Thursday, February 07, 2008

Alucinação?


Alucinação?
(Nayguel Cappellari)

E morrendo, mais uma voz.
E morrendo, mais uma voz.
Não sabendo como expressar.
Como gritar.
A voz enaltece o ser...
porém, quando morre,
o ser enfraquece.

E enfraquecido é como me encontro.
Sem vontade, sem força.
E morrendo, mais uma voz.
É como ter de lutar contra mil gladiadores
e não poder defender-se com escudo.
É como ter as nuvens em seus braços,
mas não poder agarrá-las.
É como ter asas em suas costas,
mas por seu pai, tal qual Ícaro, ser proibido de voar.

E morrendo, mais uma voz.
E morrendo, mais uma voz.
É como se a Montanha fosse muito alta,
e nem Maomé conseguisse transpassá-la.
É como ter poderes divinos
e no Tártaro ser trancado.
É como sonhar como um poeta,
e chorar feito uma criança.
É como se morresse mais um ser.
É como se morresse mais uma vontade.
Mais uma força, mais uma escrita.

E a voz, incessante.
Incrível... e o choro, inconsciente do poeta-criança.
E a voz, morta, do lúgubre pássaro que não pode voar.
E os poderes, contraditórios, daquele que não tem quem ama.
É incrível, é tão incrível...

Que se não fosse comigo que acontece,
eu riria da desgraça alheia.

5 comments:

Rafael Machado said...

Muito bom!
Parabéns Nayguel...
Tá na hora de escrever um livro, né?
Parabéns mesmo, gostei do que li.
Parece até um poeta de verdade... Tu é um poeta de verdade! =)

Abração!

Anonymous said...

nigel!
muito bom!
gostei mesmo!
como todos na real!
beijo

- Tατά* said...

eita eita..

preciso nem elogiar né?

chega uma hora q isso é dispensável..

mas bem, ficou óteemo.. :D

e tu sabe q sou sua fã e q adoro tudo q escreves.. ^^

meu bem..adorooo você!

;@@~~

Anonymous said...

Do caralho Nayguel!
Excelente poema meeeeeeeeeeeeeeeeuu!

Bruh xD said...

Muito bom. :D

E que a voz não morra! xD

uahsuhas

Abraço :*