Thursday, September 10, 2009

Not at all

Not at all.
(Nayguel Cappellari)

E a cada vez que eu sigo...
como se minha alma caminhasse a cada rua.
E como se nessas ruas as luzes estivessem apagadas,
e com o perigo à espreita,
até a minha sombra tem medo de aparecer.

É como se o mundo estivesse num nada.
E do nada eu tivesse nascido.
É como se eu fosse presente para todos.
e todos fossem ausentes para mim.

É como se o mundo girasse,
e na minha mão nada parasse.
É como se na minha bandeira não tivesse,
sequer uma consideração pelo brilho da tua estrela.

É como se eu fosse sozinho,
sozinho, eterno, sozinho por sempre.
Sem nada, sem ninguém,
sem motivo para seguir em frente.

E é como se o sol não existisse
é como se as luzes não saíssem.
É como a coberta não protegesse do frio.
É como o brilho do luar não estivesse em meus olhos.

É como um mundo sem verdades,
é como um mundo sem mentiras.
É como um mundo sem nada...
é como um mundo em que vivo.

É como se eu tivesse idéia do que ser.
É como se eu tivesse idéia do que fazer.
É como se eu fosse alguém importante.
É como se eu pudesse fazer alguém ser importante.

É como se eu estivesse em um precipício,
e não conseguisse pular.
É como se eu fosse o pulo.
Do filhote do próximo pássaro a aprender a voar.

É como se não fosse nada,
nem sequer a mim mesmo.
É como se eu não fosse nada...
a não ser a sombra do que um dia eu já fui.

é como se eu pudesse agir livremente,
sem braços a me segurarem.
É como se eu pudesse agir livremente,
e decidir, então, a pular.

1 comment:

Letícia said...

"É como a coberta não protegesse do frio."


Ele é demaaaais.