Tuesday, August 30, 2011

Mais confissões

Mais confissões
(Nayguel Cappellari)

E por mais que eu diga que está tudo bem, ainda há aquelas coisas que me entristecem, me deixando para baixo e destruindo a minha felicidade.

E por mais que eu diga que está tudo bem, ainda vai ter aquele momento em que vou me fechar, vou ficar completamente triste, e as lágrimas podem inclusive cair...

E por mais que eu diga que está tudo bem, meu amigo, eu peço que tu não acredites fielmente no que te digo, pois dentro de mim, minha alma pode estar chorando. Chorando por mim, chorando por ti, chorando por tudo. E tudo pode ser motivo para entristecer-me, para me deixar realmente muito mal...

E não importa, por mais que eu diga que estou triste, ou com raiva, com que eu tenha esquecido e eliminado tudo de ruim da minha vida... ainda vão ter momentos felizes, e eu continuarei com este sorriso bobo ao meu rosto.

E mesmo que tudo pareça estar triste, e em um mar de desapegos, de tristezas e choros inacabados. Dentro de mim estará tudo tão limpo e ao mesmo tempo tão misturado, que fará de mim um complexo louco de sentimentos, capaz de explodir a qualquer momento...

E dentro de mim, tudo poderá ficar calmo, pois tenho a ti ao meu lado, meu querido amigo, e tu estarás comigo para sempre...

Sempre dentro do meu coração.

Monday, August 29, 2011

Confissões de um louco

Confissões de um louco
(Nayguel Cappellari)

Ei, meu caro, vou te contar um segredo...
É um segredo importante, que pode acabar comigo,
espero que sejas meu amigo e não contes a ninguém.
- Pois é, meu querido, eu matei uma pessoa.

Era uma pessoa muito legal,
ela ria, ela chorava, e ela me ajudava...
Muitas vezes, ela me fez sorrir
e outras ela me fez querer sumir.

É uma que foi importante pra mim,
uma pessoa a quem dominei anjo,
a quem eu queria ter todos os dias
Todos os dias ao meu lado...

Mas eu a matei,
eu a matei porque ela não me deixa mais feliz,
eu a matei porque ela decidiu afastar-se completamente de mim...
Eu a matei simplesmente por não conseguir mais esperá-la.

E mesmo que o meu coração agora esteja arrependido,
eu não posso voltar atrás, meu caro,
pois essa pessoa está morta...
dentro de mim!

Saturday, August 27, 2011

Raiva com (muito) sentido

E não adianta, por mais que eu te veja por aqui, vou simplesmente ficar sem falar nada, tu irás nem perceber que eu estou ali, e não puxarás conversa. Se por acaso eu o fizer, a conversa morrerá depois do "tudo bem", e tu não te interessarás em saber se eu realmente estou ou não bem. E não adianta, por mais que eu diga que não, eu fico sem pensar em outra coisa, e até fico sem dormir algumas vezes, de tanto que só penso nisso, só penso em ti.... que te foste.

Foste, de uma tal maneira impiedosa, arrancando parte de mim e me obrigando a viver meus dias sem te ter ao meu lado, sem te ter comigo. Sem eu poder conversar, sem eu poder nada...
E dessa maneira estúpida, a raiva toma conta de mim, porque por eu ter lapidado demais, eu deixei escapar o diamante de minhas mãos. Por eu ter cuidado demais, eu não cuidei do que era importante pra mim, não cuidei de mim... e agora fico nesse maldito estado indesejável.

Torno-me apenas um com as coisas inteiras que me fazem ser o que sou agora, e dentro de mim, a raiva transborda minha personalidade. Meus olhos sentem dor e desejo de vingança, mas meu coração, mole que só ele, não consegue sequer dizer que está tudo errado. E os olhos que sofrem, eles que pagam as contas deste ser incapaz de machucar alguém que sou, e os olhos choram!

