Sunday, May 11, 2008

Soneto ao acaso


Soneto ao acaso
(Nayguel Cappellari)

O homem, irrefutável moribundo das almas, anseia.
anseia de desejo a carne e os pudores de sua bela.
Enfraquecido por sua imensa compaixão...
Mordido, quebrado ao acaso. Este, que outrora sorria.

Um mundo repleto de dor e sofrimento.
Não sentes?! É, imensa dor no coração.
Capaz de detonar o mais nobre dos gladiadores.
E o mais pútrido dos corruptos.

E é fato, que este olhar ao qual te lanças.
Irá ludibriar-te eternamente.
Detonar-te a própria alma.

E nem sequer as chamas do ardor em teu peito.
E nem sequer o sangue de teus olhos
te farão ser um pouco menos animal.

4 comments:

Gil, G. said...

"E nem sequer as chamas do ardor em teu peito.
E nem sequer o sangue de teus olhos
te farão ser um pouco menos animal."

O homem é animal, e animal é instinto revestido de carne.
E essa é uma das verdades imutáveis.

Saudade de passar por aqui!
Gostei muito do soneto, como sempre gosto dos seus trabalhos!
Saudades, guri!
Beijos. ;*

Anonymous said...

Eu não sou um animal :/
ahiahaiuaha
Bom soneto, agora só falta escrever bem na redação do vestibular.
;)

- Tατά* said...

lindo!

Cristiana Fonseca said...

Belo poema, belo
Beijos,
Cris