grande demais. Não no sentido físico da palavra, mas sim no sentido de que ele é enorme mesmo. Quero ajudar todos e todo mundo. E não sei como, e sofro, e quero poder ajudar as pessoas, os amigos, os desconhecidos. Quero poder ajudar os animais, e quero poder me ajudar. Quero me ajudar. Mas não sei como. Não se nem a quem pedir socorro. Não sei nem pelo o quê pedir socorro. Não sei nem mesmo pelo o que eu quero ser socorrido.

Mas já não aguento mais sofrer por alguma forma - pura - de amor. Não aguento mais ter de lembrar dos momentos bons e acabar chorando, porque eles já não existem mais. Não aguento mais ser alguém assim. Não aguento mais.

Minha vida é um caos, bagunçada, e meu coração ajuda bastante a bagunçá-la ainda mais. E se não bastasse apenas o coração, ainda existe minha consciência o que torna tudo ainda muito pior... e eu percebo o quão idiota eu sou.

E quem eu sou? Volto a me perguntar, já não sei mais.
Já não sei mais se sou eu mesmo,
ou se vivo de personagens a cada dia.
Já não sei mais se devo chorar ou se sorrir.
Já não sei mais o que é não sofrer.

Afinal de contas, que(m) sou eu?!

Raiva.

Raiva
(Nayguel Cappellari)

E a raiva me consome por inteiro,
dentro de mim ela cresce desenfreadamente a cada dia,
a raiva insiste em detonar o meu coração.
E dilacera a minha alma machucada.

Minha vida se esvai
a cada segundo que essa raiva só cresce,
sinto raiva do mundo, de tudo, das coisas.
Raiva das pessoas, raiva de mim.
- Principalmente de mim.


Raiva de ser quem eu sou,

de ser como eu sou,
de querer mudar e não saber como.
Sinto raiva, e a cada segundo,
me destruo um pouco mais.

A raiva me consome,
e já não lembro de nada.
Já não sei quem eu sou
ou o que eu sou.
Só sei que quero enterrar
para sempre essa raiva de dentro de mim.

Wednesday, March 05, 2014

Dentro de mim

Dentro de mim
(Nayguel Cappellari)

Dentro de mim há um sentimento tão ruim,
algo que não consigo controlar,
que me faz imaginar e querer fazer coisas horríveis,
que me destrói os pensamentos
e me tira a vontade de viver.


Dentro de mim há um sentimento terrível,

forte, intenso, perturbador.
Dentro de mim há um coração quebrado,
em completos pedaços inexatos e
extremamente enegrecidos.

Dentro de mim há uma antiga alma,
que ainda anseia pelo passado,
ainda pensa no futuro,
e lamenta completamente no presente.

Dentro de mim já não há mais nada
a não ser o vazio eterno
de uma mente destruída,
um coração enfaixado,
e um poeta acabado.

Sunday, March 02, 2014

Em caos

Em caos
(Nayguel Cappellari)

Não importa o tempo que passe,
não importam as coisas que se foram.
Dentro de mim, tudo é exatamente o mesmo.
- O mesmo caos de sempre.

E não tenho muitas coisas pra dizer,
nem muito o que fazer.
Só preciso aceitar tudo que me aconteceu.
E tentar me erguer novamente.

Meus olhos já não choram mais,
minha vida está estagnada...
e dentro de mim
o furacão de sempre novamente.

Wednesday, February 26, 2014

Em pedaços novamente

Em pedaços novamente
(Nayguel Cappellari)

E tudo que se torna incontrolável,
os sonhos passando diante dos meus olhos,
inalcançável aos meus braços, aos meus abraços,
às minhas mãos, ao meu tato.

E os sonhos que se foram.
E tudo que não para, e nada...
nada que pode ser consertado.
Meu coração, em fragmentos,
míseros fragmentos do que já fui outrora.

E minha alma está tão apática 
que já não sinto nem vontade de chorar.
O pranto já não sai, as lágrimas não escoam,
e meu coração vai ficando negro.

Negro como os pensamentos nebulosos 
que pairam sobre minha mente atormentada.
Desilusão, destruição, despedaçado está
todo o meu coração.

Friday, January 24, 2014

Ghost


Ghost
(Nayguel Cappellari)


Tudo bem, tudo que ficou foi um passado memorável. Palavras ditas ao vento, conversas soltas (e que antes faziam total sentido). E nada mais significa que um passado.

E aquelas noites sem dormir te esperando, para simplesmente uma conversa pequena trocarmos. E aquelas noites acordados até pela manhã, conversando sobre coisas tão sem importância (e que enchiam o meu mundo), que me faziam feliz, que me alegravam, que me faziam esperar ansiosamente todo santo dia em que eu te encontraria novamente.

E nossas conversas ao telefone, os dois sem jeito de dizer as coisas, a timidez, a vergonha, o medo. A ansiedade. Tudo tomando conta da gente, e o que dizíamos no papel e também no mundo virtual, morria no riso tímido ao telefone. E o olhar doce que nunca mais verei, e as conversas loucas e intermináveis que jamais terei...

E o mundo completo que deixou de existir,
senão dentro de mim
em apenas uma vaga lembrança.

Em um fantasma tu te transformaste,
regendo os meus sonhos, os meus passos, os meus caminhos,
tornando-me triste, inexato, sem sentido algum.
Em um fantasma tu te transformaste,
e juntamente levaste a nossa inteira relação.

Meu coração a que outrora te pertencia,
hoje só serve para pulsar o sangue em meu corpo.
Meu coração a que outrora te pertenceu, 
hoje só serve para apertar quando lembro-me do que passou.

Hoje já não tenho medo de fantasmas, 
hoje já não tenho medo de mais nada.
Hoje eu encaminho-me ao mar,
e peço que ele leve-me embora.

Apagando, assim, tudo de outrora,
e permitindo que eu seja,
novamente quem eu sempre 
deveria ser.

Sunday, January 05, 2014

Dubitare

Dubitare
(Nayguel Cappellari)

E não importa o que digas,
tudo que eu quero, é que tu estejas feliz,
que tu estejas sorrindo
aquele teu sorriso lindo e maravilhoso.

Ver os teus olhos me encarando,
Ouvir a tua voz doce, falando mais doce ainda para mim.
Teus toques, teus beijos, teus lábios.
Sentir teu coração junto ao meu.

Não tenho palavras para dizer,
para agradecer aos momentos doces ao teu lado,
sentir os teus toques, o som da tua voz,
os teus beijos, teus abraços e teus carinhos.

E não importa quanto tempo passe,
não importa quanto o tempo voe,
estás comigo, e estarás para sempre dentro de mim...
Tu, meu coração, e o restaurante no fim do meu amor.