Chorando a angústia de ter de viver sem mais nada, apenas em um piloto automático de ideias, onde fui obrigado a não ter mais sequer pensamentos contigo. Por que te limitaste a não ter conversas comigo, e nem a existir mais para mim...

E dentro de mim, a angústia toma conta do meu corpo, me fazendo perguntar o porquê de tudo isso, e eu fico imaginando... será que seria diferente se eu tivesse cuidado de mim, em vez de ti? Seria diferente, se eu tivesse lapidado a mim, em vez de ti?

Seria eu quem estaria sofrendo por não te ter?
Ou será que tu sentirias a falta da minha presença, sua maldita egoísta?

Saturday, August 20, 2011

21/08 - 22 anos sem Raul


Sei que tu nasceste ao final,
quando as cortinas já tinham caído.
Sei que foste o Carpinteiro do Universo,
e a Mosca na Sopa...

Sei que tu já fizeste muita gente pensar...
E eu também não vou reclamar,
pois me abriste os olhos e
contigo aprendi As Coisas do Coração.

Foste meu mestre, meu amigo,
me ensinaste a Cantar...
Alegraste minha vida,
sendo esse eterno Maluco Beleza.

Foste mais do que um amigo,
és parte de mim...
e nunca sairás de moda, Raul,
mesmo que tenhas nascido Há Dez Mil Anos Atrás.





Um simples poema, nada comparado ao que Raul merece de verdade, hoje o mundo completa 22 anos de ausência do eterno Maluco Beleza, do nosso Carpinteiro do Universo, do homem que transou com Deus e com o Lobisomem... Um Messias Indeciso, capaz de entrar em Guerra com Zé U...
O cara que fundou a Sociedade Alternativa, que fez Ouro de Tolo e lutou contra o Monstro Sist e a Senhora Dona Persona, um homem capaz de estar em todos os lugares, em manter viva sua música, sua cultura... seus ensinamentos.

Um homem. Apenas um homem.

Um mago!

E tu, Raul, fazes falta, fazes MUITA falta neste mundo perdido...

essas são meras palavras de um fã.

Ad tor

At tor.
(Nayguel Cappellari)

E estes pensamentos que não saem de minha mente,
o passado, que outrora era lindo, repleto de felicidade...
Deixou apenas o presente,
este composto por apenas dores e apertos...
apertos fortes no coração.

E os pensamentos que não saem de minha mente,
para onde devo levá-los?
Para onde devo encaminhá-los?
Sinto meu corpo fraco e angustiado,
e não consigo sequer pensar em um dia claro de sol...

E este dia nublado, ofuscando minha mente,
sem deixar com que eu siga em frente,
atrapalha minha vida, quebrando o silêncio,
silêncio doce e puro, do meu coração despedaçado...
pela simples falta de um futuro decente.

Thursday, August 18, 2011

Bom, hoje escreverei um post um pouco diferente do que estou acostumado, vai ser um desabafo, mas um desabafo pleno, para mim, de mim mesmo... e um pouco de compartilhamento. Raul Seixas já diria em sua música As Profecias:
"Tem dias que a gente se sente,
um pouco talvez menos gente...
Um dia daqueles sem graça,
de chuva cair na vidraça."

E é mais ou menos assim que as coisas acontecem, que as coisas funcionam. Em um dia, sorrio plenamente, hoje, só tenho vontade de explodir... e estou realmente cansado. Cansado de discussões sem sentido, de pessoas que preferem seguir a vida de um jeito, e não de outro. Estou cansado daqueles que preferem apagar uma história, que preferem deixar de lado as coisas. Estou cansado, de receber de forma abrupta, alguma "patada" disforme. De receber o tapa e ter de ficar quieto, recebendo a outra face... mas a partir de agora, não será assim.

