Thursday, May 28, 2009

I saw her face




Fonte da Imagem: http://donnobru.blogspot.com/2008/11/broken-heart-digital-paint.html

I saw her face
(Nayguel Cappellari)

Eu vi o seu rosto,
e o jeito com que fora embora.
Eu vi suas costas,
e não contive as lágrimas.

Ela ao meu lado,
e eu tentando contar.
Queria contar a ela tudo que sentia,
Mas a deixei ir embora com medo.

Eu vi seu rosto,
as bochechas tão lindas,
a boca sorridente e os olhos,
os olhos que brilhavam.

Eu vi seu rosto,
e ela estava ao meu lado.
Eu não consegui dizer nada,
nada. Ela ao meu lado.

"I saw her face,
and I can't deny,
that I fell in love
with her."

Eu espero que um dia,
ela entenda que eu tentei contar,
o que eu sentia por ela.
- O que eu realmente queria contar.

Eu vi sua face,
e não posso negar
que eu me apaixonei
por ela.

Inteiramente, puramente só.
E ela ao meu lado,
e com o rosto perfeito.
E o sorriso que me levava aos sonhos.

Thursday, May 21, 2009

A reviravolta do que fora


A reviravolta do que fora.
(Nayguel Cappellari)

O sol iluminando um dia lindo.
Sonhos enchem os olhos da criança.
Porém, tudo que tinha pra ser bom,
acaba por tornar-se sombrio e frio.

O calor do sol e o dia lindo,
foram trocados por sombra e ilusão.
A vida, estinguia-se em minha mão.
E eu não sabia mais o que fazer.

O sangue, ao chão, jorrando feito água.
Os olhos inchados já sem brilho.
A boca torta e a respiração
inexata.

O diafragma torto,
o sistema nervoso central atingido.
As lágrimas da minha face
rolaram.

E hoje, no dia que tinha tudo pra ser lindo,
que o Sol aqueceu a alma dos apaixonados,
iluminou a vida dos poetas,
trouxe, também, uma heroína, guerreira, brava.

A gatinha Vitória,
a qual, atropelada sofria.
Hoje o Sol brilhava
a face refletida de Deus em minha vida.

Wednesday, May 20, 2009

Última confissão


Última confissão
(Nayguel Cappellari)

Os olhos estão cansados.
O corpo não mexe,
não faz mais nada.
E a lua sequer brilha alguma coisa.

O corpo, moribundo,
deseja parar de sofrer.
Quer parar de sentir dor.
Parar. Parar.

O sonho de outrora jaz
feito o poeta lúgubre
do passado.

Os destinos não se cruzam.
A mente não mente...
os olhos estão fechados.

E neste túmulo jaz o poeta
escritor das mais belas palavras
e agora ele está sonhando
com as mais lindas poesias.

E por mais que tudo pareça igual.
Ele se foi. Ele se foi.
Jamais se lembrarão dele.
E tudo que sobrou é apenas o nome no papel.
O nome do poeta e a quem ele dedicou este último poema.

De Nayguel Cappellari
Para Nayguel Cappellari

"As lágrimas rolam da minha face.
meu coração está prestes a explodir.
Sinto que minha vida está indo.
e um buraco se faz em minha mente."

Thursday, May 07, 2009

Maldição do Poeta

Maldição do Poeta
(Nayguel Cappellari)

Doente feito um moribundo.
Pior do que a alcova do vampiro,
mais tenebroso que a morte do escolhido.
Eis que caio morto por ti.

Caio morto por despreso.
Caio morto por ódio.
Caio, unica e exclusivamente,
porque tu não vês.

E eu não sou mais teu.
Não te pertenço mais.
Livrei-me do sentimento mal.
Limpei-me da tristeza total.

Eis que eu caio morto, sim.
Perplexo por tua causa,
mas em seguida eu levanto,
revigorando-me a alma.

