Saturday, September 13, 2008

Possessão


Possessão (Nayguel Cappellari)

Me rendo a tua voz
Me rendo aos teus encantos,
me rendo sempre, sempre,
a ti.

Será que tu me entendes?
Será que eu te terei?
Ontem, hoje e sempre,
fico a imaginar.

Me rendo às tuas coisas.
Me rendo aos teus gritos.
Sou simplesmente teu.
Ontem, hoje e sempre.

Será que tu me ouves?
Esqueça o outro lá.
E venha para mim
que eu te quero tanto assim.

Tu és o meu anjo,
E eu não sei como te falar.
Por isso eu canto,
e espero que minha voz chegue a ti.

Me rendo a tua voz,
Me rendo aos teus encantos,
Ontem, hoje e sempre, amor.

Será que tu me entendes?
Será que eu te terei?
Quero os teus olhos
E tua boca para mim.

E eu espero que tu me queiras,
porque assim serei,
o homem mais belo
e mais feliz, meu bem.

Será que um dia tu me amarás?
Será que eu posso,
continuar, assim, amor,
a sonhar?

4 comments:

L. Ferreira said...

a gente sempre vai se render em quanto existir o amor, que talvez por ser sincero nunca acabe. :)

muito obrigada pela sua visita , boa semana :*

Fernanda said...

As vezes eu acho que ele não merece. Não merece meu jeito, meu gosto, meu tato, meu amor, minha falação desesperada, meu espernear pela casa, meus bicos, minhas sobrancelhas franzidas por pouca coisa (por quase nada) e nem meus passos barulhentos pelo chão da sua casa. Não merece que eu atrapalhe seus vizinhos, sua vida, e suas coisas e nem minha quietude voluntária, meu jeito próprio de respeitar os barulhentos silêncios dele. As vezes penso que ele não merece meus fins de semana, meus dias normais, minhas horas, meus minutos gastos, minha maquiagem barata que não esconde o quanto eu sorrio pra ele (de olheira a olheira). Ele não merece, mas eu o amo como um bezerro. Não merece o quanto me fez uma pessoa melhor, não merece as mudanças na minha vida, os livros tirados do chão na esperança de que de repente ele chegue (quando sou sempre eu que vou) e esse meu ir sempre assim tão de bom grado, tão feliz, tão plena, tão completamente dele e não merece, esse ter me tornado tão pouco do resto das coisas.
Mas aí ele vira para o lado, e reclama do mau tempo, do ar condicionado, do trânsito, de Santos, da vida e de mim, e depois abre seus braços em que cabem o mundo e eu fico tão pequena, que ele parece merecer tudo.
E passa a merecer o tanto que eu tinha guardado e que ninguém nunca via.
E eu então mereço os sorrisos dele, seus braços, seu jeito, seu silêncio, suas reclamações e (seu adorável) mau humor matinal e o conceito de tempo , de vida, de amor dele, e por causa disso tudo, eu não quero mais amor nenhum.
Não sei se posso chamar disso e mesmo que a gente, ou isso que eu sinto não tenha nome, eu prefiro.
É tão novo, tão bom, tão pleno e é todo por causa dele.

Huunf... HAHA xD

Mil beijos

Fernanda said...

Ah, falando assim eu fico sem jeito e sem palavras :x

Mil beijso

Lorena Natália said...

poxa...
muito bom encontrar pessoas que escrevem poesia assim tão bem!
parabéns!
^^
e que o amor nunca morra...nem mesmo o amor sonhado....eles ainda assim...rendem belos versos!