Meus pensamentos não conseguem me guiar para um rumo tranquilo e sereno, e tenho pensado aqui em muitas pessoas que se foram... e em outras que querem ir. Penso, ainda, em coisas absurdas, como por exemplo nos fantasmas que ainda me assustam. Fantasmas do passado, fantasmas do presente, e os do futuro. Penso com calma e sem ela, penso em tudo, penso em mim... penso em ti.

Penso, penso e penso... e não chego a lugar algum.
E não adianta, pois tudo que eu faço, tudo que eu tento...
é apenas mais uma tentativa exausta de simplesmente sobreviver.
E apesar de ter resultados...
Vivo me equilibrando entre o esta bem e o estar mal, o sorriso é verdadeiro, mas já está desgastado; os sonhos já não estão tão presentes, e o futuro já não é planejado... e eu estou apenas um pouco cansado.

Tudo que quero fazer é fechar os olhos, e esperar calmamente o novo dia,
pois ele é melhor, ele me acalma...
e tudo que posso fazer é esperar...
pois se depender do agora, eu juro para ti, meu amigo...
não existirá felicidade alguma que me faça deixar de pensar no que estou pensando.



- E isso me assusta demasiadamente.

Sem mais.

Friday, August 12, 2011

Doces lamentos parte três

Quem realmente és tu,
e o que tu queres dentro de mim?

Quem és tu, que fascinas minha mente,
iluminas meu coração,
e machucas minha alma?

Quem és tu,
que destrói os meus sonhos,
Destoa a minha mente,
E machucas minha essência?

Quem és tu, ó criatura,
que consegue me fazer lamentar,
em tais linhas indecisas...
tudo isso de ruim que em mim
simplesmente acontece?

Quem és tu, senão meu medo de ser feliz,
minha voz que não sai, meu medo de lutar?
Meus sonhos dissipados e minha mente dividida?
Quem és tu, ó criatura?

Quem és, senão algo dentro de mim,
que me faz lamentar no meio dessas palavras sem sentido,
os meus tão doces sentimentos?

Quem realmente és tu,
senão aquilo que eu criei dentro de mim?

Quem és senão eu mesmo, coração?

Doces lamentos parte dois

As pessoas realmente me assustam, muito. Não sei se é algum problema meu de aceitar essa capacidade que a grande maioria tem, de simplesmente esquecer. Esquecer um dia, esquecer uma data , esquecer um momento, esquecer uma vida. É realmente absurdo o quanto essas pessoas conseguem deixar para lá as coisas, como se tivesse passado e não tivesse acontecido nada de bom nesse tempo que se foi.

Como é fácil olhar pra trás e esquecer aqueles momentos bonitos, as risadas, as conversas, as vezes que eu tive lá para te alegrar... como é fácil esquecer os momentos tristes em que te fiz chorar, e depois te fiz sorrir de felicidade... te fazendo perceber o quanto tu eras mais do que uma simples criança abandonada.

Como é triste ver que tudo aquilo que se passou, as conversas, as risadas, e até mesmo as brigas, tenham sido simplesmente nada. Que não tenham significado nada, e que hoje sequer fazem o menor sentido...

E é tudo a mesma coisa, em meu coração, aquela vontade de te ver sorrir.
E agora, como fazer isso se simplesmente tu te foste?

Doces lamentos

Algumas vezes a raiva toma conta de mim...
não é raiva de alguma coisa ou de alguém em si,
e sim raiva de mim e de meus pensamentos.

Tenho parado pra analisar todas as coisas que me rodeiam.
Todas as pessoas que se foram e as que querem ficar, tomar espaço,
Eu fico tonto com tamanha disparidade de realidades,
fico tonto sem saber o porquê de, mesmo as pessoas a minha volta,
apedrejando-me com toda a força que têm direito,
eu insisto em manter um sorriso ao rosto e oferecer todo o meu corpo para
ser machucado.

Eu estou repleto de coisas ruins, pessoas em minha volta, coisas extremas e inquietantes.
E isso tudo me dá raiva, mas eu não consigo mudar.
Não consigo sequer deixar de ser quem eu sou, e não consigo deixar de querer ver a pessoa sorrir,
mesmo que tenha sido ela que tenha me lançado todas as pedras.

