Tuesday, August 19, 2014

Algum tempo

Já faz tempo que tenho pensado em acabar com tudo isso que tem dentro de mim, toda essa angústia, essa dor, esse desânimo e esse desespero que me acorrenta a alma. Faz tempo que eu olho no espelho e não consigo ver nada além dos meus olhos cansados, tristes, lamentosos e implorantes por um dia de sossego.

Já faz tempo que espero que essas angústias e essas dores passem.
Já faz tempo que espero alguma resposta, e resposta alguma eu tenho.
Já faz tempo em que eu tenho pensado em acabar comigo.

Já faz tempo que eu acabei comigo.

Friday, August 15, 2014

Lamento

Lamento
(Nayguel Cappellari)

E mesmo que eu tivesse mil coraçoes
Todos eles estariam quebrados,
Mesmo que eu tivesse algum outro sonho
Ele seria contigo ao meu lado.

Ouço tua voz, vejo teu rosto
E sinto teu perfume
Por qualquer lugar
Que eu insista em caminhar.

Nao consigo te deixar ir,
Lembro dos dias juntos contigo
Em que me alegravas
E encantavas a minha vida.

Era em meus braços que deverias estar agora.
Era comigo que deverias viajar.
Era meu nome que deverias chamar.
Era comigo que devias sonhar...

Por que tudo se perdeu?
Por que partiste tao assim?
Por que minha vida é tão amarga?
Por que tiveste de sumir?

Wednesday, August 13, 2014

Angústia

Angústia
(Nayguel Cappellari)

E então eu não sei mais o que fazer,
não sei pra onde ir, ou qual caminho escolher.
Minha vida está tão confusa quanto outrora já fora.
Sem rumo, sem porto, sem parque, sem nada.

Não há motivos para seguir em diante,
mas também não há motivo para deixar de andar.
Desisto das coisas que estão lá atrás.
Mas não deixo para trás o meu passado.

Meu passado de dores, de alegrias e de sofrimento,
meu passado de lágrimas, de raiva e de confusões.
Meu passado que insiste em aparecer,
e se tornar meu presente e aniquilar o meu futuro.

Não consigo seguir em frente e mudar o meu rumo,
não consigo desancorar meu barco deste porto,
não faço nada, a não ser respirar.
E não deixo mais minha vida existir.

Friday, August 01, 2014

Da calma

Da calma
(Nayguel Cappellari)

O que há de errado dentro de mim?!
Que calmaria toda é essa aqui dentro?
Que houve contigo, coração?!
Por que deixaste de chorar por aquilo que passou?

Por que o silêncio já não te atinge
e os pensamentos já não voltam?
Por que esta calmaria tão existente,
tão aparente e aparentemente tão incômoda?

O que há de errado dentro de mim?
O que há de errado em mim?
O que há para eu fazer
a não ser seguir e esperar
que a calmaria persista por mais tempo?