Monday, September 05, 2011

Ao nada

Ao nada
(Nayguel Cappellari)

I

E este coração apertado, com todos os sentimentos dentro dele.
Tudo estranho, e intenso. E de vontades completas de amarras.
Um mundo completo de devastação e angústia...
e dentro de mim o furacão toma conta do meu corpo.

E o vento incessante acaba com minha mente,
deixando para o nada a imensidão da minha inexistência,
o âmago maltratado por completo...
e dentro dele, uma desordem em sucesso.

Os sentimentos tomam conta...
as amarras são soltas, e tudo é completo de nada.
e no peito o coração pára de bater...
e explode com tamanha culpa.

II

A raiva toma conta do meu corpo...
os meus olhos começam a lacrimejar.
Meus ombros sentem o peso da desordem...
e eu me caio em completa contradição.

Dentro de mim, os pensamentos começam a voar.
A raiva é incontrolável, cada vez maior...
E o sangue ferve cada vez mais forte...
liberando as amarras de outrora.

E aquele coração explodido,
intenso e inevitavelmente tolo,
acaba por tornar-se um nada...
repleto de mágoas e angústias...

E dentro dele, a raiva assola o meu ser...
tornando-me mais absurdamente tudo,
e ao mesmo tempo nada.
O tudo e o nada que eu sempre detestei.

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