Frio
(Nayguel Cappellari)
E o frio que bate à janela do meu quarto,
assustando-me imensamente,
congelando-me as idéias e as mãos...
Quase não me faz pensar em nada.
Mas como a teimosia brava de poeta,
tenho a plena consciência de que preciso,
pensar em coisas do passado...
e na angústia do meu futuro.
Tenho dores e tenho medos,
e anseios tolos de criança boba,
que não traz mais nada em sua mente,
a não ser a mais doce fantasia...
Fantasia da felicidade plena,
de um lugar mais justo e mais bonito,
de coisas mais certas e menos tristezas.
- Um mundo mais fraterno!
Consciência, esta, que ilumina,
as idéias do pobre e triste menino-poeta,
que agarra-se às coisas da vida,
e torce para que o frio se vá.
O frio da alma,
o frio dos corações,
a frieza das pessoas!
- Que o frio se vá!
E enquanto o frio rege esta sinfonia,
transcrevo minhas vontades nesse espaço,
lembro-me do meu passado,
quando eu adorava o inverno!
1 comment:
Que bonito esse poema, não sabia que tinhas tanto talento. bjo
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