Monday, September 07, 2009

Da solidão 2.

Da solidão 2.
(Nayguel Cappellari)

E eu procuro uma explicação lógica para tudo,
procuro uma explicação para tudo.
Procuro, procuro.
Em tudo que é lugar, de tudo que é jeito.

Não encontro nada, não consigo sequer pensar em nada.
a não ser em teu rosto.
a não ser em tua voz.
Eu explico pra mim mesmo que tu não existes...

E eu tento ainda a acreditar em alguma coisa.
Mas eu não te encontro.
e as palavras já insistem em não sair...
e não são nada. Nada.

E eu não consigo entender nada...
e eu estou tão longe de onde tu estás.
eu me atiro ao chão, fico sem vontade de levantar...
e não levanto.

As lágrimas cáem do meu rosto, e,
eu não escuto mais nada,
não consigo mais ver o teu rosto,
e ao meu redor só existe o escuro.

Não possuo mais nada, nem sequer a esperança.
Nem sequer tenho a esperança de te ver...
de te amar, de te abraçar, de ao menos...
um beijo de adeus teu ter.

Não tenho mais nada,
à minha volta apenas a escuridão.
e eu,
eu estou tão longe de ti.

E por mais que tente, não consigo me mover.
Eu tento fazer algo para me levantar,
para melhorar meu humor...
mas nada adianta.

Eu estou tão longe de ti...
e eu estou tão longe.
E na minha mente não aparece nada mais.
nem ao menos eu sei quem tu és.

E nos meus olhos, as lágrimas,
as lágrimas do que nunca foi,
do que nunca existiu,
da ilusão alimentada pelo meu coração.

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