E meu coração sangra, e meu coração chora e meu coração lamenta...
Lamenta por eu não ser mais rude, não ser mais duro. Duro com as pessoas, não comigo mesmo.
Estou cansado de sofrer por coisas absurdas que não fazem sequer sentido,
estou cansado...
simplesmente farto.

E o pior? É que amanhã eu acordo,
e tudo continua a ser exatamente a mesma coisa.
Um boneco nas mãos das pessoas,
um boneco sem maldade, sem tornar-se triste...
apenas sentindo raiva de si mesmo por não saber controlar seus impulsos e suas ambições. Um boneco que não tem medo de nada...

a não ser de si mesmo.

Monday, August 08, 2011

A falta

Enquanto o tempo passa, meu caminho começa a se tornar mais sombrio e mais penoso. Cada dia que passa, é algo mais trabalhoso e ruim, algumas pessoas somem de forma abrupta, sem deixar nem um recado de adeus. É um dicionário inteiro de letras que se foram. Nomes desde A, até Z. De pessoas que começam com a letra C até as que começam com a letra T, é um mundo inteiro, que já não faz parte de mim. E dentre elas, algumas que ainda fazem falta, que não deixo de lembrar sequer um dia, que me faziam sorrir, que me faziam ficar feliz. Pessoas que simplesmente desapareceram.

Pessoas... pessoas estas que já não fazem mais parte da minha vida, mas que ainda fazem parte de mim, pessoas que eu não sei se ainda verei, e que eu não faço ideia se estão ou não vivas. Tudo que eu gostaria de saber, era de saber se ainda existem, como estão, se estão precisando de ajuda ou se ainda precisam de mim.
Tudo que eu gostaria de saber, é se estão sorrindo, se estão felizes, ou se assim como eu, elas lembram daqueles tempos do passado, em que enquanto estivessem triste, eu as alegrava. Ou enquanto estivessem com raiva, eu as fizesse sorrir, para aliviar. Ou ainda, os momentos tristes de brigas e discussões, discussões tolas por parte de cada um. Ou dos dois... ou de nenhum dos dois.

Pessoas que se foram na imensidão do tempo, e que ainda são mantidas vivas dentro de mim, dentro do meu coração. Pessoas que estão cercadas a fazer parte do meu mundo ilusório. Parte da minha mente poeta...

Pessoas que eu sempre sentirei falta.
Pessoas que me farão ser mais eu.

Dor

Dor
(Nayguel Cappellari)

E essas coisas estranhas que têm acontecido.
Os dias sem eu te ver, sem conversar contigo,
tudo tão estranho, tudo tão esquisito.
Tudo que eu queria nesse momento era ver o teu sorriso,
e abraçar-te completamente....

Mas tem tempo que não te vejo,
tem dias que não te sequer encontro.
Onde tu foste parar, meu bem?
Meu coração está angustiado,
com muita dor...

Eu continuo sendo exatamente a mesma coisa,
que um dia tu condenaste,
que um dia tu não gostaste...
Mas mesmo assim, continuo com essas coisas estranhas...
Pois tudo que quero é compartilhar minha felicidade contigo.

Onde tu estás, minha linda?
Será que depois desse tempo todo
a gente consegue voltar no tempo
e acertar aquelas coisas que ficaram desentendidas?
E tu podes acabar me vendo de novo?

Eu não consigo deixar de me lembrar,
ainda mais quando essas coisas estranhas acontecem.
Tu estás completamente distante,
e eu estou aqui sozinho, relembrando essas coisas...
essas coisas tão estranhas.

Onde tu estás, meu amor?
Onde estás a não ser em meus pensamentos,
em minha angústia? Em minha dor?
- E tudo que eu queria era compartilhar
minha felicidade contigo.