Tuesday, July 26, 2016

Temporal

Temporal
(Nayguel Cappellari)

Como pode a gente sentir saudade de algo que nunca teve?
De alguém que nunca viu,
A não ser pela tela de um computador?
Como pode o coração insistir em bater,
Implorando para algumas coisas do passado voltarem a acontecer?

Como pode o vento la fora forte ventar,
Mas o verdadeiro temporal ser dentro de mim?
Como pode essa dor insistir em bater,
Quando meu coração ja aceitou o fato de não mais te ter?

Que aqui dentro a dor suma, que tu não mais apareças, que sejas levada junto com o vento,
E junto com ele toda essa essência de algo que só serve pra ser mal tempo.

Tuesday, July 12, 2016

Canção

Canção
(Nayguel Cappellari)

Estou no meio do nada, 

repleto de água e imensidão. 
Não tenho o que fazer, 
nem sei pra aonde ir. 

Meu coração está apertado 
e minha mente em pedaços. 
Estou fragmentado 
e já não sei como seguir. 

Para qual lado remar? 
Para qual direção virar? 
Meu barco está afundando, 
e junto dele estou esvaindo-me. 

Não sei o que fazer, 
ou como permanecer aqui. 
Tudo que tenho de fazer, 
é não deixar afundar.

Sunday, July 10, 2016

Deste mundo vil

Deste mundo vil
(Nayguel Cappellari)

Fragmentado, incompreendido e machucado.
Meu coração estava em pedaços.
Encontro-me escrevendo estas palavras
rabiscadas com a dor de quem já não aguenta mais.

Dói ser uma pessoa boa em um mundo tão vil.
De criaturas tão vis e de absurdas vilanias.
Dói ser uma pessoa boa em um mundo repleto de angústia e dor.
E dói ainda mais não saber o que fazer para seguir em frente.

Como acreditar nas pessoas, no mundo?
Como crer que tudo vai melhorar,
que tudo irá ase acalmar?

Uma consciência fragmentada,
E o corpo cansado
de quem já não quer mais seguir.

E mesmo que tudo esteja caído,
ainda vou tentar sobreviver.
Pois tanto meu coração quanto minha mente,
quebrados, fragmentados, destruídos,
me fazem uma pessoa boa
neste mundo vil.