Sunday, February 26, 2012

Junto com a maré

Junto com a maré
(Nayguel Cappellari)


Como já diria Raul:
"Eu tive de perder minha família para perceber
o benefício que ela me proporcionava"...

Não necessariamente minha família,
mas fui perdendo pessoas pelo meu caminho,
e percebi o quanto elas me fazem falta hoje em dia.
Falta...

Sim, por que não consigo me desapegar,
não consigo deixar de pensar no passado.
Nas coisas... na vida.

Não consigo deixar de pensar no que se foi,
e no que eu, infelizmente, não terei mais.
Independente do que tiver aqui dentro de mim...
e de que eu tente muito que volte a ser como era antes...
sinto-me um palhaço, porque tudo corre para um rio.
Um rio de desperança e tristeza...

Uma raiva invade minha mente,
e eu não consigo entender o porquê
eu consigo, algumas vezes, pensar em que sou o culpado de tudo...
Das pessoas indo embora,
e de nada eu conseguir fazer para mudar.

Eu já tentei, penso em tudo que pode ser certo para eu fazer...
mas tudo que acontece comigo é que eu fico com raiva,
e triste, e com mais raiva ainda...
por que tudo isso vai pra longe,
pra um rio de desperança e tristeza...

E nada mais importa...
a não ser que nada mais volta,
e que ninguém mais quer que volte,
a não ser a minha velha e doentia mente.

Insana, triste e lúgubre mente...
que pensa no passado como se tivesse apenas sido ontem...
quando a vida encarrega de levar tudo para longe,
junto com o vento, o rio que vai...
e a tristeza que insiste em reaparecer.

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