Thursday, February 21, 2008

Em meus sonhos.


Em meus sonhos
(Nayguel Cappellari)

Só porque eu sei teus hábitos,
teus medos e tuas vontades?
- Eu sou o dono da tua mente.

Em meus sonhos eu posso ver...
Que tu és a primeira coisa que pertence a mim.
Eu sou tua voz.
Eu sou tua alma.
Eu sou teu mais profundo desejo.
Eu sou o fogo que clama tua mente.
Eu sou...

Eu meus sonhos tu tens de te entregares a mimm...
Em meus sonhos tu queres ser consumida por mim.
Em meus sonhos tu és minha.
E eu sou teu.

Thursday, February 07, 2008

Alucinação?


Alucinação?
(Nayguel Cappellari)

E morrendo, mais uma voz.
E morrendo, mais uma voz.
Não sabendo como expressar.
Como gritar.
A voz enaltece o ser...
porém, quando morre,
o ser enfraquece.

E enfraquecido é como me encontro.
Sem vontade, sem força.
E morrendo, mais uma voz.
É como ter de lutar contra mil gladiadores
e não poder defender-se com escudo.
É como ter as nuvens em seus braços,
mas não poder agarrá-las.
É como ter asas em suas costas,
mas por seu pai, tal qual Ícaro, ser proibido de voar.

E morrendo, mais uma voz.
E morrendo, mais uma voz.
É como se a Montanha fosse muito alta,
e nem Maomé conseguisse transpassá-la.
É como ter poderes divinos
e no Tártaro ser trancado.
É como sonhar como um poeta,
e chorar feito uma criança.
É como se morresse mais um ser.
É como se morresse mais uma vontade.
Mais uma força, mais uma escrita.

E a voz, incessante.
Incrível... e o choro, inconsciente do poeta-criança.
E a voz, morta, do lúgubre pássaro que não pode voar.
E os poderes, contraditórios, daquele que não tem quem ama.
É incrível, é tão incrível...

Que se não fosse comigo que acontece,
eu riria da desgraça alheia.