Não sou mais o que já fui.
Já sou outro e totalmente diferente.
E nada mais serei,
a não ser meu ego revivido.

Já não quero mais saber de outrora.
Dos sonhos do passado,
não tenho medo do futuro,
tenho ódio do que fora.

E eu estou vivo
Mesmo depois de ter caído.
Sou uma nova pessoa.
Um poeta moribundo.

Saturday, May 02, 2009

Confissões IV



Confissões IV
(Nayguel Cappellari)

Para Karina

Ah, se eu não fosse tão burro.
Se eu não fosse tão besta.
Se eu tivesse antes aprendido a dançar,
se eu tivesse aprendido antes a conversar.

Ah, se eu não fosse tão tímido.
Ah, se eu não tivesse tanto medo.
Ah, se eu pudesse te puxar e te fazer sumir.
Sumir dali, sumir dali.

Só tu e eu,
entrelaçados em um lugar tranquilo,
em um lugar sem nada,
iríamos ser nós dois e a tranquilidade do que somos.

Ah, se eu não fosse tão idiota.
Se eu não fosse tão medroso.
Se eu tivesse coragem de te puxar...
Se eu tivesse coragem de dizer pra ti.

Se eu não ficasse com vontade de chorar ao te ver.
Se eu não chorasse ao te olhar.
Se eu não tivesse tanto medo.
Se eu não fosse tão burro.

Eu queria que fôssemos nós dois.
Sem sombra de nada nem de ninguém.
Sem medo de sermos felizes juntos.
Sem medo algum de ser nada.

Sem medo de sermos ao mesmo tempo tudo.
Na mais tranquila imensidão
do que eu sinto em meu peito...
no furor do amanhã.

Eu queria poder explicar a todo mundo.
Queria poder te dar um beijo e um abraço.
Queria, ainda, poder te levar pra um lugar...
e morrer ao teu lado lá mesmo.

Hoje eu te vi...
estavas linda de vestido branco.
Depois tu mais parecias um anjo,
- Até asas tu tinhas!

Hoje eu te vi,
entraste no salão sorrindo e bem nervosa.
E com aqueles olhos me olhaste...
E eu desatei em lágrimas de felicidade.

Estavas tão linda, estavas tão bela.
Que eu te olhava e te via...
e sentia uma forte dor no meu peito.
E sentia a necessidade de te roubar dali.

Hoje eu te vi, hoje eu te vi.
não sei se isso foi bom ou se foi ruim.
não sei se eu poderei um dia te ver de novo.
Ou aos meus braços te ter.

Não sei de nada, não sei de nada...
sinto medo do futuro,
e tenho medo do passado.
Sou um inútil e um ser tão burro.

Eu queria, ao menos,
que tu me olhaste melhor...
queria te ver tão linda,
e que não precisasse chorar.

Chorar por não te ter.
Chorar por ser medroso.
Chorar por ser burro.
Chorar por não ser teu.

Eu queria poder cantar aos anjos,
queria poder chamar-te de um,
queria, ainda, beijar-te a boca,
e sentir o gosto dos teus lábios macios.

Queria te abraçar forte.
queria nunca mais te soltar.
queria estar ao teu lado.
e queria imensamente te amar.

Eu não sei o que eu faço,
se nem consigo te falar como tu estás linda.
Eu queria poder dizer-te,
que o meu coração é o mar...

E tu és a sereia que nele mora.
E tu és o anjo que nele vive.
E tu és a menina que me enfeitiçou.
Tu és exatamente tudo pra mim.

Não tenho palavras para dizer-te...
como gostei de te ver,
como gostei de te ver...
E o ciume de te ver dançar com eles.

Eu queria te roubar,
roubar-te pra mim,
roubar-te puramente só.
Puramente minha, minha só.

Eu queria que tu fosse minha...
para nunca mais eu precisar,
sonhar contigo e,
na verdade, não querer acordar.